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Uma nova dimensão de amor

O que é o Amor?

O Amor é um grande mistério da vida, ocupando um lugar importante no centro da nossa existência. Gera preocupações e dúvidas no homem, porque o Amor é complexo e varia com o passar do tempo e de acordo com a cultura.

O Amor está no centro das nossas vidas, relações e questões. Está presente de diversas maneiras, de todas as formas. Não vou dar definições preexistentes de Amor, nem tentar analisar todas as pesquisas e hipóteses formuladas sobre o assunto.

Antes convido a descobrir o que o universo me ensinou sobre o Amor ao longo da minha jornada, nesta missão.

Claro que não alego ser a detentora da Verdade, nem alego possuir a total compreensão sobre o assunto.

Sou uma mulher em busca da essência e partilho com vocês as descobertas que consegui fazer ao longo desta jornada pessoal e com a minha Chama Gémea.

» Dois aspetos do Amor

1) A nossa visão de Amor

Para abordar o que é o Amor, penso que é antes de mais necessário destrinçar e ganhar consciência da informação essencial. Este ponto é importante, pois não possuímos a mesma visão do Amor, nem as mesmas expetativas.

Sugiro um pequeno exercício.

Coloquem-se estas questões:

 O que significa para mim o Amor?

 Qual é a minha definição pessoal de Amor?

 Qual a minha perceção de Amor em relação a mim, aos outros, ao casal?

 Como é que reconheço concretamente o Amor?

 Que significado tem um ato de Amor para mim na minha relação, por exemplo?

 O que me faz sentir “amada” pelo outro?

 O que não me faz sentir “amada” pelo outro?

Podem fazer este exercício para ajudar a se conhecerem melhor e a consciencializarem o que é o Amor para vocês. Podemos ir muito mais longe nas questões para explorarmos mais, mas é apenas uma introdução.

Se fizermos estas perguntas a diversas pessoas, verificamos que as respostas são específicas a cada uma delas e muito diferentes entre si, o que é completamente normal, pois não possuímos a mesma visão do que é o Amor ou a mesma relação com a noção de Amor.

Numa relação conjugal, as pessoas que não partilhem a mesma visão e as mesmas expetativas relativamente ao Amor terão mais dificuldades em encontrar equilíbrio na relação.

A nossa visão de amor enquanto seres humanos está limitada e condicionada por vários tipos de filtros.

A nossa perceção do que é o Amor varia consoante a época, a sociedade em que vivemos, a educação, a cultura, a religião, a consciência coletiva...

O nosso relacionamento com o Amor também está condicionado pelas nossas crenças, experiências, medos, limitações conscientes ou inconscientes, carências, traumas, necessidades, desejos...

Todos possuímos uma visão muito pessoal e a nossa forma de funcionar em relação ao Amor no sentido global do termo.

É como se cada um de nós estivesse a usar um par de óculos que modifica e delimita a nossa perceção da paisagem de acordo com os filtros internos e externos ligados ao Amor.

O que vemos e o que acreditamos ser não corresponde necessariamente o que realmente é.

Por um lado, existe a visão humana, limitada e adulterada, do que o Amor pode ser para nós e, por outro lado, do que o amor realmente É. Ou seja, o Amor como essência divina em estado puro.

2) O que é o Amor

Embora a nossa visão enquanto seres humanos possa ser delimitada e adulterada na sua perceção, tornar o Amor pequeno pode, por vezes, ser importante para compreender como o Amor é na realidade grande. É muito maior do que somos capazes de imaginar, acreditar e conceber com a nossa consciência e mente humana.

Dito isto, podemos, cada um à sua maneira e com a devida intenção, estabelecer uma ligação com o Amor em estado puro. O Amor que é a essência de todas as formas de vida e criação. O Amor que é Tudo. Está em todos os lugares e em todas as coisas. É infinito e ilimitado. É o que a minha orientação chama de “Fonte do Amor Absoluto”.

Quando encontrei a ligação com esta Fonte do Amor Absoluto, a minha vida transformou-se.

