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Drogan

— Nós passamos quase trinta anos separados. Não vejo qual é a necessidade de ficarmos juntos agora. — Cruzei os braços sobre o peito enquanto olhava para o outro lado da sala, para os dois homens que pareciam idênticos a mim. Meus irmãos. Um tinha um cabelo bastante longo, que ia muito além dos ombros, o outro tinha um corte bastante curto, rente à cabeça, com uma cicatriz que atravessava a sua sobrancelha direita, mas fora isso, era como se estivesse olhando para um espelho. Ao longo de toda a minha vida, eu soube que era um trigêmeo, sempre soube que tínhamos sido separados desde bebês. Até sabia o porquê.

— As Guerras de Setores aconteceram quando vocês eram bebês. Depois da morte dos seu pais, foi decidido que o melhor era separá-los. Cada um foi enviado para governar um dos três setores, de modo a manter o equilíbrio do poder do sangue real e acabar com a guerra. — O Regente Bard olhou para cada um de nós. Ele era pequeno e frágil, mas bastante poderoso. Poderíamos tê-lo matado facilmente com as nossas próprias mãos, mas sabíamos que a sua morte não mudaria o rumo dos acontecimentos. Eu sabia, portanto, a carnificina era desnecessária. Visto que ele ainda estava respirando, concluí que os meus irmãos tivessem chegado à mesma conclusão. Mas nenhum de nós tinha que gostar disso.

De pé, ao lado do regente, estava o seu segundo em comando, Gyndar. O regente só fez uma introdução simples, mas aparentemente, o homem deveria permanecer em silêncio e fazer o que o regente mandasse. Ele não era um jovem escudeiro, inexperiente e ávido, mas sim, um homem idoso com uma atitude séria e calma. Ele era comum, o que o tornava bastante bom no seu trabalho. Os meus espiões mantinham-me informado quanto ao que o regente fazia, e Gyndar desempenhava um papel importante como intermediário e negociador, e servia como mediador silencioso em acordos à porta fechada enquanto o Regente Bard mantinha as suas aparições e a sua persona pública.

— Nós não precisamos de uma aula de história, regente. Todos nós estamos bem cientes de que fomos o motivo pelo qual o tratado foi criado, pelo qual a guerra teve fim. — disse Tor.

Era estranho ouvir a minha própria voz sair de outra pessoa. O seu cabelo longo e o casaco mais pesado que usava eram indícios da sua vida no frio Setor Um. Eu nunca fui lá, é claro, e não tinha interesse algum em tolerar o clima gelado.

— Felizmente para você, nós somos trigêmeos, não é, regente? — Acrescentou Lev. Ele deslocou-se até uma cadeira com encosto, o seu cabelo curto e a sua carranca feroz faziam com que ele parecesse mais frio do que Tor, mas eu sabia que isso era uma ideia errada. Os meus dois irmãos eram guerreiros calejados, que governavam os seus setores assim como eu governava o meu. O fato de eles terem sobrevivido estas três décadas era a prova da força e inteligência deles.

Eu conseguia ver semelhanças entre mim e Lev. A forma como eu, também, me sentei com uma postura relaxada com as minhas pernas longas esticadas diante de mim. Eu vi a sobrancelha de Lev arquear e, salvo a cicatriz, era como se estivesse olhando para um espelho. Ele também partilhava do meu desgosto e desinteresse pelas táticas e esquemas da política. Nenhum dos irmãos, assim como eu, gostava desta reunião. Era um inconveniente, algo que todos nós tínhamos de tolerar.

O velho acenou. — Acredito que tenha sido o destino o fato de seus nascimentos terem trazido paz para Viken.

Olhei para um dos meus irmãos e depois para o outro, antes de falar: — E, ainda assim, nós não temos paz alguma. Nós vamos ser parceiros de uma mulher de outro planeta. Nós é que vamos deixar para trás os nossos lares, o nosso povo, para viver aqui, para viver juntos e partilhar uma noiva? Você pede isso depois de termos vivido toda a nossa vida em setores diferentes.

