Читать книгу Vampiros Gêmeos - Amy Blankenship, Amy Blankenship - Страница 6
CapÃtulo 3 "Fome"
ОглавлениеHyakuhei ficou em frente ao Submundo. Normalmente, ele ficava longe dessa área da cidade porque estava fortemente infestada de hÃbridos. Também estava mais perto da alcova subterrânea de seu irmão, fazendo com que ele se perguntasse quem tinha nomeado a pequena, e cheia, boate noturna. Não era um bom lugar para a garota estar.
Ele desapareceu e reapareceu dentro de suas paredes, sentando-se no canto mais sombrio.
Amni ainda estava sorrindo quando abriu a porta e entrou na boate, apenas para parar abruptamente. Algo não estava certo. Sua cabeça se voltou para o lado e seus olhos se arregalaram. Tadamichi? Afastando o olhar, ele se apressou para trás do bar, completamente perturbado.
Por que o Mestre estava aqui... em seu bar?
*****
Kyoko ficou olhando no espelho, perguntando-se o quão bêbada ela teria de ficar para que ela pudesse passar por isso. Ela esfregou os cabelos e começou a mudar a aparência, mas não... decidiu que o que estava vestindo, com sorte, bastaria. Ela só tinha que se impedir de dar uma pancada contra quem desse em cima dela.
Ela assentiu com a cabeça para seu reflexo, dando-se a palestra da sua vida. "Bem Kyoko... você pode fazer isso. Pense em todos os vampiros atrás dos quais você poderá se esgueirar se eles não sentirem sua virgindade chegando." Ela revirou os olhos com a estranheza daquela conversa. "Ãlcool... é disso que eu preciso."
Em minutos ela estava sentada no bar pensando no que o avô tinha dito. Ela olhou para Amni enquanto ele trabalhava na mistura de todos os pedidos de bebidas estranhas. Ela franziu a testa imaginando por que ele parecia tão nervoso. Ela inclinou a cabeça um pouco enquanto o via errar completamente a taça para a qual ele estava apontando com a colher de gelo.
Hyakuhei sentiu sua presença no momento em que ela entrou no salão. Ele não tinha pressa ao se recostar na cadeira, examinando-a. A menina parecia não prestar atenção em nada ao redor dela, levando-o a acreditar que ela não queria estar aqui... então, por que ela estava? Ele a observou pelo espelho enquanto ela sentava no canto bar, confirmando o fato de que ela preferia ficar sozinha.
Ele seguiu sua linha de visão e percebeu que era o bartender que chamava sua atenção... o vampiro loiro que o olhava nervosamente.
Amni olhou novamente, perguntando-se se era sua imaginação ou não, mas parecia que aquele canto ficara ainda mais escuro. Tentando fingir que aquilo não o estava incomodando, apoiou as mãos contra o bar e deu a Kyoko um sorriso distraÃdo, "Quer uma bebida?"
"Sim," Kyoko o informou, a determinação em sua voz quase fazendo Amni cair. "Chá Gelado Long Island... o mais forte que você puder fazer." Ela anunciou.
Amni hesitou e olhou em volta, perguntando-se se ele tinha entrado em outra dimensão naquela noite. Primeiro, o senhor dos vampiros entra e se senta como se fosse dono do lugar, então Kyoko pede uma bebida alcoólica. E depois... Ursos Polares executando o Quebra Nozes?
Sua mão inconscientemente foi até seu pescoço, lembrando-se da noite em que Tadamichi o havia transformado, há tanto tempo. Ele estava aqui querendo tomar outra vida? Ele tirou o pensamento com força de sua mente.
"Kyoko," Amni disse calmamente. "Eu não acredito que uma bebida é o que você realmente queira. Por que você não volta para o andar de cima e dorme um pouco? Isso é melhor para o estresse que uma ressaca. Tenho certeza que tudo ficará melhor de manhã."
Kyoko lhe havia dito muitas vezes que ela não bebia e já havia sinais suficientes esta noite para que ela mudasse de ideia. De muitas maneiras, ele estava feliz por não ter notado a bomba atômica de todos os vampiros esperando no canto... e ele gostaria de manter isso assim.
"Negativo," disse Kyoko com uma bufada. "Tenho algumas bagagens das quais preciso me livrar nesta noite e vai começar com a bebida que você vai me dar."
"Tudo bem, tudo bem," Amni disse agora que ela tinha toda sua atenção. "Retraia as garras e pare de sibilar comigo ou não vou te dar nada."
Kyoko olhou furiosa e Amni riu. Ele desejou poder consertar o que quer que a incomodasse tanto para fazê-la beber. Ela era a única que ele conhecia cuja vida parecia tão complicada quanto à dele. Tentando animá-la, piscou e acendeu um encanto.
"Bem, é verdade," disse ele enquanto derramava o rum. "Tudo o que falta é o pelo, cauda e ouvidos. Você já tem o temperamento e a atitude."
Kyoko arranhou o ar na frente dela, brincando com um sorriso no rosto. "Talvez eu deva me colocar no beco esta noite, miando desafinada e esperando por um namorado peludo."
Amni colocou a bebida na frente dela antes de balançar a cabeça. "E aqui eu pensei que era o único homem em sua vida. Você me fere Kyoko... Talvez eu precise de consolo." Ele colocou sua mão sobre seu coração para um afeto adicional, embora em algum lugar lá no fundo... ele não estava brincando.
Kyoko fez uma pausa com a bebida a meio caminho de seus lábios. "Amni... pare de flertar comigo. à um pouco perturbador." Ela olhou para cima, ainda brincando, mas quando ela segurou os olhos um segundo a mais, sua respiração parou em seu peito. Se ao menos ele não fosse um vampiro. Ao fechar os olhos, bebeu lentamente do copo.
"Eu estou falando sério," Amni continuou enquanto eles travavam os olhos em uma batalha silenciosa de vontades. "Se você não puder me dizer o que está acontecendo, então a quem você pode contar?"
