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O primeiro contato

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A fala de Rafael encerrou com qualquer pretensão de solucionar dúvidas dos humanos presentes. Não era o momento adequado para isso. Tinham que se contentar com as poucas informações adquiridas. Cabia a eles buscar o estranho e misterioso ser que habitava naquele planeta quase deserto. Havia algo interiormente o qual dizia que se tratava de alguém espetacular, alguém para ser lembrado durante a existência inteira.

As vias de acesso do planeta apresentavam bastantes dificuldades de locomoção por serem terrenos com imensas crateras por toda a parte. Nas partes intransitáveis, os anjos davam uma força aos humanos e lhes ajudavam a atravessar. Sem eles, a aventura tornar-se-ia impossível.

O momento requeria fé, disposição, empenho, paciência e inteligência pois estavam num buraco no meio do nada procurando por uma pista longe do alcance. Não havia dúvida de que este era o maior desafio de todos até o presente momento.

O tempo passa rápido e nossos amigos perdem a conta de quantas horas perdem transitando de um lado para outro. No momento em que já pensavam em desistir eis que surge uma pequena edificação ao alcance da vista. Eles não demoram a dirigir-se para lá com o intuito de descansar e conseguir algo para comer.

No percurso restante,conversam entre si trocando informações.Será que estavam na pista certa?O momento de descobrir aproximava-se cada vez mais.Enquanto esperavam,brincam,distraem-se com o ambiente,imaginam muitas coisas das quais ainda não tem conhecimento.Só o fato de estarem ali fazia todo o sentido para eles,a aventura certa no momento certo para cada um deles.Com palavras de motivação,eles continuam andando chegando,cerca de vinte minutos depois,em frente a residência nada parecida com as construções humanas.Era um edifício quadrado,alto e largo na mesma proporção,uns três metros de medida de ambos os lados.Ao fundo,um pequeno pomar com árvores frutíferas,uma raridade nas condições do planeta.Do lado esquerdo e direito,serras feitas de um minério escuro e em frente um abismo sem fim já ultrapassado pelos nossos colegas.

Eles não perdem tempo e em conjunto batem na porta de entrada-saída da casa. Na terceira tentativa, escutam um barulho e ficam à espera do que iriam encontrar. A ansiedade e o nervosismo eram intensos e só se acalmariam quando tudo estivesse resolvido.

A porta abre-se. Do lado de dentro, surge uma criatura com aspecto parecido com os humanos: Cabeça, membros e postura. No rosto apresentava cicatrizes profundas oriundas do passado. Seu olhar era profundo e concentrado. Suas vestes eram limpas, de cor branca e suntuosas. No braço direito, tinha uma marca conhecida em forma de cruz. Nossos amigos quase caem no chão de susto. Diante deles estava um descendente da família divina.

—Enfim chegaram. Os arcanjos do pai celestial e meus primos distantes. Eu estava esperando-lhes há doze bilhões de anos. Eu me chamo Ventur Okter, o sobrevivente. Eu sei exatamente o que vieram fazer aqui. Minha resposta é sim, eu posso treiná-los para que possam descobrir “o buraco negro”.

—Eu me chamo Aldivan Teixeira Torres, mas também sou conhecido como vidente e Divinha.Eis que sou seu teu discípulo a partir de agora.

—Eu sou Renato, companheiro inseparável de aventuras do Divinha.Juntos somos o pilar da série “O vidente”.

—Sim, eu compreendo. Estão de parabéns. Em vindos, amigos. (Ventur)

—Eu vos trouxe os humanos como prometi. Obrigado pela recepção e pela disposição em ensinar. Se repassares pelo menos um terço do que sabes será bem construtivo para nós. (Rafael)

—Ajudarei da melhor forma para que possam por si descobrir o fio da história. É uma honra para mim. (Ventur)

—A recíproca também é verdadeira. Já tem um plano? (Uriel)

—Sim, está tudo certo. Mas entrem. Eu preparei uma sopa deliciosa feita de pedaços de Cajamar, uma ave típica deste planeta. Estejam à vontade. (Ventur)

—Vamos, pessoal. (Ordenou Rafael)

Os cinco adentram na morada. Como nas moradias humanas, o primeiro ambiente é um tipo de sala com móveis, uma lareira, quadros com pinturas e assentos milimetricamente trabalhados junto ao piso. Enquanto observam aquela maravilha de arquitetura, eles acomodam-se e o anfitrião vai buscar na cozinha o alimento. Na volta, eles são servidos e um segundo contato é feito entre eles com objetivo de conhecerem-se melhor.