— Nós podemos ter nascido como irmãos, regente, mas agora somos inimigos.— acrescentou Tor. Eu assenti, e Lev também. Eu não tinha vontade nenhuma de saltar para o outro lado da sala e matar os meus irmãos, mas a minha lealdade era para com o meu setor, assim como a lealdade dos meus irmãos era para com o seu povo, nos seus respectivos setores. Nós éramos irmãos de sangue, mas a nossa lealdade estava nos nossos lares. A nossa lealdade era para com o povo que governávamos. Para com o povo que precisava que nós os protegêssemos e provêssemos para eles.

— Inimigos? — Perguntou o Regente Bard. — Não. Irmãos. Irmãos idênticos, com DNA idêntico, que agora vão tomar uma parceira e gerar filhos.

— Então, não quer a nós — Lev juntou as pontas dos dedos. Embora ele parecesse relaxado, eu sabia que ele sentia tudo, menos isso. Eu não sabia ao certo como é que eu sabia aquilo, mas eu conseguia sentir coisas neles que eu não conseguia sentir com as outras pessoas. Será que isso era por sermos trigêmeos ou será que estávamos ligados de alguma outra forma? —, mas o bebê que vamos gerar.

O velho não discutiu. — Sim. A criança vai unir novamente os três setores e se tornar o governante dos três. Com igualdade. De forma unida. Junto. Viken se unirá novamente sob um poder único, um único governante. As guerras terminarão de uma vez por todas.

— Quanto a mim, eu não queria uma noiva alienígena. Se o seu objetivo é a união, deveríamos tomar uma parceira de Viken. — disse Tor, encostando-se contra a parede da sala.

Nós estávamos em Viken Unida, uma pequena ilha com uma grande quantidade de edifícios governamentais. Este era o lugar onde chegavam todos os visitantes interestelares, onde todas as reuniões formais entre os setores ocorriam. O edifício central branco e gigante com os seus pináculos acentuados e estátuas dedicadas aos três setores – o arco, a espada e o escudo – era o único lugar considerado território neutro para os três setores.

As armas eram deixadas na fronteira. Era uma zona segura, uma área pacífica onde todas as tensões podiam ser resolvidas.

Embora a guerra tivesse terminado há décadas, as hostilidades eram profundas. As culturas variavam. Eu não deixava de gostar dos meus irmãos só por princípios. Eu não sabia nada sobre eles além de suas aparências. Os nossos corpos eram idênticos, portanto, eu sabia que o pau de Tor ficava inclinado para a esquerda e que Lev tinha uma marca de nascença na parte de cima das costas. De resto, éramos criaturas do nosso povo, criaturas dos nossos setores.

— Não há nenhuma mulher Viken que consiga ser verdadeiramente neutra. — Ele olhou para nos três. — Tomaria uma parceira de outro setor?

Cada um de nós negou com a cabeça. Seria impossível tomar e foder uma mulher de outro setor. Ela me odiaria e eu não seria capaz de tolerá-la. Não era assim que um parceiro deveria agir, e nós sabíamos. A ligação tinha de ser forte, poderosa. Uma vez emparelhados, a ligação era mais forte do que qualquer outra coisa em Viken.

— Portanto, vocês foram emparelhados com uma mulher de outro planeta. Uma mulher da Terra.

— Qual de nós? — Perguntei. — Não é necessário os três para isso. Certamente um dos meus irmãos sabe o suficiente sobre uma mulher para procriar.

Os homens não discutiram comigo. Se eles fossem minimamente como eu, procriar com uma mulher não seria um problema.

— Um não é o suficiente. — Posso jurar que o Regente Bard fez uma pausa para criar suspense. — Todos vocês devem procriar com ela. E deve ser feito com poucos minutos de diferença um do outro. Todos vocês devem ter a mesma oportunidade de gerar a criança.

Olhamos uns para os outros, mas não dissemos nada. No entanto, eu soube exatamente o que eles pensavam. Eu não conseguia ouvir exatamente as suas palavras, mas sabia que era o mesmo. — Eu não compartilho, regente. Eu tomarei uma noiva, já que insiste, mas não vou partilhá-la.