"Eu preciso de outra bebida primeiro." Kyoko bateu seus cÃlios contra ele, lutando por mais tempo e coragem para lhe contar seu segredinho sujo.
Amni lentamente fez uma outra bebida. Ele se encolheu com a vontade de levá-la para cima e trancá-la no quarto dela por essa noite. Quando olhou para trás e entregou-lhe a bebida... a primeira já estava vazia. Ele começou a pressioná-la, mas alguém na outra extremidade do bar chamou. Com um grunhido agitado, ele partiu.
Kyoko o observou enquanto trabalhava. Amni estava certo... se ela não pudesse dizer a ele, então para quem poderia contar? Em toda a cidade, ele era o único com quem podia conversar livremente... o único que ela chamaria de amigo. Ela sentiu os olhos marejarem e se perguntou se ela estava, como diziam, bêbada de chorar.
"Não!" Ela se repreendeu e levantou a bebida com um brinde a si mesma. "Um brinde à perda de virgindade." Ela bebeu e não parou até o copo estar mais uma vez vazio.
Ser um vampiro tinha muitas vantagens e uma boa audição era uma delas. Amni entregava as bebidas misturadas para a multidão barulhenta, mas seus olhos arregalados estavam em Kyoko, observando-a beber como se não houvesse amanhã. "Perder o que!" Ele praticamente voou até o final do bar e a encarou quando ela abriu os olhos.
Kyoko se encolheu ao ver Amni tão perto tão de repente, então seus lábios se separaram quando ela percebeu... "Você me escutou?" Ela engoliu em seco tentando superar a sensação de queimação do álcool descendo tão rapidamente pela garganta. No momento em que ela recobriu a respiração, Kyoko pôde sentir a bebida começar a fazer efeito.
"Outra, por favor." Ela empurrou o copo de volta para ele, ignorando o elefante branco na sala que agora estava ali entre eles.
A raiva repentina que surgiu em Amni foi temperada com dor. Seus olhos azuis se tornaram um tom mais escuro. Suas mãos tremiam enquanto ele fazia OUTRA bebida para ela. Ela não teve o efeito calmante que ele esperava.
"Sim, eu te ouvi... este não é o lugar para você ficar embriagada e excitada. Continue bebendo esses chás gelados nesta noite e você estará no beco cantando desafinada enquanto um homem sem rosto..."
Os olhos esmeraldas de Kyoko brilharam desafiadoramente: "Parece divertido... mande mais."
Amni fez uma careta. "Ah, isso é baixo."
Kyoko sorriu para Amni sobre a borda de seu copo e o vampiro não conseguiu deixar de sorrir de volta. Ele tinha decidido como ele resolveria esse problema. Ele a deixaria se embebedar... mas ele não a largaria no bar... isso nunca. Por enquanto, ele jogaria seu joguinho de perder a virgindade.
Kyoko suspirou quando Amni voltou para a outra extremidade do bar novamente. Ela alcançou o balcão e pegou um canudo desta vez. Por que tem que ser algo como a virgindade que a expunha aos demônios? Não é como se ela pudesse se apaixonar por alguém. Se ela amasse um cara... então ela nunca poderia estar com ele porque ela só o colocaria em perigo.
Um rosto apareceu nos olhos dela e ela os fechou, querendo saborear a imagem... Tasuki. Se ela não amasse Tasuki, ele seria sua escolha. à porque ela o amava que não podia ligar para ele e... deixá-lo ajudá-la a resolver seu probleminha. Colocando o canudinho nos lábios, Kyoko começou a beber mais rápido, tentando ganhar coragem suficiente para se virar e brincar de 'Uni duni tê'.
"Você realmente está tentando transar então?" Amni perguntou enquanto ele fazia outra bebida.
"Claro que estou," afirmou Kyoko. "Mas eu não quero parecer uma vagabunda dando uma volta."
"Então use o espelho," Amni ofereceu e suspirou quando Kyoko se animou com a nova perspectiva. Ele não queria que ela se virasse e visse o vampiro mestre sentado no canto. O ancião esteve observando-a desde que ela desceu as escadas... e em seu estado atual, Kyoko não estava em forma para se proteger e Amni não era forte o suficiente para combatê-lo.
"E aquele cabeça vermelha?" Amni perguntou deliberadamente escolhendo o pior cara da boate. Se ela fosse sonhar, então ele tornaria isso difÃcil para ela.
Kyoko apertou os olhos no espelho antes de balançar a cabeça. "Ele não tem bunda."
Amni revirou os olhos: "Quem diabos se importa se ele tem bunda?"
"Eu me importo," Kyoko se arrastou. "Preciso de algo para me agarrar." Por um momento, ela se lembrou do cara imaginário que ela descreveu para Yohji algumas horas atrás.
"Tudo bem," Amni admitiu. "Que tal aquele com o cabelo espetado?"
"Podemos colocar um 'L' em sua testa e tirá-lo da lista?" Kyoko perguntou enquanto enrugava o nariz, e depois acrescentou: "E você teve um gosto muito ruim até agora."
"Aquele loiro ali é bonitinho." Ele sorriu sabendo que aquele cara só namorava outros caras... ela não tinha chance.
Kyoko balançou a cabeça e quase caiu com o movimento. "O que está tentando fazer Amni? Ele é tão feio quanto Yohji."
"Você não acha que o rei do terceiro andar é gato?" Amni fingiu um olhar de horror e depois riu de sua expressão cara-de-pau.
Os próximos vinte minutos foram gastos olhando os diferentes caras da boate. Um era um jogador, um era muito malandro, outro era muito velho, muito jovem, muito gordo, muito magro, muito nerd, muito almofadinha e assim por diante. Amni finalmente jogou as mãos ao ar em rendição.
"Já vimos quase todos os homens da boate, Kyoko," ele informou. "Você está muito bêbada para realmente reparar num homem bonito e não perceberia um, ainda que ele te mordesse na bunda agora mesmo." Ele acrescentou silenciosamente, "graças a Deus!"
