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IV
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À noite do mesmo dia, às 18:30h, o inspetor Zamagni e o agente Finocchi voltaram à rua Cracovia para falar com Paolo Carnevali.
Tocaram a campainha e depois de alguns minutos foram ao seu apartamento.
“Fui avisado há pouco da sua chegada.”, explicou o homem. “Eu estava esperando vocês. Por favor, fiquem à vontade na sala de estar.”
Sentaram-se ao redor de uma mesa retangular de dimensões médias e, depois das apresentações, Zamagni começou a falar.
“Desculpe-nos pelo horário. Não sei se está acostumado a jantar cedo. Assim, é nossa intenção tirar-lhe pouco tempo.”
“Não têm que se preocupar”, respondeu Carnevali. “Além do mais, gostaria de saber o motivo desta sua visita.”
“Gostaríamos de falar de Lucia Mistroni.”
“O que ela fez? Aconteceu alguma coisa com ela?”
Parecia não saber de nada do que tinha acontecido à sua ex-namorada ou, se também o sabia, o escondia bem.
“Esta manhã, a mãe dela a encontrou morta no seu apartamento.”
Paolo Carnevali fechou os olhos por alguns instantes, depois os reabriu e disse: “Eu sinto muitíssimo. Como aconteceu? Descobriram já alguma coisa? Imagino que, se estão aqui, para dar um nome ao culpado seja ainda cedo.”
“Já estamos trabalhando nisso”, explicou Zamagni, “Por enquanto, sabemos só que sua mãe foi à cada da filha e, não recebendo nenhuma resposta, voltou para pegar a sua cópia de chaves. Quando abriu a porta do apartamento, Lucia Mistroni estava estendida no chão.”
Pelo menos no momento, não disse nada em relação aos telefonemas ameaçadores.
“Espero que possam encontrar rápido o culpado. Por que vieram falar comigo? Eu não via Lucia desde que nos deixamos, há alguns meses atrás.”
“Temos que seguir todas as pistas e aquela de ex-namorado é uma.”
“Como lhes disse, eu não sei de nada. Não via Lucia há alguns meses.”
“Sabemos que ultimamente brigavam com frequência”, disse o inspetor.
“Quem lhes contou isso foi a mãe dela?”
“Sim.”
“Entendo. Tudo bem, no último período de noivado brigávamos, mas isso não significa que eu seja o culpado.”
“Não queremos afirmar isso. Como lhe disse, temos que seguir todas as pistas que possa nos levar ao responsável do que aconteceu. Por que brigavam?”
Houve uma breve pausa, na qual Paolo Carnevali meditou, antes de responder: “Poderemos dizer que cada pretexto eram suficiente para iniciar uma discussão animada entre nós dois. A relação, por qualquer motivo, tinha tomado este caminho nos últimos meses. Brigávamos também pelas coisas mais banais.”
O agente Finocchi ficava tomando nota, sinalizando qualquer mínima coisa.
“Entendo.”, disse o inspetor. “Há pouco tempo, parece que a senhorita Mistroni estava recebendo telefonemas ameaçadores. Tem ideia de quem os pudesse fazer? O que sabia, há alguém capaz de chegar a tanto? Alguém que conhecesse Lucia e com o qual teria acontecido alguma coisa especialmente desagradável.”
“Não sei como ajudá-los, sinto muito.”
Ao quanto parecia, do senhor Carnevali não teríamos obtido nada, pelo menos por enquanto.
“Certo. Caso se lembre de alguma coisa relativa à senhorita Mistroni, chame-nos e peça para falar comigo.”
O homem concordou.
“Ah, uma última coisa.”, disse o inspetor Zamagni despedindo-se, antes de descer as escadas, “Fique à disposição.”