— Então, a guerra se instalará. — Ao ouvir as palavras do regente, Lev mudou a postura e a carranca de Tor ficou ainda mais profunda. — Vocês três são os últimos descendentes reais. Todo o planeta reconhece seus direitos ao trono de Viken. Devem tomar uma noiva juntos. Devem ultrapassar suas diferenças e liderar o povo a uma nova era de paz. Devemos parar de lutar uns contra os outros e focar-nos nos grupos de batalha interestelar. Nós já não temos a liberdade de lutar entre nós como se fôssemos crianças. O inimigo externo aproxima-se, e os nossos guerreiros não se voluntariam. Ao invés disso, ficam em casa e atacam os territórios uns dos outros como se fossem crianças mimadas.

O regente respirou fundo, o seu discurso inflamado era algo que eu já tinha ouvido várias vezes. Pelo olhar estampado no rosto dos meus irmãos, as palavras do regente também não eram novidade para nenhum deles. — Vocês três são idênticos em tudo. Seus sêmens são idênticos, e, portanto, qualquer criança proveniente do acasalamento representará os três, os três setores.

— Portanto, não temos de fazer isso juntos. — disse eu. — Qualquer um deles pode tomar a mulher. — Inclinei a minha cabeça na direção dos meus irmãos.

Desde que a mulher não acabasse por ficar comigo. Eu não precisava de uma. Os Vikens estimavam as suas fêmeas e seus filhos, mas visto que eu não tinha que me preocupar quanto a agradar uma mulher ou domar uma, a vida era muito mais simples. Quando eu queria uma mulher na minha cama, eu a tomava. Quando eu terminava, ela voltava para a sua vida e eu, para a minha. Eu certamente não precisava procriar com uma fêmea por motivo nenhum. Crianças simbolizavam devoção e família, que eram coisas que eu não queria. Em todo caso, os nossos pais tiveram uma união apaixonada, e ainda assim, veja onde isso deu. Mortos. Eu não precisava trazer uma mulher para Viken e vê-la morrer por razões políticas.

— Eu não quero uma parceira. — disse Tor. — Ele pode ficar com ela.— Ele apontou para Lev.

— Eu? Eu não quero uma parceira.

O regente estava tão calmo, tão focado em consertar o planeta antes de morrer. Ele era velho e frágil. Ao contrário de nós três, ele tinha testemunhado um Viken em paz. — Já está feito. Ela foi emparelhada com os três. Como Vikens, sabem da responsabilidade.

Responsabilidade. Essa palavra tinha me sido empurrada goela abaixo desde muito novo. Havia a responsabilidade de liderar o planeta, mas não de procriar com uma mulher em conjunto com os meus irmãos afastados.

— Nós não pedimos por isso. — disse eu, falando também pelos meus irmãos. Quando eles assentiram, aquela, talvez, a primeira coisa com a qual tínhamos concordado.

— E vocês vão aceitar e nomear a criança do outro irmão como sucessor?

— Não. — a sobrancelha de Lev arqueou-se novamente.

— Nunca. — As mãos de Tor fecharam-se em punhos.

Eu não respondi porque a minha resposta era a mesma. Não. Nunca. Eu nunca abandonaria o meu povo para dar lugar aos descendentes de outro macho. Eles eram o meu povo. O meu filho herdaria o manto sagrado da liderança.

— Então, agora vocês entendem. Todos vocês devem ser parceiros dela. — O regente ergueu a mão para silenciar-me enquanto eu abria a minha para discutir. — Vocês não pediram para nascer como os três governadores do planeta. Não pediram para ser separados quando bebês. Deveriam ficar juntos, como um só. Vocês nasceram para governar, mas suas vidas foram e serão cheias de sacrifícios. Pelo bem do planeta, pelas futuras gerações, esta briga tem de acabar. Os nossos guerreiros devem se erguer ao serviço da Aliança Interestelar. Devemos proteger o nosso planeta da Colmeia, e não lutar entre nós. Se nós não atingirmos novamente a nossa quota de guerreiros, seremos retirados da proteção da Aliança. Eu recebi informações de que temos dezoito meses para cumprir a nossa quota, para contribuir novamente com o programa de noivas e com as fileiras de guerreiros ou Viken será abandonado. Veremos Viken unificado e forte novamente. Protegido. Orgulhoso. Antes de eu morrer, devemos restabelecer a posição de Viken como uma força poderosa na luta contra a Colmeia.

