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Introdução

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Para começar, gostaria de vos contar um episódio da vida de um meu amigo, sucedido mais ou menos há 40 anos. Éramos jovens, podíamos ter por aí 18 anos. O meu amigo tinha uma amiga, digamos uma namorada. Dele sabia tantas coisas como acontece entre os amigos. Com esta namorada tinha umas relações sexuais. Um dia veio ao meu encontro para confidenciar-me que a sua namorada tinha ficado grávida e ele não sabia o que fazer. Lembro-me disso como se fosse hoje, estava desesperado! Contudo no fim, raciocinando um pouco, resolveu que a melhor solução era de falar com os seus progenitores e da namorada. E assim o fez. Fatalidade, o pai da sua namorada era ginecólogo e pairava voz que fazia abortos [1] (naquela época o aborto provocado era proibido na Polónia). Os progenitores de ambos decidiram em proceder para o aborto, diziam, para o bem dos seus filhos. Parecia a melhor solução, como se diz, «para não arruinar o futuro deles ». Parecia que o meu amigo e a sua namorada tivessem ficado contentes porque tinham encontrado a solução para o problema, «para o bem deles ».

A coisa mais trágica de tudo isto era que próprio o pai da rapariga deveria praticar o aborto (que na verdade era um homicídio). Não obstante que fosse muito jovem, a coisa para mim estava bem clara e aterrorizadora: como pode um pai fazer abortar a própria filha? Para mim tratava-se de uma coisa inaceitável! Todavia, eles procederam com o aborto, como tinha-se decidido. No início sentiam-se como aliviados de um peso. Pareciam felizes. Tinham resolvido o problema deles. Pouco tempo depois, porém, o meu amigo e a sua namorada começaram a drogar-se. Por fim separaram-se. Tentem imaginar o fim da história? A ex namorada do meu amigo suicidou-se! [2] Não conheço bem os motivos pelos quais levaram-na a fazer. Mas não é tão difícil para adivinhar. Certamente o aborto sofrido tinha influenciado sobremaneira a sua decisão. Os progenitores quiseram salvaguardar o seu futuro! Eis aqui, o seu futuro! Eis o seu bem! Eis a salvação! A morte!

Alguns dias depois da sua morte, o meu povoado ficou assolado pela notícia porque a rapariga tinha escrito uma carta, antes de suicidar-se. Eu não a li por acaso, e portanto posso apenas referir o que me contaram.

O texto dizia mais ou menos como:

«Depois do aborto não consegui mais encontrar a paz. Refugiei-me na droga, mas também isto não me deu por acaso paz. No fim não estava mais em condições de gerir a dor causada pelo aborto. Estava convencida que o aborto teria resolvido todos os meus problemas, pelo contrário levou-me à morte. Vos Peço nunca façam o que eu fiz, porque o aborto é ao mesmo tempo um homicídio e um suicídio! »

Morte leva à morte! É este testemunho que gostaria de afrontar o assunto «O aborto é um homicídio » [3] . Quando a minha mulher teve conhecimento da história dos dois namorados, a julgou insensata e dolorosa.

O Aborto É Um Homicídio

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