Crónicas Eróticas, Irónicas, Um Pouco Espaciais

Crónicas Eróticas, Irónicas, Um Pouco Espaciais
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Lorenzo Longo. Crónicas Eróticas, Irónicas, Um Pouco Espaciais

Espaço-tempo

Aromas de rosa

Virgem

Senhora

Calma de plástico

A América

Índice de conteúdo

Отрывок из книги

Estava no comboio que me levava para Milano, respirava o habitual ar do comboio, um misto de depressão e solidão, muito próximos à Puglia para não sentir a falta dos amigos e lugares, muito distante do destino para se sentir eufóricos no regresso a “casa”. Em cada estação o mesmo espectáculo: namoradinhos que beijocavam-se antes de separar-se, famílias que acompanhavam o papá, grupos de trabalhadores empenhados com sacos e mãos com dedos grossos como pepinos, grupos de trabalhadores de qualidade que esconjuravam o seu evidente estado de emigrantes vestindo elegantemente e manejando as últimas novidades da electrónica e sobretudo trazendo na mão uma reserva para um confortável beliche e não um simples lugar para sentar.

Eu, sempre a balançar entre a observação e a vida do presente modulava as minhas emoções passando dum ao outro estado, após a primeira hora de viagem sentia-me projectado numa outra dimensão espácio-temporal: o comboio desengatava-se dos carris e voava como naquele cartão/desenhos animados Galaxi Express 999 e presentemente todos os hóspedes sentiam-se projectados numa realidade com regras, hábitos, vários desejos.

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Mesmo o homenzarrão consegue deixar visionar o seu documento de viagem e prontamente remete-se a dormir, o fiscal, com falsa educação apaga a luz e deseja precisamente “boa noite!” eu com negligência posiciono-me de costas aos dois, espero que não tenha visto que antes da entrada do fiscal estava no outro sentido. Continua a observar-me, depois o cérebro começa a mandar-lhe sinais de calma, a realidade apoderava-se dele, a paranóia aparente o abandona e dócil volta a dormir, mas como uma gazela que controla a chegada de alguns predadores abaixa-se por último, quando está convicto de ter visionado cada detalhe da savana circunstante.

Eu enfim destrocei os receios duma reacção, mas sinto também um profundo ressentimento pela situação e por aquele maldito fiscal, estragou-me o jogo no momento mais importante, assim que começo a pensar na cena de poucos minutos antes excito-me mas não ouso virar-me, enfim mesmo este encantamento fica rompido… resolvo de colocar-me serenamente a dormir… mas passam os minutos, passam as horas e os meus olhos estão dramaticamente escancarados, as expectativas ausentes, ou talvez o perigo evitado, mantenho-me acordado e não há como adormecer. Dissipo as reservas e vou dar dois passos no corredor. O relógio mostra 3:00, estou no coração da noite, não há esperança de encontrar alguém, todavia prossigo… percebo que passamos Rimini e aproximamo-nos a Bolonha, dentro duma hora a primeira sessão de tristes e sonolentos passageiros descerá para começar uma outra inevitável semana de trabalho. Começo a viagem na viagem, atravesso os vagões como assoalhadas duma casa, dou uma olhadela ali onde está aberta a porta, aproximo ao vidro até vencer o reflexo onde está fechada, muitos dormem ou tentam fechar os olhos, alguns falam porque já convencidos que não conseguem dormir por isso tanto vale… nos compartimentos fechados consomem os segredos do comboio nocturno, eu sei, basta procurar, me servem dois ou três vagões e aqui está um interessante, dois jovens beijam-se, ele enfia as mãos debaixo da blusa mas ela interrompe-o, passo seguindo em frente, não queria ser visto a espiar, o seu grau de atenção é bastante elevado. Passo outros vagões e a vista fica sempre atenta, oiço umas estrondosas risadas, num compartimento existe 3 raparigas e 3 rapazes, máxima probabilidade de acasalamento, se sabem brincar e não esquecem a teoria de Nash pelo menos um número de telefone o recuperam, mas no comboio não vão concluir nada… os rapazes dão o melhor de si, são simpáticos, competem para criar gracinhas divertidas. O macho sendo banal e inferior consegue conquistar uma mulher com ironia, a sedução, um toque quente. A mulher desce do seu pedestal de altivez e ajoelha-se para abeberar-se da inferioridade masculina, para provar o instinto ainda tão vivo nele, tão evidente, tão descoberto, pelo contrário nele vai ser descoberto de novo, desmascarado… enquanto faça estas altíssimas reflexões passo diante dum compartimento perfeitamente encerrado, não consigo visualizar dentro porque as cortinas estão cuidadosamente fechadas, mas de imediato descubro um buraco, um homem e uma mulher fazem sexo, ela está por cima dele e deixa-se baloiçar pelo movimento estouvado pelo comboio, parece estar a participar com muita paixão, desfruta e parece estar a desfrutar pela primeira vez, mexe-se mas não demasiado, não precisa para passar o limiar do prazer, fica sem razão, está apaixonada pelo seu homem, deseja-o e acolhe-o voluptuosa dentro de si. O seu tronco mostra uns ombros robustos pouco femininos mas ao mesmo tempo dois poderosos seios fazem uma pausa prolongada na boca e nas mãos do seu homem, que lhes plasma, lhes anela com tudo a si mesmo, ela pelo contrário está toda concentrada no seu clítoris, empurra para frente o corpo para embater contra a bacia dele que não percebe mas prossegue por instinto, de vez em quando levanta-se nas coxas e lhe esbarra na cara com os seios, depois cai em baixo como um peso morto e retoma o bailado. A luz avara consegue iluminar os seus olhos de gelo, cintilar na noite quando se abrem porque muitas vezes os têm fechado, “que meigo” pois sim. O ímpeto do acto aumenta, o homem fica mais frenético, a mulher abranda, quer que dure o paraíso na terra, “parvo auxilia-a” a dado passo queria dizer-lhe, mas fico calado por óbvios motivos. Continuo a desfrutar o dueto até que ele parece depois de alguns movimentos muitos velozes acalmar-se, o orgasmo chegou, parece também para ela que continua a beijá-lo afectuosamente, ele um pouco avesso, um pouco está com o pensamento para onde “descarregar” o saquinho que encheu com o seu esperma, a magia apaga-se e começa o revestimento, é hora de abandonar o lugar da descoberta, diverti-me, enfio-me de repente no compartimento de lado felizmente vazio, o homem desce do seu e dirige-se à casa de banho, assim que sinto-o a entrar na casa de banho saio e vou visitar a mulher, então no compartimento duma forma muito decisiva, já está vestida, não se espanta ao ver-me, diz:”agradou-te vendo-me? Fui extravagante?”

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