Kyoko sorriu embriagada: "Se ele me morder na bunda, não me importaria com seu visual."
Os olhos de Amni se arregalaram sabendo que Kyoko estava apenas tentando falar duro, pois ele conseguia sentir o cheiro de sua inocência.
"Grande conversa, de uma virgem que nunca nem beijou direito," ele sorriu esperando que estivesse certo.
Kyoko tossiu quando a bebida desceu pelo caminho errado. "O que você disse?" Ela exigiu ao piscar, recusando-se a trazer Tasuki para a conversa.
Amni sorriu: "Não se preocupe. Não vou dizer a viva alma, a menos que você me irrite."
"O que você faria se eu te irritasse?" Kyoko exigiu, começando a realmente apreciar a embriaguez.
"Bem, eu provavelmente iria me levantar no bar e anunciar muito alto que tÃnhamos uma virgem na casa nesta noite e que os lances começariam em cinco mil dólares. Claro, você só ficaria com vinte por cento e o resto iria para mim." Ele agarrou a borda do balcão, sabendo que ele superaria todos os lances.
"Por que eu só receberia vinte?" ela perguntou. "à a minha virgindade... Eu deveria ser a única a ser paga por isso."
"Caramba, você é cara," Amni resmungou.
"Eu ouvi isso," exclamou Kyoko ao se levantar nas barras do pé do seu banco. "Eu vou te mostrar que sou uma namorada muito barata," ela assentiu.
"Coca cola e empadas no meu apartamento depois do trabalho," Amni disse com um sorriso brilhante.
"Eu não vou a um encontro com vocêêêê," Kyoko proferiu e se equilibrou antes de cair, então apontou um dedo para o rosto de Amni, tocando a ponta do nariz com ele. "Eu vou a um encontro com o primeiro homem que não dê em cima de mim e me trate como uma dama."
Amni arqueou uma sobrancelha: "Isto vem da mulher que está procurando alguém para tirar sua virgindade? Você ao menos quer saber como esse cara se parece de manhã?"
"Não," Kyoko sibilou e se afundou na banqueta, mas sem abaixar o dedo. "Eu não quero saber nada sobre ele porque..." ela fez uma pausa procurando as palavras. âEu tenho minha moralidade."
Amni riu, "Kyoko, você pelo menos sabe o que moralidade significa agora?"
O rosto de Kyoko ficou vazio, "Não," disse ela com uma voz malandra. De repente, ela olhou para seus bustos e voltou para Amni. "Eu não estou vestindo roupas Ãntimas."
Amni, com toda sua graça, caiu atrás do balcão enquanto Kyoko continuava a sentar-se lá com uma expressão de admiração no rosto por não estar usando roupas Ãntimas.
"Droga!" Uma voz sem corpo murmurou por trás do bar.
Amni levantou-se e olhou para o rosto de Kyoko antes de começar a rir. Ele realmente não conseguiu evitar. Ele nunca tinha visto ela bêbada e teve que admitir que ela era bastante divertida nesse estado. "Você nunca me disse por que você está tão determinada a fazer isso."
Kyoko mordeu seu lábio inferior e disse-lhe a verdade, "ISSO me torna um alvo e VAI me matar se eu não me livrar DISSO." Ela tentou olhou para ele e rapidamente desviou. "ISSO parece estar atraindo mais... perigos do que eu posso dar conta."
De repente, Amni percebeu exatamente o que ela estava tagarelando e engoliu em seco. "Você gostaria de outra bebida?" foi o que ele conseguiu dizer.
Ele nunca pensara nisso daquela maneira, mas o que ela disse era verdade. Se ele decidisse beber de um ser humano novamente... mesmo ele a escolheria. Era uma rara iguaria encontrar uma virgem de idade dela... é como sangue aromatizado.
"Outra bebida?" Kyoko perguntou, então olhou para o copo. Ela o ergueu ao nÃvel dos olhos e virou-o como se estivesse procurando por algo. "Está vazio."
"Não, sério?" Amni perguntou, brincalhão, antes de tirar o copo dela. "Chega de bebidas para você esta noite."
"Ei!" Kyoko disse um pouco alto. "Eu preciso disso."
"Para que?" Amni perguntou.
"Para que eu possa perder minha virgindade," respondeu Kyoko. "Eu não posso fazer sexo sem esse copo."
Amni colocou o copo de volta no balcão e Kyoko olhou para ele.
"O que há de errado agora?" Ele sabia que não demoraria muito mais até que ele a ajudasse a subir as escadas e a chegar segura até seu quarto.
Kyoko virou o olhar para ele. "Quem bebeu?"
"Você," ele informou.
"Eu não. Estava cheio quando você tirou. A quem você deu uma bebida grátis... e cadê a minha?" ela acusou.
"Isso foi há quatro bebidas atrás," Amni apontou, tentando confundi-la.
"Nãoooo," Kyoko fez beicinho. "Eu nem tive a chance de apreciá-la." Ela empurrou o copo de volta para Amni. "Dê-me outra bebida e certifique-se de que vou degustar desta vez."
"Você degustou a última," afirmou Amni. "Estou te impedindo esta noite."
Kyoko sorriu sensualmente para ele. "De que você está me impedindo?"
"Não me tente, Kyoko," Amni respondeu e sentiu uma ameaça silenciosa. Seus olhos azuis se levantaram para encontrar olhos escuros no outro lado da boate.
Hyakuhei sentou-se assistindo a cena entre a mulher e o barman, seus olhos e seu humor ficando cada vez mais escuros. Ele observou silenciosamente enquanto o olhar dela percorria a sala usando o espelho para ver todos os homens no bar. Por razões que o escapavam, ele estava tentado a fechar o lugar para que todos saÃssem. Ele não queria que ela olhasse para os outros.
Esse comportamento... a sensação que ele sentia... perturbou-o.
O barman era um vampiro e a garota parecia muito amistosa com ele. Hyakuhei olhou o menino de cima a baixo enquanto a menina conversava com ele. Ele era jovem; ainda era um bebê para um vampiro, mas algo sobre o jovem o separava dos outros vampiros que Hyakuhei tinha encontrado desde que chegara à cidade. O ancião apagou o pensamento... ele descobriria quando chegasse a hora.