—Vamos aproveitar este momento maravilhoso para conhecer-nos melhor. Fiquem à vontade para falar um pouco de vós. (Ventur)

—Eu sou Rafael, arcanjo do reino dos céus que tem como missão atual acompanhar estes humanos tão queridos pelo pai. O motivo de todo este aparato é a importância da missão de cada um deles.

—Eu sou Uriel Ikiriri, anjo especialmente designado para proteção do filho de Deus.Fui criado para ele desde o princípio. Juntos, somos a força mais importante do universo, algo que veio transformam em definitivo os mundos.

—Eu sou Renato, filho adotivo do espírito da montanha do Ororubá.Desde o princípio estou com Divinha e agora pouco soube que nossa ligação vem da origem do cosmo. Está explicado porque nos damos tão bem.

—Eu sou o filho de Deus, alguém enviado pelas forças do bem para salvar a humanidade pecadora. Através da literatura, pretendo alcançar um bom público leitor. Quero encantar e conquistar o coração de cada pessoa.

—Eu sou Ventur Okter, descendente divino direto de Jesus neste planeta. Num tempo longínquo, algo muito grave aconteceu aqui. O que restou está diante de vós. Sinto-me melhor e mais feliz com a presença vossa nesse momento.

—Qual seu objetivo? (O vidente)

—Desde sempre espero por este momento, o dia em que conheci o verdadeiro filho de Deus, o filho espiritual. Minha sabedoria é tão extensa quanto este universo e isto acontece porque sou experiente. Conviver contigo e ensiná-lo será a minha oportunidade para retribuir a meu pai. Sabe, sinto tantas saudades dele. E qual é o vosso? (Ventur Okter)

—Viver este momento, aprender, buscar novos horizontes e ser feliz com minha arte. Faço tudo pela minha família, amigos, colegas de trabalho, admiradores do meu trabalho e seguidores. (Divinha)

—Minha meta é terminar a faculdade, arrumar um emprego, continuar ativo nesta série literária maravilhosa, casar, ajudar meu parceiro em todos os momentos e ser feliz. Estou muito feliz por este momento maravilhoso num planeta devastado e por ter a oportunidade de conhecer a descendência de cristo. (Renato)

—Estamos num ponto de divisão de nossas vidas. É bem provável de sairmos completamente transformados desta experiência. Mesmo eu, que sou um arcanjo, terei algo a evoluir. (Rafael)

—Para vocês que não sabem, Ventur Okter é o detentor dos treze selos divinos. Estes selos conferem ao dono a perfeição, o conhecimento e a felicidade. A fim de entender “O buraco negro”, precisaremos de cada um destes atributos. (Informou Uriel)

—Sim, é verdade. Estou plenamente pronto para repassar esta dádiva. (Ventur)

—O que é exatamente “O buraco negro”? (O vidente)

— É um ponto para onde tudo converge e se transforma. São espaços dimensionais existentes nas dimensões visíveis que ligam a uma força maior, capaz de realizar milagres, curas e libertação. É o conhecimento puro sobre o infinito e em relação a Deus.É um estágio tão avançado que nem sequer os arcanjos conseguem alcançar, somente os filhos de Deus. (Explicou Ventur)

Incrível.Eu já tinha ouvido falar de algo, mas não tão profundo. Quando começamos? (O filho de Deus)

Amanhã mesmo. Aproveitemos o restante do dia para descansar um pouco mais. Sabe, faz tempo que não recebo visitas. Para ser mais preciso, há doze bilhões de anos. Estou Feliz! (Ventur)

—Minha nossa! Muito tempo mesmo! (O vidente)

—Este é o maior exemplo de que a paciência é uma virtude que nunca falha. (Rafael)

—Sei como deve ter sido tedioso. Não se preocupe irmão, ficaremos um tempo aqui. (Renato)

—Obrigado. (Ventur)

—A equipe da série “O vidente “ está completa agora. (Uriel)

—Amém. (Divinha)

Nossos amigos continuaram conversando por mais um tempo. Tudo era muito recente e eles não tiveram tempo para pensar no caso em detalhes. A certeza que tinham eram que mergulhariam de corpo numa aventura que prometia. Uma aventura no espaço, junto a um divino.

Ao concluir o almoço, eles prontificam-se a lavar os pratos, varrer a casa, trocar informações, fazer planos internos, cozinhar, conhecer melhor a casa e os costumes do novo mestre. Cada detalhe era importante para aqueles que almejavam a compreensão dum desafio tão complexo. Mais tarde, eles jantam e saem para observar a noite junto com o anfitrião. Que mais surpresas viriam?

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