A Colmeia era uma raça de seres artificiais que matavam indiscriminadamente na sua busca por recursos e novos seres biológicos para assimilar ao seu conjunto. Eles tomavam a forma de toda a vida livre e implantavam nelas a sua tecnologia, neuroprocessadores e mecanismos de controle que roubavam a mente e a alma de uma criatura viva. Todos os planetas membros da Aliança Interestelar contribuíam com recursos, naves e guerreiros para a batalha constante com a Colmeia e o seu mal indiscriminado.

A Colmeia tinha de ser detida. E o regente estava certo. Durante muitos anos, os Viken não enviaram a sua quota total de guerreiros ou de noivas. Não tinha me ocorrido a hipótese de sermos abandonados. A ameaça ao planeta era real e inaceitável. Dois ciclos solares eram muito pouco tempo para procriar com uma fêmea e ver uma criança nascer. O que significava que estávamos verdadeiramente sem tempo e sem opções. Eu odiava-o por isto, por nos dizer a verdade. Mas eu sabia o que tinha de ser feito, não importando o quanto eu não quisesse pensar sobre aquilo.

— Até o momento, vocês ficaram de fora do âmbito das políticas e governo interestelar. Agora, vocês devem erguer-se e tomar o manto e aceitar as responsabilidades que lhes pertencem desde que nasceram. Todo Viken deve ser protegido. Devemos nos unir. Viken deve ser forte. Essa é a verdade e o sonho pelo qual seus pais sacrificaram as vidas.

Lev rosnou. — Eles morreram não por causa da paz, mas por causa da guerra. As facções rebeldes caçaram e os assassinaram numa luta por poder. A guerra civil Viken terminou porque você nos separou, não porque nos uniu.

— Vocês eram bebês e ainda não podiam reinar. — acrescentou o regente. — Agora, vocês voltaram para Viken Unida, para o setor central do nosso planeta para trazer paz, não como uma medida a curto prazo, como foi a separação, mas para sempre. Vocês três devem pôr de lado suas diferenças e tornarem-se uma frente verdadeiramente unida. Juntos, vocês serão poderosos. Três irmãos. Uma criança. Um futuro.

— Caralho. — murmurou Tor. Eu sentia o mesmo. Não havia como fugir do plano do regente. Não havia como fugir do fato de que tínhamos de proteger o nosso povo tanto da Colmeia, quanto das facções rebeldes do nosso mundo. Os rebeldes queriam voltar aos costumes tribais, a ter centenas de setores diferentes, cada um com o seu governante, com o seu próprio plano. Eles queriam voltar ao modo de vida de Viken de há centenas de anos, ao modo como vivíamos antes de nos tornarmos membros da comunidade interestelar, antes de Viken ter se tornado um planeta entre muitos outros.

Os líderes das facções rebeldes queriam guerra e conflitos, cada um deles queria governar o seu pequeno reino com controle absoluto e mão de ferro. Eles queriam acreditar que eram onipotentes. Deuses.

Essas eram ideias antiquadas que restaram de uma cultura de milhares de anos atrás. Essas ideias não tinham lugar no novo mundo, num mundo onde a Colmeia destruiria toda população do nosso planeta em questão de semanas se os nossos costumes tolos os deixassem desprotegidos. Nós precisávamos dos nossos guerreiros lá fora, no espaço, nas naves de combate, não discutindo sobre plantações de jardim e mulheres.

— Você poderia ter nos falado sobre as exigências da Aliança, sobre a queda das quotas de guerreiros. — disse eu. — Poderia ter nos falado sobre o teu plano, sobre a nossa noiva.