O barman de repente o encarou diretamente. Ele sorriu e o homem gelou antes de visivelmente estremecer e desviar o olhar. Agora ele sabia o que era tão diferente neste. Ele não possuÃa a sede de sangue incontrolável da maioria dos vampiros novos. Talvez ele não fosse tão jovem quanto pensara Hyakuhei.
Ele se concentrou na conexão da linhagem e espiou o passado de Amni... sentindo seu irmão lá. Ele fechou os olhos enquanto as memórias de Amni flutuavam por ele... então Amni tinha sido o primeiro de Tadamichi... aquele que curara sua solidão. Seus olhos lentamente se abriram, agora sabendo por que o vampiro o encarava constantemente... pensava que ele era seu senhor.
O lacaio não ter percebido a diferença dizia muito sobre seu relacionamento com Tadamichi... ou era isso prova de que ele e seu irmão eram verdadeiramente a mesma coisa? Sua diversão atingiu um ponto alto quando o jovem vampiro colocou outra bebida na frente da menina e ela tomou um gole. A cena seguinte o fez querer rir espalhafatosamente.
Amni tirou o copo de Kyoko dela e quis rir com a careta que ela fez. Ele se moveu, pegando as diferentes garrafas de rum para fazer para ela outra bebida. Por sorte, ela desviou o olhar e ele pegou a mistura sem álcool da bebida favorita de Kyoko... Chá gelado Virgin Long Island.
Derramando o lÃquido sobre o gelo fresco que ele acabara de colocar no copo, Amni decidiu ser delicado e acrescentou uma cereja e um pequeno guarda-chuva à bebida antes de colocá-la na frente dela.
Kyoko virou-se para Amni e então olhou para o bar. Seu rosto se iluminou quando viu que a bebida dela havia sido reposta. Em vez de tomar o primeiro gole, ela pegou a cereja pela longa haste e a colocou na boca. Amni engoliu em seco quando a boca de Kyoko se moveu um pouco antes que a haste da cereja se espreitasse entre seus lábios. Ela removeu a haste e a colocou no balcão.
"Que tal?" Kyoko perguntou depois de estudar a haste da cereja com intenso escrutÃnio.
"Eu acho que você deve beijar muito mal," Amni disse em uma voz impassÃvel depois de ver que a haste de cereja não tinha sido atada com a lÃngua.
"O que você sabe?" Kyoko resmungou e tirou o guarda-chuva antes de tomar seu primeiro gole. Ela congelou com a cabeça ainda inclinada para trás antes de baixar muito lentamente o rosto até olhar Amni diretamente nos olhos. Ela engoliu a mistura e pegou o pequeno guarda-chuva. Sem aviso, ela levou bruscamente a ponta do guarda-chuva a menos de dois centÃmetros da mão de Amni.
Amni, por sua vez, agradeceu a seus rápidos reflexos ao tirar a mão dali. "Eu disse a você que chega por esta noite."
"Isso tem gosto péssimo," fumegou Kyoko. "Se você vai me arrumar algo sem álcool, então me dê uma cidra da próxima vez. E se você quer me impedir, então você vai pagar a minha conta porque eu serei uma cliente muito descontente."
"Meu deus Kyoko!" Amni exclamou dramaticamente, esperando que a faÃsca nos olhos dela ficasse ali por um tempo. "Você vai me deixar duro. Não vou ter como pagar o aluguel."
Kyoko sorriu maliciosamente. "Fale com Yohji... talvez você consiga um acordo."
"Você está numa má fase, sabia disso?" Ele colocou as palmas das mãos no balcão ao erguer as sobrancelhas, imaginando se ela admitiria isso.
A expressão perversa de Kyoko desapareceu em um instante, substituÃda por uma de completa inocência, e então inclinou a cabeça para o lado. "Estou?" Ela olhou profundamente naqueles olhos azuis sentindo que estava caindo neles.
Amni olhou para a outra ponta quando ouviu alguém gritar por ele. Ele se inclinou sobre o balcão em direção a Kyoko, perto o suficiente para que ela pudesse cheirar a colônia que ele estava usando. "Não faça nada estúpido até eu voltar," ele ordenou e rapidamente foi fazer as bebidas, deixando Kyoko sozinha.
Hyakuhei recostou-se em sua cadeira, sentindo-se um pouco mais calmo agora que o barman se afastara para atender outros clientes. Ele observou enquanto a garota se inclinava um pouco para trás do balcão e puxava os cabelos em um bolo bagunçado, continuando, depois, a vasculhar a população masculina da boate pelo espelho. Por deus... ela estava tentando o destino e nem percebia isso.
Ele percebeu que suas presas haviam se alongado até o ponto em que quase estavam cutucando seu lábio inferior, e seu corpo estava respondendo à inocente atitude dela. Seus olhos escuros estavam colados no longo e delgado pescoço dela, e não era seu sangue ele queria provar... era a pele dela. Ele agarrou a borda da mesa só para se ancorar no lugar. O rangido de madeira e metal lembrou-o de onde ele estava e o que estava fazendo.
Soltando a mesa, ele continuou observando-a e viu que ela parecia estar olhando pelo espelho diretamente para ele, sorrindo. Ele franziu a testa e olhou em volta antes de olhar para a mesa mais próxima dele.
Ele fez uma careta quando viu um jovem com apenas vinte e poucos anos olhando para a beleza de cabelo castanho-avermelhado e sorrindo de volta. Hyakuhei lançou um grunhido descontrolado no fundo do peito. Ele observou com imensa satisfação quando a bebida do homem se estilhaçou em sua mão, fazendo pequenos pedaços de vidro penetrarem na sua pele.
O homem amaldiçoou e rapidamente se levantou, indo em direção ao banheiro enquanto segurava sua mão ferida. Hyakuhei sorriu... o homem não estava mais olhando para ela.