Então, lembrei-me que, durante a infância, eu possuía esta ligação natural com a Fonte, como certamente acontecia com outras crianças.

Também senti esta ligação com o Amor Absoluto quando estive perto da morte num acidente quando tinha cerca de 12 anos. Senti-me envolvida, amada, apoiada por uma vibração de Amor profundo. Não existem palavras para descrever o que experienciei e senti nesse momento. Esta experiência ficou gravada na minha memória. E, nesse momento, eu soube e tive a certeza de que este Amor Absoluto existia e que podíamos aceder a ele.

» Uma corrida pelo amor

O Amor afeta-nos e toca-nos a todos.

Se observarmos a forma como funcionamos, a vida é com frequência uma espécie de “corrida pelo amor” que acontece inconscientemente.

O que quero dizer é que todos sentimos a sua falta, fazemos “pedidos de Amor” durante toda a vida. Ainda que essas necessidades e exigências não estejam ao nível da alma, parecem ser necessárias ao nível da pessoa. O Amor é essencial à vida. Nutre a nossa alma do mesmo modo que alimentos e água são essenciais à vida e nutrem o nosso corpo.

Por isso, corremos atrás do Amor para satisfazer as nossas necessidades.

» Amor pelo VAZIO e Amor pelo COMPLETO

Antes de mergulhar no tema das Chamas Gémeas, é importante compreender as noções e os processos “Amor pelo Vazio” e “Amor pelo Completo”.

Estas duas noções são uma chave para a compreensão que lhe é oferecida para que possa compreender o que está a acontecer interiormente a nível do Amor que atrai para si e que oferece ao outro e aos outros.

Muitas vezes, quando a pessoa ama alguém diz que está tudo bem e que encontrou o seu equilíbrio.

«Está tudo bem», o que significa? Significa que a outra pessoa lhe proporciona o que precisa e que, graças a isso, se sente preenchida.

Muitas vezes, para não dizer sistematicamente, procuramos consciente ou inconscientemente por aquilo que precisamos para nos sentirmos bem nos outros.

É como se houvesse um vazio em nós e fossemos à procura de alguma coisa na outra pessoa para o preencher.

Vou dar um exemplo para tornar isto mais claro para todos. Imaginem uma mulher que precisa de ser cuidada, porque precisa de se sentir amada e apreciada. Agora imaginem um homem que precisa de se sentir útil para uma mulher, porque desta forma ele sente que existe e é importante para ela. Esta mulher e este homem encontram-se e decidem viver como um casal.

Este homem irá cuidar desta mulher, alimentando assim a sua necessidade de se sentir útil e de existir para o outro. Em simultâneo, ao fazê-lo, estará a alimentar a necessidade desta mulher de ser amada e apreciada.

Vão-me dizer que é perfeito quando alguém encontra o seu equilíbrio desta forma, que se amam e que são felizes juntos.

Sim, pode parecer perfeito, enquanto ambos tiverem este vazio para o outro preencher. Mas o que acontece quando este vazio é preenchido de outra forma que não pelo outro? Acontece que a outra pessoa vai se sentir inútil e o equilíbrio da relação vai colapsar.

Na realidade, este equilíbrio é o que eu designo de “equilíbrio de desequilíbrios”. Significa que o equilíbrio não é justo, é apenas uma sucessão de desequilíbrios dos quais se tentam libertar. Ao mínimo movimento, tudo rui.

O caso que descrevi é o que designo de “Amor pelo vazio”. É o mesmo que dizer que o Amor tem como fundação o vazio que o outro vem preencher.

Este Amor pelo vazio é o oposto do amor pela liberdade de ser. De facto, para além do equilíbrio frágil do processo, este amor pelo vazio baseia-se em entregar o poder ao outro.

Ao proporcionar a outra pessoa a oportunidade de chegar e preencher as nossas lacunas para que possamos ser felizes, estamos também a entregar-lhe o poder de nos deixar infelizes no dia em que retirar aquilo que preenchia essa lacuna.

Se olharem à vossa volta, muitas são as relações que funcionam inconsciente ou conscientemente conforme o modelo Amor pelo vazio, colocando a felicidade nas mãos um do outro.