Os meus irmãos cruzaram seus braços sobre o peito e concordaram.

O velho arqueou uma das suas sobrancelhas grisalhas. — E vocês teriam concordado? Teriam se submetido ao processo de emparelhamento? — O regente inclinou a cabeça, a expressão no seu rosto era de alívio. Nós estávamos fartos de discutir. Ele tinha vencido o seu argumento. Eu não era irracional, e pelo que parecia, os meus irmãos também não. Nós não tínhamos concordado, mas estávamos ouvindo.

Tor esfregou seu queixo. — Como emparelhou um de nós? E com quem a noiva foi emparelhada?

O regente pareceu verdadeiramente envergonhado, o rosa das suas bochechas era uma cor que eu nunca tinha visto na sua face enrugada. — O check-up médico que cada um de vocês efetuou no mês passado foi um estratagema para o exame. Nós sedamos e concluímos o exame enquanto vocês estavam num estado de sonho. Uma parte foi feita enquanto vocês estavam totalmente inconscientes.

Ao ouvir as suas palavras, estremeci. Eu sabia exatamente do que ele falava. Eu tinha ido efetuar um exame médico geral, conforme necessário, e acordei suado, com o ritmo cardíaco acelerado. A experiência tinha sido estranha. Eu nunca tinha acordado numa unidade médica com o pau duro. Nada do que eu pensasse fazia-o descer. Eu tive de pedir licença ao médico e usar a minha mão para aliviar o desconforto. Tinha sido uma espécie de sonho, algo tão intenso que me deixou extremamente excitado. E eu sequer me lembrava do sonho.

— Portanto, com qual de nós ela foi emparelhada? — Eu queria saber. Precisava saber. Eu não queria foder uma fêmea que não fosse minha. Faria-o uma vez, se fosse necessário para proteger o planeta, mas eu não me ligaria a ela, não me permitiria preocupar com ela se ela não fosse minha.

O regente riu. — Com os três. Fizemos uma combinação dos perfis no programa e ela foi emparelhada com todos vocês. Ela não só vai aceitar os três, da forma como preferirem, como também precisará de cada um de vocês para ser verdadeiramente feliz. Cada um de vocês possui um traço do qual ela necessita, algo que ela deseja, algo que ela precisa para ser satisfeita. — O regente andou pela sala, as suas botas cinzentas e duras espreitavam para fora do seu robe enquanto ele andava. Ele estava vestido com um robe suave com botas com lâminas embutidas, botas preparadas para combate. Palavras suaves, seguidas pela dor pungente de uma vontade de ferro. O olhar adequava-se a ele. — Eu não queria trazê-los até aqui até que o emparelhamento fosse feito, até que a transferência estivesse por acontecer. Eu não podia arriscar a que um de vocês a recusasse.

Visto que aquilo era um fato gritante, nenhum de nós respondeu.

— Ok. Ok. — repetiu Tor. — Então, devemos foder essa mulher até a engravidarmos? No mesmo quarto? Ao mesmo tempo? — perguntou ele.

O regente encolheu os ombros. — Vocês podem compartilhá-la ou podem tomá-la um de cada vez. Deixo os detalhes para vocês.

Tor acenou. — Ótimo. Então, ela pode viajar de setor em setor e cada um de nós a fode.

O Regente Bard levantou a mão. — Como eu disse, cada um de vocês deve tomá-la num curto período de tempo entre eles para garantir que todo o sêmen se una e todos tenham a mesma chance de ser pais da criança. Enquanto foderem em conjunto não é obrigatório para a engravidarem, as leis de acasalamento exigem que...

Lev passou a mão pela parte de trás do seu pescoço enquanto andava. — É sério isso?

Tor distanciou-se da parede. — Nós nem sequer gostamos uns dos outros e você espera que gozemos nela ao mesmo tempo?

Acendeu-se a ira ao ouvir a exigência do regente. Revezar era uma coisa, mas fazê-lo em conjunto? Nós não colocamos os olhos uns nos outros por trinta anos e, agora, deveríamos foder a nossa parceira em conjunto?