Kyoko franziu a testa e suspirou frustrada quando o cara que chamara sua atenção no espelho de repente saltou e correu para o banheiro. Ela fez uma cara amuada, fazendo com que o perseguidor não visto no espelho sorrisse, entretido. Tomando outro gole da bebida não alcoólica que Amni lhe dera, Kyoko decidiu não mais olhar no espelho.
Seu olhar, em vez disso, se dirigiu à pista de dança, onde as luzes estavam piscando em um pandemônio selvagem. A súbita vontade de juntar-se àquela massa de corpos que a rodeava a dominou e ela deslizou do seu assento. Kyoko segurou no balcão até que conseguisse se equilibrar, e então cruzou a pista com a intenção de encontrar alguém... qualquer um.
Ela se perguntou se era assim que um gato se sentia no cio, então culpou o álcool e a solidão exacerbada por esse pensamento.
A atmosfera no clube mudou de repente, tornando-se mais espessa com o poder das trevas. Kyoko não se sentiu mal porque o álcool que ela consumira havia diminuÃdo seus sentidos e os tornado inúteis. Se ela estivesse prestando atenção... ela teria visto quatro homens muito atraentes entrarem no clube.
A atenção de Hyakuhei afastou-se da menina quando os quatro homens entraram. Ele lhes deu uma rápida geral e desdenhou. Por fora, para seres humanos desavisados, eles apenas pareciam quatro amigos curtindo uma noite na cidade. Para Hyakuhei, eles eram vampiros à procura de sua refeição noturna, e, talvez, um pouco de preliminares.
Ele levantou quando os quatro vampiros se separaram, imediatamente indo em direções diferentes. No entanto, um estava se dirigindo para a pista de dança, seus olhos fixos na fêmea de cabelos castanhos que o cativara. Os olhos escuros de Hyakuhei observaram a boate, vendo os outros três, que agora olhavam para a pista de dança com interesse. Quando seu olhar atravessou o bar, ele percebeu que o barman também sentira a mudança no ar, embora ele não tivesse descoberto de onde estava vindo. No entanto, ele tinha se empalidecido... e esse era um belo truque para um vampiro.
Kyoko balançou com a música, sentindo-se um pouco aturdida, mas, honestamente, ela não se importava. Mesmo que seus olhos estivessem fechados, ela podia sentir o olhar faminto de alguém devorá-la e isso fazia sua pele palpitar deliciosamente... ela podia sentir os olhos a percorrendo como se fossem mãos.
Ela deslizava sua própria mão em seu corpo enquanto dançava. Concentrando-se na música, ela se perdeu no movimento enquanto um par de mãos grandes se colocava em seus quadris. Elas não estavam impedindo seus movimentos, mas, em vez disso, estavam se movendo com ela... sensualmente.
Muito devagar, um corpo quente pressionou-se contra suas costas e ela se inclinou contra ele, deixando sua cabeça cair em um ombro largo. Ela não conseguiu se conter e gemeu quando as mãos se moveram de seus quadris para sua barriga. Ela sentiu os dedos esfregarem sua pele nua debaixo da bainha de sua blusinha, enquanto a outra vagava vagarosamente pela frente de seu corpo, esbarrando em seus seios antes de suavemente cobrirem a lateral de seu rosto.
"Dance para mim," uma voz escura e sensual sussurrou em seu ouvido.
Kyoko sentiu seus batimentos cardÃacos abrandarem e achou difÃcil respirar. Essa voz era o sexo encarnado e ela tinha que ver o rosto que a acompanhava. Quando ela se virou em seus braços, o estranho a empurrou para longe, depois a trouxe de volta, mais perto do que há um segundo.
Seu olhar se encontrou com um par de olhos azuis profundos, quase hipnóticos, e sua respiração parou, em admiração. Ele tinha longos cabelos pretos ondulados que balançavam de um lado para o outro com seus movimentos. Kyoko ficou alegremente confusa... quando foi que ela tinha começado a dançar com ele? Seu rosto era suave... quase feminino em sua perfeição. Ele tinha um fraco bronzeado que a fazia querer tocá-lo com lábios cheios que eram um tom mais vermelho do que o normal.
Kyoko sentiu seu corpo começar a se aquecer por dentro... ou talvez fosse todo o álcool que tinha bebido.
Ela podia ouvir a música erótica pulsando de algum lugar e gemeu quando o joelho do homem se pressionou entre suas coxas até que a perna dele estivesse pressionada contra seu centro. Kyoko não conseguiu desviar o olhar enquanto o corpo dela começava a se mover contra o dele despreocupadamente. Parecia que cada nervo em seu corpo estava vivo com sensações... ela podia até sentir o ar circulando em volta deles de tanto calor.
Quando ela se recostou um pouco para olhar para ele, o braço dele a puxou mais perto com um rápido movimento, e ela ofegou quando sentiu os lábios dele contra a pele de seu pescoço. Ela podia sentir cada centÃmetro do corpo dele pressionado contra ela enquanto continuavam a dança sedutora. O resto da boate estava girando, mas ele estava muito estável... alinhado com ela e muito grande.
Em seu estado de embriaguez, ela sequer percebeu que a música estava começando a desaparecer em uma batida abafada... tudo o que ela conhecia naquele momento era o homem que a segurava.
Amni sentiu a onda de poder percorrer o clube a partir da pista de dança. Não era incomum sentir isso naquela hora da noite e ele geralmente ignorava isso. Por reflexo, olhou para a outra extremidade do bar e notou que Kyoko havia desaparecido. Seus olhos se arregalaram e ele fez uma rápida varredura no clube.
A bebida que ele estava misturando caiu de sua mão e bateu no chão com um ruÃdo alto. Ele olhou para os espelhos atrás do balcão e viu Kyoko dançando... com ela mesma! Seu rosto estava corado, os lábios, levemente separados e os olhos fechados. Ele poderia ter jurado que ela estava no meio de um clÃmax.
