Mestres da Poesia - Olavo Bilac
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August Nemo. Mestres da Poesia - Olavo Bilac
O Autor
Bilac
Alma Inquieta. A avenida das lágrimas
Inania verba
Midsummer’s night’s dream
Mater
Incontentado
Sonho
Primavera
Dormindo
Noturno
Virgens mortas
O cavaleiro pobre
Ida
Noite de inverno
Vanitas
Tercetos
In extremis
A alvorada do amor
Vita nuova
Manhã de verão
Dentro da noite
Campo-Santo
Desterro
Romeu e Julieta
Vinha de Nabot
Sacrilégio
Estâncias
Pecador
Rei destronado
Só
A um violinista
Em uma tarde de outono
Baladas românticas
Velha Página
Vilfredo
Tédio
A Voz do Amor
Velhas Árvores
Maldição
Requiescat
Surdina
Última Página
Panóplias. A Morte de Tapir
A Gonçalves Dias
Guerreira
Para a Rainha Dona Amélia de Portugal
A um Grande Homem
A Sesta de Nero
O Incêndio de Roma
O Sonho de Marco Antônio
Lendo a Ilíada
Messalina
A Ronda Noturna
Defenda Carthago!
Via-Láctea
O Caçador de Esmeraldas
Sarças de Fogo. O julgamento de Frinéia
Marinha
Sobre as bodas de um sexagenário
Abyssus
Pantum
Na Tebaida
Milagre
Numa concha
Súplica
Canção
Rio abaixo
Satânia
Quarenta anos
No limiar da morte
Paráfrase de Baudelaire
Rios e pântanos
De volta do baile
Sahara vitae
Beijo eterno
Pomba e chacal
Medalha antiga
No cárcere
Olhando a corrente
Nel mezzo del camin..
Solitudo
A canção de Romeu
A tentação de Xenócrates
Contos para Velhos. Os Óculos
Como os Cães
O Luar
A Enguia
O Paraíso
A Costura
Medicina
Os Anéis
Como a pescada
Imunidade
O Vaso
O Defunto
Feito no escuro..
O Diabo
Os Anjos
O Pecado
Crônicas. O Capital
Vampiro
Lavoura
Vícios
Primeiro Beijo
Cobra
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Отрывок из книги
Filho de Brás Martins dos Guimarães Bilac e de sua esposa Delfina Belmira Gomes de Paula, também neto paterno de João Martins dos Guimarães Bilac e de Angélica Pereira da Fonseca, irmã do 1.º Visconde de Maricá e 1.º Marquês de Maricá, terá infância e adolescência comuns para sua época. Era considerado um aluno aplicado, conseguindo, aos 15 anos - antes, portanto, de completar a idade exigida - autorização especial para ingressar no curso de Medicina na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, a gosto do pai, que era médico durante a campanha da Guerra do Paraguai, e a contragosto próprio.
Portanto, começa a frequentar as aulas da faculdade mencionada, terminada a rápida passagem no colegial, mas seu precoce trabalho na redação da Gazeta Acadêmica absorve-o e interessa-o mais do que a prática medicinal. Por este motivo, Bilac não concluiu o curso de medicina e nem o de direito que frequentou posteriormente, em São Paulo.
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Eu ouvia-o embevecido. A originalidade desse homem reside na sua sensibilidade extrema e sorridente, na sua impecabilidade, nessa doçura como que rítmica que harmoniza os seus períodos e o acompanha na vida. Bilac chegou à perfeição — é sagrado. Não há quem não o admire, não há quem não o louve. As fadas, que são quase uma verdade, fizeram da sua existência uma sinfonia deliciosa, e como o seu talento não tem desfalecimentos e a sua atividade é sempre fecunda, a admiração se perpetua. É o poeta da cidade como Catulo o era de Roma e como Apuleio o era de Cartago. Todos o conhecem e todos o respeitam. Os editores vendem anualmente quatro mil exemplares de seu livro de versos, realizando o que até então era o impossível. Onde vá, o louvor acompanha-o. A cidade ama-o. Nenhum poeta contemporâneo teve o destino luminoso de empolgar exclusivamente a admiração. Ele é o pontífice dos artistas e dos que o não são. Há homens que guardam em cofres tudo quanto tem escrito de esparso na sua múltipla colaboração jornalística e não há um dia em que pelo menos não receba dos confins da província ou dos bairros aristocráticos meia dúzia de cartas chamando-o de admirável. E nunca a sua túnica branca teve uma ruga desgraciosa, nunca nos seus períodos a elegância deixou de brilhar. Quando escreve, os jornais aumentam a tiragem com as suas crônicas, e o seu estilo impecável aureola de simpatia todos os assuntos; quando fala, as suas palavras admiráveis, talhadas como em mármore e diamante, lembram os jardins de Academos e as prosas sábias do cais de Alexandria, no tempo dos Ptolomeus. E todos sentem a fascinação do encanto — as turbas confusas e os homens inteligentes.
É o portador do espírito da Hélade. No portal da sua morada bem se podia gravar o misterioso enigma da Antologia: "Nasci no bosque sagrado e sou feito de ferro. Tornei-me o secreto depositário das musas e quando falo, intérprete e confidente único, ressoa o bronze eternamente."
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