O regente levantou novamente a sua mão. — A lei é muito clara. Vocês sabem que um acasalamento deve unir todas as partes como um só. No caso de vocês, como os três são os parceiros dela, devem tomá-la de uma só vez. De outro modo, a ligação não será selada e ela será proscrita para sempre.

Tor cruzou os braços sobre o peito e manteve o seu corpo rígido. Como era óbvio, a ideia não lhe agradava. — Ela vai carregar a criança que vai unir o planeta. Como é que ela poderia ser rejeitada?

— Se vocês não fizerem isso de forma adequada, sua parceira será simplesmente o meio pelo qual vocês gerarão um filho e nada mais. Ela não será a mãe-regente ou a parceira do líder de setor. No caso dela, dos três líderes de setores. De acordo com as leis e costumes, ela terá sido rejeitada pelo seu parceiro. Ela será banida.

Eu olhei para os meus irmãos, depois, para o regente. — Nós fomos inimigos durante toda a nossa vida e você espera que tomemos a sua boca, boceta e cu ao mesmo tempo para o acasalamento. — Eu pude ver o interesse no olhar dos meus irmãos, que era semelhante ao que eu sentia. A ideia era excitante, foder uma mulher em qualquer um destes três modos, mas eu o teria de fazer com homens de setores os quais eu tinha sido criado para odiar. Lev e Tor eram meus irmãos de nascença, mas as pessoas do Setor Três eram o meu povo por sangue, suor e escolha.

— Para o acasalamento, sim. Para a engravidar, não. Cada um de vocês deve preencher a sua vagina com sêmen, pelo menos até ela engravidar de forma adequada. Uma vez feito isso, podem compartilhá-la da forma como preferirem. Mas para o fazerem, para garantir a sua felicidade, precisam pôr de lado suas diferenças.

Os três arqueamos a sobrancelha direita e olhamos para o velho. Certificarmo-nos de que a nossa mulher fosse feliz era uma questão de orgulho para um guerreiro. Insinuar que nós, os líderes do planeta, não seríamos capazes de satisfazer todas as necessidades da nossa noiva, era algo extremamente ofensivo.

— Você nos colocou em setores diferentes para manter a paz, não para nos ensinar sobre tolerância. Manteve-nos separados durante toda a nossa vida e agora quer que finjamos que somos felizes para fodermos uma mulher juntos de modo a garantir que ela não seja rejeitada? Compartilhar uma noiva?

— Concordo com Drogan. Uma mulher não vai resolver os nossos problemas de longa data entre setores. E uma criança também não.

— Muito bem, líderes de setores, sugiro, então, que descubram um modo de unir os setores ou todo Viken cairá nas mãos da Colmeia. Vocês perderão tudo. Quão preciosas serão as diferenças entre os setores quando todos vocês tiverem tantos neuroprocessadores implantados no cérebro que nem serão capazes de lembrar do próprio nome. — A forma como o regente conseguia manter a calma era algo que me ultrapassava. Eu queria dar-lhe um soco no nariz só por isso. Eu queria esmagá-lo só por nos obrigar a participar desta… loucura. Por nos obrigar a fazer aquilo. Por manter em segredo a verdade perigosa acerca da situação dentro da Aliança Interestelar.

— A nossa parceira sabe que foi emparelhada com três homens? — Perguntou Lev.

Aquela era uma boa pergunta e eu olhei para o regente.

— Ela não sabe. O emparelhamento dela foi com o perfil combinado, tal como cada um de vocês — ele apontou para cada um de nós — foi emparelhado com o dela. Enquanto trigêmeos com DNA idêntico, ela foi emparelhada com vocês três.

— Permita-me ser claro, regente. — disse Tor. Ele utilizou os dedos para pontuar cada opção. — Nós temos uma parceira que não sabe que pertence a três guerreiros. Temos de convencê-la a foder cada um de nós. Temos de engravidá-la imediatamente para unir o planeta. E temos de estabilizar os setores para que os guerreiros e as noivas sejam enviados para a Aliança ou seremos dominados pela Colmeia.