Movendo-se em pânico, Amni correu para a abertura no balcão para que ele pudesse sair e expulsar o demônio que a segurava. Ele não sentia o desejo de matar a tanto tempo que o chocou a rapidez com que o impulso retornou... o desejo de matar alguém de sua própria raça.
"Droga, Kyoko." Ele grunhiu entre dentes cerrados. Se ela estava tão desesperada... desesperada o suficiente para pegar um vampiro, então ele dormiria com ela e daria fim nisso.
Amni parou em seus passos quando viu Tadamichi em pé em sua frente. O senhor dos vampiros nem olhou para ele, mas Amni sabia que ele estava ali apenas para evitar que ele ajudasse Kyoko. Amni se aproximou o suficiente para estar a uma curta distância de seu mestre, esperando que ele entendesse a dica sutil. Quando isso não aconteceu, Amni inclinou a cabeça ligeiramente, em uma tensa submissão. Seus olhos azuis ficaram excessivamente brilhantes e gelados diante do bloqueio, mas ele não ajudaria se fosse morto por sua insolência.
"Mestre, por favor... Ela não percebe..." Amni sussurrou, sabendo que o ancião podia ouvi-lo alto e claro. "Deixe-me ir antes que ela caia na mesma sina que eu." Ele silenciosamente se encolheu com o insulto implÃcito que soltou de seus lábios, mas, na verdade, nunca se orgulhara do fato de ser um vampiro. Ele não pediu pela maldição. "Ela é minha amiga."
A resposta que Amni recebeu foi um grunhido baixo que fez os copos de vinho atrás dele tremerem nas plataformas em que estavam pendurados.
"Eu não sou seu mestre, garoto." Hyakuhei colocou-o em seu lugar de uma vez por todas.
Amni sentiu o choque penetrá-lo enquanto ele nervosamente dava um passo para trás. Seus olhos se alargaram, sabendo que acabara de conhecer o lendário irmão gêmeo de Tadamichi. Perto assim, ele sentia a diferença entre eles e essa diferença dificultou sua respiração.
Ele virou e agarrou a borda do balcão enquanto olhava para Kyoko, com medo. Foi quando ele soube certamente o que o vampiro na pista de dança estava planejando. Kyoko estava tão bêbada que ela não tinha ideia com quem ela estava dançando... ou que ela era uma vÃtima consensual.
Hyakuhei cruzou os braços sobre o peito enquanto observava o vampiro presunçoso olhar para seus camaradas como se lhes dissesse que iria dar a primeira mordida e eles poderiam ter os restos. Ele sentiu uma calma completa se instalando sobre ele, mas era uma mentira... era a calmaria antes da tempestade.
Ele sentiu a presença ansiosa do barman atrás dele. "Você a trata como se fosse sua." Sua voz tinha um tom perigoso quando o espelho atrás de Amni quebrou.
"Não," Amni sussurrou, percebendo que coragem e medo estavam muito próximos um do outro. "Ela não é minha. Uma mulher como essa não pertence a ninguém." Ele ficou enraizado no local sem saber o que fazer. Ele só ouviu Tadamichi falar de seu irmão uma vez... na noite em que ele havia se transformado. Este era o homem que matara seu mestre, apenas morrer também como punição pelo crime.
Os pensamentos de Amni voltaram para seu mestre. Tadamichi o colocara sob sua servidão... tomando sua vontade para lutar. O mestre lhe sussurrara sobre sua solidão... sobre seu desejo perverso por seu irmão gêmeo. Amni conhecia a fraqueza de Tadamichi e, por isso, havia sido transformado... o primeiro dos filhos de Tadamichi.
Seu olhar voltou ao irmão de quem ele havia sido um substituto há tanto tempo. Tadamichi só queria que alguém presenciasse seu passar do tempo... a solidão era demais para alguém que desejava atenção.
Hyakuhei devia ser um senhor demonÃaco muito poderoso para ter matado seu irmão... O mestre de Amni. Isso fez com que o loiro engolisse duramente com a grandeza da sede assassina que os irmãos possuÃam. Por um momento... Amni se perguntou como seria ter Hyakuhei como seu pai, em vez de Tadamichi... ser sua posse.
Ele já conseguia ver a diferença entre os gêmeos... onde um era assassino... o outro era mortal.
Kyoko estava em estado de euforia e seus lábios amoleceram... abrindo um pouco, com prazer, enquanto as mãos do homem percorriam seu corpo, tocando ligeiramente sob a parte de trás de sua camisa. Ela não conseguiu suprimir o arrepio que correu pela espinha quando a mão dele passou pela parte inferior de suas costas. Era como um calmante fogo lÃquido rugindo através de seu corpo, fazendo-a querer mais dele.
Hyakuhei observou o hÃbrido desviar o olhar da mulher e balançar a cabeça, sobre os ombros, para os outros vampiros que haviam entrado com ele. Um a um, começaram a se mover para a saÃda da boate até estarem do lado de fora, esperando a refeição da noite. Hyakuhei viu os olhares famintos e sabia que era mais do que apenas sangue que eles levariam da garota.
Seus lábios diminuÃram quando ele tentou manter a calma... para aguardar. O som dos copos quebrando atrás dele contava uma história diferente. As mãos que estavam tocando nela logo não sentiriam nada mais que dor.
Amni engoliu em seco enquanto seu olhar passava do senhor dos vampiros para Kyoko, e para os copos que estavam sendo destruÃdos um a um. Ele não precisava do alarde de ter uma grande briga de vampiros acontecendo na boate, mas se isso fosse o necessário para salvar Kyoko... ele não a impediria. Os humanos culpariam as drogas e a violência da cidade. Ninguém ficaria sabendo.
Kyoko sentiu que estava com tontura, quase que em transe, quando o cara a soltou. Ela tentou alcançá-lo novamente, pensando que ele estava saindo, mas ele apenas se inclinou um pouco e estendeu a mão para ela segurar.
"Venha comigo," o alto, moreno e lindo sussurrou, como se estivessem sozinhos.
