A Revolução Portugueza: O 31 de Janeiro (Porto 1891)

A Revolução Portugueza: O 31 de Janeiro (Porto 1891)
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Abreu Francisco Jorge de. A Revolução Portugueza: O 31 de Janeiro (Porto 1891)

CAPITULO I. O movimento de 31 de janeiro filia-se no "ultimatum" de 1890

CAPITULO II. O primeiro rebate do conflicto diplomatico anglo-portuguez

CAPITULO III. Serpa Pinto, á frente de 6000 homens, derrota os makololos revoltados

CAPITULO IV. O governo progressista cede ante as exigencias da Grã-Bretanha

CAPITULO V. O protesto contra o "ultimatum" echoa de norte a sul do paiz

CAPITULO VI. Serpa Pinto, heroe africano, perde o prestigio

CAPITULO VII. O partido republicano nasce da dispersão do reformista

CAPITULO VIII. João Chagas abandona enojado a imprensa monarchica

CAPITULO IX. O dr. Alves da Veiga assume a chefia civil do movimento

CAPITULO X. O Directorio recusa a sancção official á revolta

CAPITULO XI. A crise ministerial dos «vinte e sete dias»

CAPITULO XII. «E as armas que nos foram entregues para defeza das instituições, voltal-as-hemos contra ellas»

CAPITULO XIII. Vinte annos apoz a derrota…

CAPITULO XIV. A alvorada triumphante: caçadores 9 inicia o movimento

CAPITULO XV. Proclama-se a Republica no edificio da Camara Municipal

CAPITULO XVI. O choque sangrento – A guarda municipal desbarata os revoltosos

CAPITULO XVII. A noite negra do traidor Castro O destino de trez officiaes

CAPITULO XVIII. O dia seguinte ao da derrota

CAPITULO XIX. Para as despezas da revolta bastou um conto de réis

CAPITULO XX. Triste balanço: o das victimas da insurreição

CAPITULO XXI. A serenidade d'uns e o desalento de muitos

CAPITULO XXII. O julgamento dos revoltosos

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A revolta militar de 31 de janeiro de 1891 caracterisou-se pela precipitação com que foi decidida e a pouca ou nenhuma reserva com que foi organisada. Durante mezes uma parte do paiz teve conhecimento quasi minucioso de que se conspirava contra a monarchia e que na conspiração entravam elementos de importancia recrutados na officialidade dos regimentos que a guarneciam. No emtanto a explosão patriotica, que na madrugada de 31 fez triumphar por algumas horas a bandeira verde e vermelha, surprehendeu muita gente porque apenas uma insignificante minoria não julgava extemporaneo o rebentar da bomba.

A causa unica do movimento podemol-a filiar no ultimatum de 1890. Por espaço d'um anno, a agitação popular, que essa chicotada diplomatica provocara nos primeiros instantes – agitação que, no dizer de João Chagas, trouxera pela primeira vez para a rua, a manifestarem-se, «homens graves e de chapeu alto» – por espaço d'um anno, repetimos, essa agitação minou profundamente diversas camadas sociaes e fez augmentar por uma forma extraordinaria o descontentamento da nação, a sua hostilidade contra o regimen monarchico e o soberano. Viu-se claramente, n'esse momento grave da vida portugueza, que, ao substituir-se o ministerio abatido pelo ultimatum, o novo governo procurara antes de mais nada deitar uma escóra ao throno, desprezando em absoluto as reclamações do povo, a sua grita sedenta de justiça. Calcára-se a patria para sustentar no poder o monarcha brigantino. A dignidade da nação, o seu anceio fervoroso de que o ultimatum obrigasse a politica governativa a mudar de processos, a trabalhar com seriedade, uma e outro foram espesinhados pelo empenho dos aulicos da monarchia em precavel-a da marcha progressiva das ideias democraticas. D'ahi o exodo para o partido republicano de muitos dos homens que até então tinham tentado servir os partidos monarchicos com boa fé e dedicação.

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Longas horas se passaram assim – horas de esperança, horas de espectativa anciosa – durante as quaes os boatos nunca cessaram de fervilhar. Contava no dia seguinte um jornalista que a confusão de momento era tal que os mesmos alviçareiros que espalhavam a noticia da victoria decisiva dos sublevados não tardavam d'ahi a instantes a divulgar o contrario. Para o paço de Belem havia desde manhã cedo enorme affluencia de personagens officiaes. «Desde os ministros, affirmou mais tarde um reporter, até os simples fidalgos cavalleiros, dos quaes vimos dois, fardados, irem em trem pôr-se ás ordens de D. Carlos, todos á porfia accorreram á regia morada.» A guarda do paço era n'esse dia de infantaria 2. Mas, apesar do reboliço que ia dentro do edificio, os soldados mostravam-se despreoccupados e no local – cá fóra – pouco se sabia da revolução. Os politicos, frequentadores da Arcada, andavam desvairados. Uns asseguravam que a população portuense, dirigida por officiaes de caçadores 9, arvorara a bandeira republicana no palacio da Bolsa; outros que infantaria 8, de Braga, e o 14, de Vizeu, tinham adherido ao movimento; outros ainda que a guarda municipal, fraternisando com os revoltosos, se apressara a soltar João Chagas, que então expiava na cadeia da Relação a condemnação imposta por um delicto de imprensa. Os que pareciam melhor informados accrescentavam a tudo isto que na madrugada de 30 de janeiro varios telegrammas cifrados haviam annunciado aos dirigentes da politica democratica o estalar da bomba. De Lisboa, por exemplo, tinham perguntado para o Porto: Como vae o doente? Do Porto tinham respondido: Deve morrer ámanhã…

Mas, ao começo da tarde, o optimismo cedeu o passo ao desalento. As agencias officiosas principiaram a falar em suffocação da revolta e em rendição de revoltados. Mudára a face das cousas. O paço animava-se, o governo cobrava sangue frio. O commandante da divisão militar com séde na capital do norte – o general Scarnichia – que na occasião se encontrava em Lisboa, tratando junto do ministerio da guerra das transferencias dos seus subordinados suspeitos de republicanismo, seguia ás 2 e 30 para o Porto n'um comboio especial. Uma parte das tropas que, tendo recebido ordem de marchar em soccorro da monarchia, já se agglomeravam nas estações de caminho de ferro, regressava a quarteis. Suspendiam-se por um mez as garantias em todo o districto do Porto e auctorisava-se a suspensão dos jornaes perigosos ali e no resto do paiz. Evidentemente, a sublevação não lograra exito e o sangue derramado na manhã de 31 servira apenas a registar uma infructifera tentativa de reacção contra a dynastia oppressora. A democracia fôra vencida pouco depois de ter vencido. A atmosphera voltava a carregar-se de violencia, de jugo tyrannico, e no horisonte já se descortinava que as represalias iam ser ferozes. Uma gazeta das mais populares da epoca, reconhecendo que, uma vez dominada a sargentada, o governo se apressaria sem duvida a esmagar a mais insignificante velleidade de resistencia, escrevia vinte e quatro horas apoz a derrota:

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