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5 de outubro de 2009

OS FAMILIARES próximos de Fabián e Mercedes seguem o caixão de madeira marrom que é levado ao carro funerário estacionado do lado de fora do Congresso. Multidões de todas as idades se juntam na Avenida Rivadavia para assistir à partida de sua última viagem, do Congresso ao crematório. Estão todos unidos em um momento histórico para a Argentina, que ultrapassa diferenças políticas e sociais.

A procissão de carros funerários passa vagarosamente. Pelo caminho, muitas pessoas carregam cartazes com dizeres carinhosos sobre Mercedes. Um velho revolucionário, em seus sessenta anos, segura uma faixa que diz: "Obrigado pela sua vida e pela sua luta”. Várias pessoas são vistas aplaudindo e acenando à bandeira argentina com honroso entusiasmo. Os jovens cantam animadamente várias e várias vezes “Olé Olé Olé Olé, Negra Negra”, como se fosse a seleção voltando após vencer um campeonato de futebol. Em praticamente todas as esquinas, grupos de pessoas munidas com diferentes instrumentos começam a cantar. Uma linda melodia ecoa pelas ruas de Buenos Aires — música que por décadas trouxe esperança e conforto, desafiando a ditadura e apoiando a democracia.

É um dia de tristeza que toca profundamente a alma argentina. A heroína popular nacional, a mãe da nação, está morta. Mas o que ela proporcionou através da sua vida e sua música nunca morrerá. Continuará existindo para sempre.

A procissão deixa lentamente o Congresso. Os primeiros carros levam as flores. O último leva o caixão.

Mercedes Sosa – Uma Lenda

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