Não estou a dizer que não devemos prestar atenção ao outro, ao ser que amamos. O que pretendo explicar é que existe uma outra forma de Amor que permite que todos se sintam plenos e completos, mantendo todo o poder de ser e vivenciando um equilíbrio justo e sólido.

Esta forma de Amor é o “Amor pelo completo”.

Trata-se de aprender a preencher o nosso próprio vazio para que não tenhamos de depender do outro. É sobre nos tornarmos um ser pleno e completo novamente.

Isto não rouba nada à capacidade de amar. Pelo contrário, assim somos livres e capazes de amar completamente o outro. E tudo aquilo que for criado neste Amor irá repousar sobre fundações estáveis e sólidas.

Quando o Ludovic e eu nos conhecemos, não estávamos totalmente neste Amor. Cada um tinha lacunas para preencher. No entanto, estávamos conscientes da diferença entre o Amor pelo vazio e o Amor pelo completo. Tendo em conta a nossa reconexão e a nossa missão, sabíamos que a nossa relação não podia ser construída com base no equilíbrio de desequilíbrios. Podíamos, sem dúvida, ter feito esta escolha de livre arbítrio, mas estávamos comprometidos com a nossa missão e respetivos deveres.

Para o nosso Amor ser justo e perfeito, tínhamos de ser capazes de existir e amar completamente. Por isso, ambos trabalhámos as nossas partes vazias, encorajados e apoiados um pelo outro.

Num casal, uma das grandes dificuldades é evitar projetar no outro as nossas expetativas relativamente a um ideal construído com base em padrões inconscientes e lacunas a preencher, como veremos mais tarde.

Numa relação como a nossa, é importante não só aceitar a outra pessoa como ela realmente é, mas também encorajar e possibilitar que seja como é.

Parece fácil dito assim e pode parecer uma grandiosa prova de Amor. Sim, é uma linda prova de Amor por completo. Mas, para aqui chegar, é preciso que ambos realizem um trabalho interior profundo para que ambos possam avançar como um todo.

Por exemplo, ao mesmo tempo que encorajamos o outro a recuperar o seu poder e a sua liberdade, temos de atuar internamente nessa perda de poder sobre o outro relativamente às lacunas que podemos preencher.

Em qualquer caso, para conceber uma relação adequada, plena e completa só pode ser construída sobre as fundações de um Amor pelo completo.

Um dos medos dos casais que já estão juntos consiste em dizer a si mesmos que se começarem este trabalho de transferência de Amor pelo vazio para Amor pelo completo, a relação irá sofrer repercussões significativas, conduzindo à separação e ao divórcio.

De facto, se a relação do casal se basear no equilíbrio dos desequilíbrios, é muito provável que a ilusão de estabilidade fique despedaçada.

Todos possuímos livre arbítrio. Todos podemos escolher a vida que queremos. Cada um terá de decidir em que forma de Amor - pelo vazio ou pelo completo - deseja continuar esta jornada.

Dito isto, se pretendem conceber uma relação equilibrada e criadora de valor baseada no Amor divino com a vossa Chama Gémea, terão de confiar nas fundações do Amor pelo completo, com o risco de construir uma relação frágil baseada em ilusões.

» O Amor das Chamas Gémeas: Um Amor Sagrado

É possível afirmar que o Amor das Chamas Gémeas é um Amor espiritual, uma vez que este Amor não tem origem no Amor físico, nem sequer no Amor emocional ou mental. Este Amor está, de facto, mais próximo do nível espiritual.

No entanto, creio que afirmar que o amor entre Chamas Gémeas é um Amor espiritual é algo redutor.

O caminho da transformação proporcionado às Chamas Gémeas através do processo PUREtm abre uma nova dimensão de Amor.

Não se considera este Amor espiritual no sentido em que se deve manifestar na Terra através de ações, projetos ou da construção de novos paradigmas.

Este Amor pertence ao domínio do sagrado devido à sua conexão com a Essência, o Amor Divino.

As Chamas Gémeas

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