Judas

Judas
Автор книги: id книги: 2273006     Оценка: 0.0     Голосов: 0     Отзывы, комментарии: 0 124,52 руб.     (1,47$) Читать книгу Купить и скачать книгу Электронная книга Жанр: Языкознание Правообладатель и/или издательство: Bookwire Дата добавления в каталог КнигаЛит: ISBN: 4064066408633 Скачать фрагмент в формате   fb2   fb2.zip Возрастное ограничение: 0+ Оглавление Отрывок из книги

Реклама. ООО «ЛитРес», ИНН: 7719571260.

Описание книги

"Judas" de Augusto de Lacerda. Publicado pela Editora Good Press. A Editora Good Press publica um grande número de títulos que engloba todos os gêneros. Desde clássicos bem conhecidos e ficção literária – até não-ficção e pérolas esquecidas da literatura mundial: nos publicamos os livros que precisam serem lidos. Cada edição da Good Press é meticulosamente editada e formatada para aumentar a legibilidade em todos os leitores e dispositivos eletrónicos. O nosso objetivo é produzir livros eletrónicos que sejam de fácil utilização e acessíveis a todos, num formato digital de alta qualidade.

Оглавление

Augusto de Lacerda. Judas

Judas

Índice de conteúdo

PRIMEIRA JORNADA

EM 8 DE NISAN. PRIMEIRA JORNADA

EM 8 DE NISAN

GAMALIEL, que chegou da cidade, arrimado ao seu bordão, as barbas brancas doiradas pelo sol, dirige-se á casa de Simão, e, clamando:

ELEAZAR assomou logo a uma das janellas. É um rapaz de vinte e tantos annos, franzino e melancólico

GAMALIEL

ELEAZAR

GAMALIEL

ELEAZAR

GAMALIEL

ELEAZAR, estremecendo

GAMALIEL

ELEAZAR

GAMALIEL

ELEAZAR, com o olhar vago:

GAMALIEL, que enxugára á manga da tunica uma santa lagrima de enthusiasmo civico:

ELEAZAR, suggestionado pelas palavras do velho:

GAMALIEL, n'um clarão de esperança:

MARIA, que tinha saído de casa e que ouviu as ultimas palavras:

GAMALIEL

ELEAZAR

MARIA

GAMALIEL

ELEAZAR

MARIA

ELEAZAR

MARIA

ELEAZAR

GAMALIEL, ao ouvido de Eleazar, aproveitando o ensejo dado por Maria, que foi sentar-se junto da fonte:

ELEAZAR, com o intuito de afastar o negro pensamento, que a todos trez opprime no intimo:

GAMALIEL

ELEAZAR, abeirando-se muito a elle, supplicante:

GAMALIEL

ELEAZAR, saúdando-o:

GAMALIEL, saúdando-o:

ELEAZAR sentou-se no tronco d'arvore, pensando; e, como respondendo aos proprios pensamentos:

MARTHA

ELEAZAR

MARTHA

SIMÃO

MARIA, em longa abstracção, junto da fonte, como se ninguem a ouvisse:

SIMÃO, chasqueando-a, mas com meiguice:

MARIA, com amargo sorriso:

MARTHA encostada ao hombro do irmão, que se conserva sentado:

SIMÃO

ELEAZAR

MARTHA

ELEAZAR sorrindo contrafeito:

MARTHA picada no seu amor proprio:

ELEAZAR condescendente:

MARTHA

ELEAZAR

MARIA em longa abstração, como se ninguem a ouvisse:

ELEAZAR perseguido pelo olhar inquiridor de Martha:

MARTHA afastando-se logo com muito despeito:

SIMÃO que de parte estivera rindo dos dois:

ELEAZAR

SIMÃO

ELEAZAR

SIMÃO

ELEAZAR ás irmãs:

MARTHA, deixando explodir o seu despeito:

ELEAZAR beijando-a á viva força:

MARTHA foi á beira da estrada e segue-os com o olhar. Depois, appreensiva, com vago receio:

MARIA em longa abstracção, como se ninguem a ouvisse:

MARTHA que lançou para longe a tristeza, despertada pelo cantar mais proximo d'uma cotovia

MARIA

MARTHA com o cotovello apoiado no joelho de Maria, o olhar limpido erguido para o olhar da irmã:

MARIA desculpando-os:

MARTHA

MARIA com frieza, como a da corrente d'agua que entre os seus dedos vae deslisando:

MARTHA

MARIA

MARTHA

CLAUDIA em tom faceto de cortezã affeita ao jogo de gracejos nos triclinios de má nota da velha Roma:

MARTHA muito a mêdo:

CLAUDIA

MARIA por entre dentes:

CLAUDIA

MARIA fitando-a resoluta, mas serena:

CLAUDIA deixando cair as palavras uma a uma, como gôtas de chumbo derretido:

MARIA muito vexada pela insultante benevolencia de Claudia:

CLAUDIA victoriosa pelo effeito que o perdão causou no animo independente da patriotica filha d'Israel:

MARTHA supplicante ao ouvido da irmã, que ia responder:

CLAUDIA rindo, satisfeita, feliz:

A ESCRAVA GEDA ajudando-a a accomodar-se nas almofadas da liteira:

CLAUDIA

O CENTURIÃO AMPÍO ao sequito:

CLAUDIA

MARIA

BENJAMIM

JOSUÉ

BENJAMIM

JOSUÉ, timido, covarde, circumvagando o olhar:

BENJAMIM

JOSUÉ

BENJAMIM

JOSUÉ

BENJAMIM velhacamente, animando-o:

JOSUÉ unctuosamente:

BENJAMIM

JOSUÉ com desinteresse hypocrita:

BENJAMIM

JOSUÉ

BENJAMIM

JOSUÉ

BENJAMIM

JOSUÉ

BENJAMIM

JOSUÉ

BENJAMIM

JOSUÉ

BENJAMIM acceitando-os e juntando-os aos seus:

BENJAMIM

JOÃO resfolegando:

MATHEUS

JOÃO

SIMÃO PEDRA, com o braço direito sobre o hombro de Eleazar, n'uma intimidade muito amiga:

ELEAZAR descrente, mas muito timido, querendo occultar o que lhe vae n'alma:

SIMÃO PEDRA

ELEAZAR, quasi a medo:

SIMÃO PEDRA

ELEAZAR, depois de grande hesitação:

SIMÃO PEDRA

ELEAZAR

JOÃO que se erguera, rapido e violento:

JUDAS

JOÃO muito secco e terminante:

ELEAZAR ao ouvido de Simão Pedra:

SIMÃO PEDRA triste e confidencial:

JUDAS amarga, mas serenamente, depois de ter meditado por algum tempo:

MATHEUS conciliadôr:

JUDAS

MARTHA, assomando a uma das janellas, n'uma risadinha infantil:

SIMÃO PEDRA, aproveitando a inconsciente intervenção de Martha

MARTHA

SIMÃO PEDRA

MARTHA intimativamente, retirando-se da janella:

JOÃO a Matheus e a Eleazar, continuando a conversa interrompida e n'um tom de voz inaudivel para Judas:

SIMÃO PEDRA que se reunira aos tres, carregando o semblante:

JOÃO em tom leviano:

SIMÃO PEDRA, que não poude reprimir um sobresalto, tornando-se ainda mais severo:

ELEAZAR conciliador:

MATHEUS detendo Simão Pedra, que ia para entrar em casa do Leproso:

JOÃO repêso, meigo, supplicante:

SIMÃO PEDRA sorrindo, afinal, benevolo:

JOÃO abraçando-o effusivamente:

MATHEUS

SIMÃO PEDRA

JOÃO

SIMÃO PEDRA detendo-o e apontando para Judas, que nada ouviu do que se passára:

JOÃO com bonhomía:

JUDAS olhando lealmente para elle e com um sorriso de reconciliado:

JUDAS solta um suspiro, e erguendo o olhar, expandindo a sua alma:

SEGUNDA JORNADA

EM 9 DE NISAN. SEGUNDA JORNADA

EM 9 DE NISAN

MATHEUS

SIMÃO PEDRA

SIMÃO

SIMÃO PEDRA

SIMÃO

MATHEUS que n'um movimento de cabeça concordára e que bebera depois d'aspirar o bom perfume:

SIMÃO apresentando outra infusa:

SIMÃO PEDRA

SIMÃO

MATHEUS

SIMÃO

SIMÃO PEDRA pousando o copo onde o olhar pensativo está fixando:

MATHEUS

SIMÃO PEDRA

JOÃO que parecia estranho a tudo, fala emfim, com o olhar cravado em Judas, que continúa lendo:

SIMÃO quasi em segredo aos seus dois commensaes:

SIMÃO PEDRA tristemente:

MATHEUS

SIMÃO

MATHEUS

SIMÃO

MATHEUS

SIMÃO

SIMÃO PEDRA muito confidencial:

SIMÃO

SIMÃO PEDRA

SIMÃO como assombrado:

SIMÃO PEDRA

SIMÃO

MATHEUS

JOÃO tinha voltado, e encostára-se a uma das camilhas, observando sempre Judas. Como não possa conter o que sente em si, aproveita o ensejo de estar a sós com elle para expandir-se. Começa, porem, em tom sereno, como procurando dominar-se:

JUDAS

JOÃO

JUDAS sereno e sempre sentado:

JOÃO

JUDAS com affectada bonhomía:

JOÃO

JUDAS

JOÃO

JUDAS erguendo-se, vagaroso, com o rôlo nas mãos, fingindo indifferença:

JOÃO

JUDAS

JOÃO

JUDAS avançando para elle, irrompe finalmente com um rugido abafado, o olhar ameaçador:

JOÃO cruza os braços e sereno:

JUDAS, que em silencio estivera contorcendo as mãos nervosamente, diz-lhe emfim com muita ironía:

JOÃO repêso, olha para elle bondosamente e com um sorriso amigo:

JUDAS n'um brusco impulso de independencia:

JOÃO ficou meditando, e depois generosamente, como falando á sua propria consciencia:

ELEAZAR indicando João aos companheiros:

SIMÃO PEDRA

JOÃO cercado pelos amigos e já esquecido do que se passou, todo o seu pensamento entregue ao Mestre:

MATHEUS

SIMÃO PEDRA

JOÃO

SIMÃO PEDRA

JOÃO

SIMÃO PEDRA

JOÃO

SIMÃO PEDRA

JOÃO

SIMÃO PEDRA

JOÃO, animando-se, cheio de puro enthusiasmo messianico:

GAMALIEL que pouco antes chegára da cidade, ouviu todo o falar de João. Traz o rosto abatido, o olhar cavo; dir-se-ía portador de uma nova terrivel

TODOS em sobresalto:

JOÃO

SIMÃO PEDRA

MATHEUS

JOÃO

GAMALIEL pausada e custosamente:

SIMÃO PEDRA, erguendo as mãos aos ceus:

MATHEUS, convulsamente:

JOÃO, n'um grito:

ELEAZAR agarrando Gamaliel por um pulso:

GAMALIEL

JOÃO

ELEAZAR

GAMALIEL

JOÃO

GAMALIEL, procurando serenar os animos; as lagrimas borbulhando nos olhos e cahindo-lhe pelas barbas brancas:

SIMÃO PEDRA tambem resoluto:

JOÃO

GAMALIEL

ELEAZAR

MATHEUS

SIMÃO

JOÃO

MARTHA

MARIA, indolente:

MARTHA

MARIA

MARTHA

MARIA

MARTHA

MARIA

MARTHA, abeirando-se da irmã, muito meiga:

MARIA

JUDAS

MARTHA muito admirada:

JUDAS indolente, recostando-se n'uma das camilhas do triclinio:

MARIA

JUDAS

MARIA, sem o fitar, serena:

JUDAS cerrando as palpebras:

MARTHA com muita convicção:

JUDAS abriu os olhos, fitou-a, e depois, fechando-os de novo:

MARTHA surpreza:

JUDAS

MARTHA abeirando-se d'elle, e pondo-lhe a mão no hombro, diz com uncção, melodiosamente:

MARIA, querendo esquivar-se:

MARTHA

MARIA conserva-se indecisa por algum tempo; mas depois, como respondendo a si propria:

JUDAS erguendo o corpo sobre o cotovello:

MARIA baixando o olhar:

JUDAS ergue-se de chofre e avança como para seguil-a; mas detem-se, perplexo. Depois, desalentado, senta-se n'um dos degraus da porta por onde Maria saíu, a cabeça entre as mãos, os cotovellos fincados nos joelhos. Ao cabo de longo meditar, solta brandamente a sua voz:

BENJAMIM com muita humildade:

JUDAS voltando-se, rapido, e agarrando-o brutalmente pela nuca:

BENJAMIM avergado, mas sempre humilde:

JUDAS sem o largar:

BENJAMIM amigavelmente, em censura carinhosa:

JUDAS largando-lhe a nuca, mas agarrando-lhe logo um braço:

BENJAMIM sinceramente:

JUDAS como comsigo, satisfeito:

BENJAMIM

JUDAS, rapido:

BENJAMIM explicando:

JUDAS ficou hesitante, tendo largado Benjamim, que foi trocar signaes com Josué

BENJAMIM agora senhor de si:

JUDAS nervosamente:

BENJAMIM imperioso, rapido, monotono, quasi ao ouvido de Judas, que parece devorar-lhe as palavras:

JUDAS

BENJAMIM

JUDAS animado, satisfeito:

BENJAMIM

JUDAS hesitando, vagamente acobardado:

BENJAMIM

JUDAS

BENJAMIM

JUDAS ficou perplexo ainda, como medindo a gravidade da proposta. Mas depois:

MARIA que no limiar da porta ficára tambem indecisa:

JUDAS

MARIA condescendente:

JUDAS caricioso:

JUDAS

MARIA com simplicidade, avançando um pouco:

JUDAS tôrvamente:

MARIA que não se moveu, serenamente:

JUDAS n'um rugido:

MARIA sempre immovel:

JUDAS com as mãos encrespadas, os labios trementes:

MARIA sem se perturbar:

JUDAS caíndo em si, fica por momentos silencioso. Depois, com o rosto dolorido, n'um queixume:

MARIA com ligeiro movimento de cabeça:

JUDAS promptamente transformado, n'um arranco furioso:

MARIA com a voz tranquilla:

JUDAS interrompendo-a com uma risada feroz:

MARIA

JUDAS allucinado, avançando para ella:

MARIA levando instinctivamente as mãos aos seios:

JUDAS com os olhos chammejantes, as mãos trémulas, os passos rigidos, agarrando-a:

MARIA evitando-lhe os beijos:

JUDAS arrastando-a para o triclinio:

MARIA com a voz estrangulada, luctando:

JUDAS pondo-lhe a mão na bôca:

MARIA já sem forças:

JUDAS achegando-a ao peito, lúbrico, antegosando a posse:

TERCEIRA JORNADA

EM 13 DE NISAN. TERCEIRA JORNADA

EM 13 DE NISAN

CLAUDIA solta emfim um suspiro

GEDA

CLAUDIA

CLAUDIA

GEDA

CLAUDIA boceja largamente

CLAUDIA indolente, para Geda:

PONCIO sem se voltar, continuando a lêr:

CLAUDIA em sobresalto infantil:

PONCIO

CLAUDIA que em silencio ficára appreensiva:

PONCIO sem se mover:

CLAUDIA apoiando-se nas costas da cadeira por detraz d'elle:

PONCIO

CLAUDIA não podendo conter a intima revolta:

PONCIO enrugando a testa e sem olhar para Claudia:

CLAUDIA

PONCIO que se voltára, encarando n'ella, e em tom suasorio:

CLAUDIA n'uma espansão de franqueza em que o desdem transparece:

PONCIO resoluto, imperioso, deixando caír na meza a mão espalmada:

CLAUDIA decorridos alguns instantes, refreando a cólera:

PONCIO indifferente:

CLAUDIA

PONCIO

CLAUDIA

PONCIO

CLAUDIA muito a sério:

PONCIO bamboleando a perna e sem mudar de expressão:

CLAUDIA

PONCIO franzindo lévemente o sobr'olho:

CLAUDIA sorrindo, palaciana e misteriosa:

O OSTIARIO

PONCIO erguendo-se:

O OSTIARIO

PONCIO surprezo, como comsigo:

O OSTIARIO

PONCIO depois de reflectir:

HANAN que se adiantou até á presença de Poncio, curvando-se perante elle:

PONCIO que nem para elle olhou, desdenhoso:

HANAN fingindo não ter percebido:

PONCIO ironico:

HANAN

PONCIO voltou-se um pouco, lançou um rapido olhar a Judas, e depois, encostando o braço á meza e com a cabeça reclinada na mão:

HANAN muito submisso de começo:

PONCIO, serenamente, mas deixando accentuado o seu desdem, aquelle desdem dos romanos pelos povos vencidos:

HANAN offendido, elevando a voz:

PONCIO olhando para elle de fito, severamente:

HANAN matreiro:

PONCIO sem desviar d'elle o olhar:

HANAN muito submisso:

PONCIO cortando a harenga, novamente em tom sarcastico:

HANAN refreando a cólera:

PONCIO

HANAN com ironia e falsa humildade:

PONCIO fitando-o enfurecido, dá um murro na meza; e erguendo-se:

HANAN depois de algum silencio, tentando convencel-o á bôa paz:

PONCIO tranquillo, sorrindo:

HANAN recuando, como se ouvisse uma heresia:

PONCIO com bonhomia, exagerando muito o valor das palavras:

HANAN ao ouvido de Judas:

JUDAS reservadamente:

HANAN

JUDAS

HANAN muito supplicante a Poncio:

PONCIO olhou novamente para Judas, e com enfadada condescendencia:

JUDAS avança até á presença de Poncio. Saúdou-o, e muito senhor de si, firme, resoluto, assim começa:

PONCIO estremeceu, carregou o semblante:

JUDAS com sinceridade hypocrita:

PONCIO ergue-se de chofre, com o olhar incendido, trémulo, os braços alevantados. E o seu vulto branco, destacando-se no fundo escuro da vasta quadra, dir-se-ía o d'um espectro de destruição

HANAN detendo-o, supplicante, receioso:

PONCIO sem querer ouvil-o:

HANAN n'um protesto:

JUDAS

HANAN matreiramente:

JUDAS

PONCIO que os ouviu taciturno, balbucia, como falando a si proprio:

HANAN

PONCIO

HANAN radiante de alegria, ao ouvido de Judas:

JUDAS soturno:

HANAN

JUDAS indifferente:

O OSTIARIO que appareceu no terraço:

PONCIO

O OSTIARIO

PONCIO

HANAN que se curvára muito á passagem de Poncio, murmúra:

JUDAS tambem n'um murmurio, quasi inaudivel:

GEDA affasta o coxim, trazendo-o para o interior da quadra e faz correr parte do reposteiro que pende do arco

A MULHER adiantando-se como procurando alguem:

GEDA admirada e insolente:

A MULHER

GEDA

A MULHER

GEDA

A MULHER

GEDA

A MULHER assumindo attitude imperiosa:

GEDA dominada pelo tom de voz da desconhecida, colloca o candalabro na meza

MARIA com os olhos erguidos ao ceu, os labios balbuciantes, como n'uma préce:

CLAUDIA apparece muito descuidosa, e, ao vel-a, não reprime o seu assombro

MARIA baixou a fronte; e a meia voz:

CLAUDIA

MARIA

CLAUDIA encostando-se á meza, e esmagando Maria com a imponencia da sua figura:

MARIA com meiguice:

CLAUDIA com uma risada:

MARIA docemente:

CLAUDIA zombeteira, petulante:

MARIA animando-se pouco a pouco:

CLAUDIA depois de nova risada:

CLAUDIA revolvendo na ferida o punhal da ironia:

MARIA erguendo-se, n'um movimento de indignação:

CLAUDIA adormecida, vagamente:

MARIA continuando alheiada a tudo:

CLAUDIA adormecida, vagamente:

MARIA ergue-se vagarosamente; e, resignada:

QUARTA JORNADA

EM 15 DE NISAN

QUARTA JORNADA. EM 15 DE NISAN

AMPÍO, tocando com o pé no corpo de um dos que dormem:

LAUSO accordando:

FÁBIO, erguendo-se logo; voz de homem dado ao alcool e praguento:

LAUSO erguendo-se:

AMPÍO

FÁBIO

AMPÍO

LAUSO

FÁBIO rindo:

UM MERCADOR em tom submisso:

AMPÍO

O MERCADOR

AMPÍO

O MERCADOR por entre dentes:

FÁBIO com uma risada alvar:

O MERCADOR muito seccamente:

JUDAS, que permaneceu por longo tempo com o olhar erguido para o ceu, a voz muito enfraquecida:

MARIA com o braço pela cintura de Martha, e a voz muito suave e muito resignada:

MARTHA

MARIA

MARTHA

MARIA

MARTHA

CLAUDIA chegando junto de Maria e Martha, cujos rostos se conservam occultos, pára; e depois, poisando a mão no hombro de Maria, diz com voz muito meiga:

MARIA que se voltou, reconhecendo-a e baixinho á irmã:

MARTHA receiosa:

CLAUDIA

MARTHA ao ouvido de Maria:

CLAUDIA

MARIA absôrta:

CLAUDIA

MARIA

CLAUDIA

MARIA baixinho á irmã:

CLAUDIA

MARIA espansiva:

CLAUDIA

MARIA

CLAUDIA

MARIA animando-se:

CLAUDIA suspeitosa:

MARIA

CLAUDIA

MARIA caíndo de joelhos e beijando-lhe as mãos:

CLAUDIA com a voz cheia de bondade, obrigando Maria a erguer-se e abraçando-a:

SIMÃO PEDRA que viera junto de João:

ELEAZAR

SIMÃO

SIMÃO PEDRA

JOÃO que ficára immovel olhando para a muralha da cidade:

GAMALIEL encostado ao bordão, a meia voz, rancoroso:

JOÃO irrompendo:

SIMÃO PEDRA

GAMALIEL por entre dentes:

JOÃO desalentado:

GAMALIEL avançando para elle nervosamente:

JOÃO desanimado:

GAMALIEL animando-se e animando-o:

SIMÃO PEDRA

ELEAZAR

GAMALIEL

JOÃO erguendo-se:

GAMALIEL

SIMÃO PEDRA

GAMALIEL

JOÃO com o olhar brilhante:

SIMÃO PEDRA tambem receioso:

GAMALIEL

JOÃO n'um sobresalto:

ELEAZAR abraçando-se n'elle, espansivo:

SIMÃO incitando-o:

SIMÃO PEDRA secundando já agora Gamaliel:

JOÃO indeciso:

GAMALIEL

ELEAZAR

SIMÃO

SIMÃO PEDRA

GAMALIEL

JOÃO

SIMÃO PEDRA

GAMALIEL agarrando João por um braço:

ELEAZAR

SIMÃO PEDRA

GAMALIEL querendo arrastal-o comsigo:

JOÃO n'uma grande espansão:

GAMALIEL em doida alegria:

JOÃO cheio de ardente enthusiasmo messianico:

JOÃO vibrantemente:

GAMALIEL bradando:

JUDAS com desdem:

MARIA parando tambem:

JUDAS, desvairado:

MARIA, reposta da primeira impressão, serenamente:

JUDAS

MARIA

JUDAS impedindo-lhe a passagem:

MARIA

JUDAS

MARIA muito calma:

JUDAS rindo febril:

MARIA

JUDAS rindo:

MARIA

JUDAS de subito receioso:

MARIA

JUDAS

MARIA, dogmatica:

JUDAS acobardado:

MARIA em tom profetico:

JUDAS tomado de vago terror:

MARIA animando-se:

JUDAS trémulo:

MARIA terrivelmente:

JUDAS caminhando d'um para outro lado, desvairado:

MARIA perseguindo-o:

JUDAS tentando occultar o rosto:

MARIA erguendo o braço:

JUDAS que seguira com o olhar o movimento de Maria, fixa-o na muralha, e apontando tambem, trémulo, allucinado:

MARIA mais compadecida agora, mas com a voz repassada de austeridade:

JUDAS erguendo a cabeça e como acordado pela impressão que no seu espirito deixaram as ultimas palavras de Maria:

JOÃO solta a sua voz inspirada de orador apocalyptico, de gesto amplo e vigoroso, emquanto muito ao longe os canticos proseguem:

Отрывок из книги

Augusto de Lacerda

Romance lirico em quatro jornadas

.....

Vem commigo. Pode ser

Que tenhas n'este passeio

.....

Добавление нового отзыва

Комментарий Поле, отмеченное звёздочкой  — обязательно к заполнению

Отзывы и комментарии читателей

Нет рецензий. Будьте первым, кто напишет рецензию на книгу Judas
Подняться наверх