Sua voz suave parecia ecoar dentro da sala, afogando o pouco de som que estava realmente chegando ao cérebro confuso de Kyoko. Ela passou os dedos pela palma da mão dele, sentindo o fogo e querendo queimar... sem querer nada além de ir com ele. A mão dele apertou a dela enquanto ele a conduzia em direção à porta. ´Venha comigo.´ A voz ainda ecoava dentro de sua mente como um pedido cantado que ela não podia recusar.
Hyakuhei observou como o hÃbrido levava a garota hipnotizada através da boate, pela saÃda, para a noite traiçoeira. Ele imediatamente se afastou de seu lugar no bar, seguindo a menina e amaldiçoando Tadamichi e sua ninhada por entrar no seu caminho... novamente.
Seus olhos se arregalaram quando ele ouviu o som da voz assombrosa de seu irmão entrar sem ser convidado na sua mente. "Irmão... você mataria meus filhos por ela? Salve-a então... você apenas a rasgará em pedaços mais tarde. Você é um demônio, um assassino de sangue frio... você realmente acha que ela vai te querer?"
A visão de Hyakuhei atravessou a sala sabendo que seu irmão estava perto... observando-o. ´Eu não pedi que você me perseguisse, Tadamichi. Você ficou tão entediado em matar que decidiu me ver fazê-lo?´ Com um rosnado profundo, ele cortou a ligação com seu gêmeo, vendo que a garota já havia desaparecido. Ele sentiu um incontrolável clarão de inveja por dentro com todos que tentavam entrar entre ele e seu alvo.
Ele sentiu mais do que ouviu um sussurro de movimento invisÃvel vindo por trás e girou abruptamente, estendendo a mão na sua frente. Seu poder explodiu, atingindo bem no centro do peito do barman.
Amni foi jogado pela pista, caindo no espelho atrás do bar e enviando um banho de copos de vinho em espiral, em todas as direções. Quase todo o movimento parou na boate e Hyakuhei amaldiçoou sua própria imprudência.
Amni se levantou e encontrou o olhar de Hyakuhei, um pouco instável. Eles concordaram silenciosamente e voltaram o olhar para as outras pessoas na boate. Seres humanos não deviam testemunhar tais coisas.
De repente, todos voltaram para o que estavam fazendo e Hyakuhei virou as costas para o barman, não esperando para ver se limpar a mente de tantos de uma vez enfraqueceria o hÃbrido ou não. Deixe o lacaio limpar a bagunça... Hyakuhei tinha coisas melhores para fazer.
Saindo na noite, ele deixou um sorriso sombrio se espalhar por seu rosto quando viu os três hÃbridos começarem a seguir o amigo e a menina.
"Você quer tanto me sentir, irmão? Sinta isto." As palavras deixaram seus lábios enquanto seu poder o cercava em uma névoa vermelha que irradiava para fora. Sentindo a mudança na aura, os três demônios se viraram para olhar para ele, seus olhos pretos brilhando escuros. Sibilaram com medo e confusão, confundindo-o com Tadamichi antes de escorregar para as sombras em um esforço para escapar da raiva no ar.
Tornando-se um borrão de movimento que o olho normal não podia ver, Hyakuhei deslizou atrás do mais próximo e atravessou a mão pelo peito do hÃbrido que fugia. Ele deixou um gorgolejo abafado escapar de sua vÃtima antes de cobrir a boca do demônio com uma mão cheia de garras e torcer sua cabeça com um estalo enojante.
O vampiro endureceu enquanto seu rosto se contorcia, revelando sua verdadeira identidade antes de cair no chão em uma pilha de poeira e gosma. Os outros dois hÃbridos, ao ver aquilo, olharam boquiabertos e horrorizados para o senhor dos vampiros entre eles... a morte os havia encontrado.
Os olhos de Hyakuhei eram de um ébano insondável sob a luz da lâmpada da rua antes que ele lentamente voltasse sua atenção para eles. Os dois demônios restantes sibilaram-lhe brutalmente antes de desaparecerem mais profundamente nas sombras. Hyakuhei sacudiu os restos de sua vÃtima de sua mão, com desprezo, e os perseguiu.
O segundo foi muito mais fácil e logo se viu separado de sua cabeça... literalmente. O terceiro⦠Hyakuhei decidiu se divertir um pouco com ele. Encurralando-o no final de um beco, o demônio hÃbrido tentou escalar a parede para se afastar do ancião, mas Hyakuhei não o deixaria.
Gemendo suavemente, o último lacaio cometeu seu último erro e encontrou o olhar de Hyakuhei. Respirando profundamente, Hyakuhei inclinou a cabeça para o lado e estendeu a palma da mão para o vampiro tomar. O hÃbrido lentamente cambaleou para ele, incapaz de resistir à servidão do senhor dos vampiros. Uma vez dentro da distância, Hyakuhei envolveu um braço ao redor dele, puxando-o para perto.
"Ela não era para você," Hyakuhei sussurrou suavemente. Ele abriu os lábios, deixando suas presas crescerem até o fim antes de afundá-las na garganta de sua vÃtima. Parte dele estava enojada com suas ações, mas tirar a vida de alguém de tal maneira tinha suas vantagens. Ao tirar a vida de um vampiro hÃbrido desta forma, pode-se obter todo o seu conhecimento... como onde outros poderiam estar se escondendo.
Para sua decepção, esse sabia muito pouco. Ele rapidamente retirou suas presas, pegando um grande pedaço de carne com elas. Hyakuhei cuspiu o gosto ofensivo e deixou o corpo cair no chão. Ele não sentiu nenhuma empatia quando viu a expressão suplicante sobre o rosto de sua vÃtima.
O sangue que a escória já havia compartilhado naquela noite estava vagarosamente vazando dele... não era dele mesmo. De qualquer maneira, ele agora estaria muito fraco para pedir ajuda, mas Hyakuhei não queria arriscar que o hÃbrido ficasse vivo. Colocando o pé no rosto do hÃbrido, Hyakuhei colocou seu peso sobre ele... esmagando sua cabeça.
