Ndura. Filho Da Selva
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Javier Salazar Calle. Ndura. Filho Da Selva
Começa a aventura…
DIA 0
DIA 1. SOBRE COMO COMEÇOU ESTA HISTÓRIA IMPRESSIONANTE
DIA 2. SOBRE COMO DESCUBRO AS MARAVILHAS DA SELVA
DIA 3. SOBRE COMO COMEÇA O MEU SOFRIMENTO
DIA 4. SOBRE COMO ENCARO UMA TEMPESTADE TROPICAL
DIA 5. SOBRE COMO O DESESPERO ME LEVA FAZER COISAS DESAGRADÁVEIS
DIA 6. SOBRE COMO OS REBELDES ME ENCONTRAM
DIA 7. SOBRE COMO FUJO DE MEUS PERSEGUIDORES
DIA 8. SOBRE COMO AVANÇO PELA SELVA
DIA 9. SOBRE COMO É MEU ENCONTRO COM O LOUVA-A-DEUS
DIA 10. SOBRE COMO AS FORÇAS ME ABANDONAM
DIAS 11 e 12. SOBRE COMO CUIDAM DE MIM EM UMA CABANA
DIA 13. SOBRE COMO ME DOU CONTA DE QUE SOU PRISIONEIRO
DIA 14. SOBRE COMO DECIDEM A MINHA MORTE
DIA 15. SOBRE COMO VAMOS PESCAR
DIA 16. SOBRE COMO APRENDO COISAS ÚTEIS
DIA 17. SOBRE COMO CURAM A MENINA FERIDA
DIA 18. SOBRE COMO ME REENCONTRO COM MEUS AMIGOS
DIA 19. SOBRE COMO OS PIGMEUS DEFENDEM SEU TERRITÓRIO
DIA 20. SOBRE COMO OS PIGMEUS PREPARAM SUA PARTIDA
DIA 21. SOBRE COMO NOSSOS CAMINHOS SE SEPARAM
DIA 22. SOBRE COMO CONSIGO MINHA PRIMEIRA PEÇA DE CAÇA
DIA 23. SOBRE COMO ENCONTRO AS MINAS
DIA 24. SOBRE COMO A FEBRE VOLTA
DIAS 25 e 26. SOBRE COMO CAIO NO ABISMO
DIA 27. SOBRE COMO ACABA A AVENTURA
EPÍLOGO
SOBRE O AUTOR
BIBLIOGRAFIA
Отрывок из книги
Estou no meio da África profunda. Sentado, apoiado no tronco de uma árvore. Minha febre disparou, meu corpo tem tremores e calafrios cada vez mais frequentes, uma dor não localizada é a única que percebo do meu organismo. Não paro de tremer. Estou no alto de uma colina. Atrás de mim, a selva, uma floresta frondosa, selvagem e implacável. Adiante, desaparece como num passe de mágica, e somente uns troncos dispersos, restos de uma exploração madeireira intensiva, dão uma ideia do que antes havia neste lugar. Ao fundo, distinguem-se as primeiras casas de uma cidade incipiente. Barro, folhas e ladrilhos misturados. A civilização.
Estou a milhares de quilômetros do meu lugar, da minha gente, da minha família, da minha namorada, dos meus amigos… sinto até falta do meu trabalho. A vida cômoda, poder beber ao simples gesto de abrir uma torneira e comer simplesmente fazendo um pedido em um bar qualquer… e dormir em uma cama quente, seca e segura, principalmente segura. Como sinto falta dessa tranquilidade, quando a única incerteza era decidir em que gastaria meu tempo livre quando saísse do trabalho! Como me parecem absurdas as preocupações de antes: a hipoteca, o salário, a discussão com um amigo, a comida que me desagrada, a partida de futebol! Principalmente a comida…
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Peguei as duas mochilas e saí ainda um pouco cambaleante pelo abalo do golpe. Tive que fazer um esforço muito grande para não parar e tentar ajudar as outras pessoas, mas não sabia de quanto tempo dispunha e queria simplesmente viver. Viver um dia mais para ver outro dia amanhecer. Estávamos em um lado de uma clareira na floresta. Pelo visto, o piloto tentou aterrissar aqui aproveitando a ausência de árvores, mas se desviou um pouco; havia perdido a asa esquerda ao se chocar contra as árvores grandes. Do avião saía uma grade coluna de fumaça até o céu, permitindo que fosse vista num raio de muitos quilômetros. Adentrei o mato um pouco e deixei as mochilas ao pé de uma grande árvore. Logo me voltei com a intenção de retornar ao avião, mas nesse instante, um grupo de homens negros armados invadiu a clareira pelo lado contrário ao que eu estava. Abaixei-me rapidamente, me escondendo atrás de um tronco. Notei uma pontada de dor no estômago. Os guerrilheiros, alguns vestidos com roupa de camuflagem e outros com roupas civis, rodearam o avião apontando com suas armas e gritando sem parar. Não entendia nada do que diziam, mas pela região em que estávamos devia ser suaíli ou sabe-se lá o que.
– Nitoka! –gritavam de vez em quando. Enyi!, nitoka!, maarusi!1
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