Cores
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Patrizia Barrera. Cores
Índice
CORES, as vozes da alma. Prefazione dell'Autrice
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ÁGUA
CORES. Azul
A MUSICA DO DIABO. Vermelho
LOUCURAS. Cor de laranja
MÃE. Branco
A BORBOLETA. Verde
O FILHO DO MONSTRO. Índico
AS GRANDES CHUVAS AFRICANAS. Violeta
A TERCEIRA VÍTIMA. Púrpura
O PROFESSOR DE FISICA. Cinzento
AQUI ESTÁ O FIM. Castanho
O GATO. Preto
O PRADO. Cor-de-rosa
AS HORAS DO AMOR. Amarelo
PATRIZIA BARRERA
Отрывок из книги
Escrevi o livro sem pensar nisto, mas literalmente escutando as vozes que saiam do meu profundo, daquele algo impalpável e absorvido que defini a minha alma. São vozes, reflexões e historias fora do tempo, nascidas num lugar remoto que é a fantasia mas que chegam a partir do meu vivido e das experiencias psiquicas que colhi ao longo do percurso. Cada conto é marcado por uma cor e por uma imagem, para vos oferecer uma experiência planetária e arquetípica. São contos intuitivos, pouco lógicos, quase surrealistas.
Lê-los é abrir uma janela sobre um mundo espiritual colectivo, que está em cada um de nós.
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Reparava-me, e no fundo eu era a sua mulher. Falava para mim da sua alma confusa, dos sentimentos reprimidos que voltavam a angustiá-lo toda a noite, dos projectos para os novos quadros. Falando adormecia, como se estivesse profundamente cansado. Nao sei porquê mas nao queria que dormisse. Parecia-me de estar a mergulhar na obscuridade e não estar a ver o fim. Eram os seus quadros a fazer-me companhia e, quando o percebi, resolvi que não devia perdê-los. Jurei para mim mesma e por fim obtive; agora eu sou a própria cor.
Às vezes acontecia que partisse para expor os seus quadros e céus ficava sozinha; então vagueava ansiosa não sabendo o que fazer, nos meus interminaveis dias. Escrevia para a minha mãe, ou ia ao lago, ou dormia, e deixava toda coisa sem nada terminar, contagiado pela angustia. Reparava as paredes vazias, as telas despojadas, os pinceis sobre o fogão da sala, abandonados, sem ninguém que lhos desse vida. Era como se todo o mundo desaparecesse aos meus olhos, do universo sonhado não restavam que migalhas. Tinha sido roubado tudo, os seus quadros vendidos a desconhecidos que não sabiam que comprando-os compravam também a minha alma. Sentia-me pilhada e traída, tinha visto nascer um filho e não pudera tê-lo.
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