Ele recuou com satisfação quando o fluido queimou em seu sapato e calças, deixando o material intocado.
Quando o vampiro expirou e se dissolveu em uma poça empoeirada disforme, Hyakuhei sentiu-se um pouco mais justificado ao roubá-los de seu prêmio e suas vidas. Agora, tudo o que ele tinha que fazer era cuidar de seu ´ousado lÃder´. Ele quase sorriu com o tÃtulo, mas era o que melhor descrevia aquele imundo neste momento.
Verdade, eles precisavam mesmo de um lÃder e Hyakuhei estava chateado por Tadamichi não ter ensinado a estes lacaios como se comportarem, ou mesmo a etiqueta dos vampiros. Tudo que eles sabiam era ´mordê-los e deixá-los morrer´, como ele havia ouvido recentemente um hÃbrido dizer.
Tadamichi os transformou em nada mais do que bastardos demonÃacos sem pai para ensinar-lhes moral de qualquer tipo, o que sempre os levava a tomar decisões idiotas. Eles não sabiam que deveriam se submeter a um ancião sempre que encontravam um? Hyakuhei decidiu que não importava... ele os mataria por sua indiscrição.
Ele lentamente virou para a direção que o outro vampiro havia ido. Ele ajeitou o colarinho e começou a segui-los casualmente. Seus pés se moveram silenciosamente pelo pavimento da calçada e Hyakuhei resistiu ao desejo de perturbar mentalmente a criatura, como já tinha feito com tantos outros recentemente.
Esta nova raça de vampiros que Tadamichi criara era paranoica... pronto para se esconder no primeiro sinal verdadeiro de perigo. Uma coisa que eles não tinham aprendido era que apenas os fortes sobreviviam além da morte.
Ele estava começando a se irritar novamente, imaginando aonde esse imbecil estava levando a garota. As calçadas começavam a ficar mais cheias quando se aproximavam do centro da cidade. Hyakuhei ignorou as cantadas feitas por prostitutas... eles não eram melhores do que os demônios da noite. De vez em quando, uma lâmpada de rua se despedaçava de repente quando ele caminhava debaixo dela, devido à sua raiva reprimida.
"Para que a pressa, querido?" Uma prostituta perguntou ao entrar em seu caminho. "Se você está perseguindo alguém, eu ficaria mais que feliz em deixar você me perseguir."
Hyakuhei deu à mulher um olhar mortal. No mesmo momento, o para-brisa do carro ao lado dela explodiu para fora, fazendo com que as pessoas ao seu redor gritassem de surpresa. A prostituta saiu do caminho e Hyakuhei retomou sua perseguição. Ele sabia que nesse momento a garota não iria se livrar dele... ele não permitiria isso. E se alguém tentasse detê-lo, ele não pensaria duas vezes antes de tirar seu coração e enfiá-lo em sua garganta.
O hÃbrido levou a mulher, nos braços, pela calçada. Ele não pôde acreditar em sua sorte por seus amigos sanguinários desaparecerem repentinamente de trás dele. Ele rapidamente tomou a decisão de mantê-la para si mesmo, não querendo compartilhar seu jantar ou o sexo que aconteceria antes. Ele estava com pressa para fazê-la gritar de uma maneira ou de outra.
Ele levou a garota mais para o centro da cidade e sorriu quando olhou para cima e viu o hotel mais elegante da cidade. Com um sorriso arrogante, conduziu a menina para além da entrada da frente e para uma das áreas de piscina que sempre estava fechada a essa hora da noite... perfeito.
Estendendo a mão, o vampiro faminto mal se esforçou para quebrar a fechadura no portão. Deslizando pela cerca de privacidade, ele levou a garota a uma das cabanas privativas da piscina e parou. Virando a menina em seus braços, ele sabia que ela nem se lembrava da caminhada que acabaram de fazer. Ele não precisara nem mesmo colocá-la sob sua servidão... o que quer que ela tivesse bebido já tinha sido suficiente.
Ele sorriu perversamente antes de se inclinar para beijá-la... trazendo o corpo de volta à vida para que ele pudesse tomar aquela vida.
Kyoko gemeu em apreciação, tão doida de álcool que ela se perguntou por que ela não tinha feito isso antes. Ela ofegou quando sentiu que as mãos empurravam para cima debaixo de sua blusinha para esfregar lentamente seus mamilos endurecidos antes de puxar a camisa sobre sua cabeça. O homem começou a beijá-la pelo pescoço... fazendo-a tremer e se contorcer contra ele.
As mãos vagando pelo corpo dela suavemente a empurraram para pousar em algo macio. Ela virou a cabeça para olhar com preguiça na piscina logo após a entrada da cabana. Uma mão na bochecha dela virou seu rosto para a frente novamente e ela sorriu quando viu os intensos olhos azuis do homem em sua frente.
Isso era o que ela queria... isso resolveria tudo. Ela fechou os olhos, amando o fato de que seu corpo estava em chamas, mas conforme o pensamento passava por sua mente, as chamas se transformavam em um inferno, fazendo com que ela se sentisse desesperada.
Ela arqueou as costas quando as mãos dele tomaram completa posse de seus seios desta vez, apertando e amassando-os até que ela estivesse gemendo de vontade dentro de seu corpo. Kyoko percebeu que não poderia parar quieta enquanto seu corpo se movia no ritmo, como se ainda estivesse dançando, mas agora deitada.
O vampiro sorriu para ela e decidiu prová-la antes de entrar no corpo dela. Suas presas cresceram de repente e ele baixou a boca até o pescoço dela, quando ele sussurrou como se estivesse compartilhando um segredo escuro: "Uma coisa eu posso te prometer... isso vai doer."
Uma mão forte na parte de trás de sua jaqueta de repente o afastou de sua refeição e ele saiu voando para trás através do ar noturno para a piscina, pousando com um enorme splash. Ele quebrou a superfÃcie da água, mas congelou quando de repente se encontrou cara a cara com um verdadeiro mestre vampiro.