— Sim. A Aliança deu-nos dezoito meses para melhorar os nossos números.

Aquilo era muito pouco tempo para engravidar a nossa nova noiva e ter um pequenino engatinhando. O bebê não teria idade suficiente para caminhar e, ainda assim, a criança seria reconhecida como herdeiro dos três setores planetários.

Eu gemi. — Também temos de convencer a nossa noiva a aceitar o nosso sêmen – ao mesmo tempo – para conseguirmos efetuar o acasalamento. Nenhuma parceira minha será banida. — Engravidá-la era fácil. Nós poderíamos fodê-la como quiséssemos, mas para conseguir efetuar o acasalamento, teríamos de fodê-la em todos os seus buracos ao mesmo tempo. Eu não era um homem bonzinho, mas nunca tinha visto uma mulher ser rejeitada. Quaisquer problemas que eu tivesse quanto a fodê-la com os meus irmãos não eram culpa dela.

E eu também não forçava mulher alguma. Como é que iríamos persuadir uma mulher relutante a tomar três homens, isso é que não seria nada fácil. Talvez, enfrentar a Colmeia fosse mais fácil.

— Nem a minha. — resmungou Lev.

Tor marcou com o dedo o último ponto. — E temos de acabar com trinta anos de ódio e convencer o planeta a unir-se.

Quando Tor explicou tudo aquilo, parecia ser uma tarefa impossível.

— Como é que sabemos que ela não foi emparelhada com outro e você está usando isso para nos manipular, de modo a afetar o equilíbrio de poderes entre os setores? — Acrescentei.

Ao ouvir a minha pergunta, os meus irmãos puseram os ombros para trás e encararam o homem.

— Como quiserem, ela não teria sido enviada para cá desde o seu planeta se não tivesse sido emparelhada pelo protocolo de processamento. — Ele suspirou. — Se estão assim tão preocupados, vou convocar outros homens para esta sala e ela será obrigada a escolher um de vocês entre muitos outros.

— Apenas um de nós. — disse eu, garantindo assim que a mulher fizesse uma escolha imparcial. Se ela estivesse verdadeiramente emparelhada com um de nós, a ligação seria poderosa e imediata. Eu tinha esquecido isso; portanto, havia a esperança de que ela estivesse inclinada a ceder à nossa necessidade de foder… imediatamente. Eu não confiaria no emparelhamento até que a nossa noiva provasse que era capaz de sentir aquela ligação.

O regente abaixou a cabeça respeitosamente. — Muito bem. Tendo em conta que ela acredita que só foi emparelhada com um homem, vocês terão de decidir qual de vocês ficará na fila. Lembrem-se, façam o que for necessário depois de a tomarem. Vocês três devem cobri-la com seus sêmens. Sem o poder da ligação e do sêmen, os outros também vão desejá-la. Vão tentar roubá-la de vocês.

Assim que o sêmen de um homem cobria a boceta de uma mulher, a ligação começava. As químicas do sêmen de um macho Viken eram poderosas. A nossa noiva desejaria e precisaria dele. Em troca, o homem com o qual ela estivesse ligada sentiria uma necessidade constante de tomá-la, protegê-la e renovar essa ligação. Essa era a ligação natural entre um homem Viken e sua parceira. Mas, se se passassem alguns meses sem que a parceira fosse exposta às químicas vinculadoras que há no sêmen de um macho, o corpo da mulher se tornaria receptivo para ser tomado por outro.

Nenhuma mulher minha sofreria essa perda de ligação com minha porra. Eu a foderia com força e várias vezes. Eu provaria a boceta dela com a minha boca enquanto o meu sêmen preenchesse sua garganta. Eu iria...

— Acha que os outros vão tentar desafiar-nos, tentar tomar a nossa parceira? — Perguntou Lev. Até ela escolher um de nós na fila, ela era considerada disponível. Qualquer homem poderoso o suficiente para tomá-la de nós poderia tentar possuí-la.

— Se ela escolher um de nós, isso significa que o emparelhamento é verdadeiro. Que ela não pertence a mais ninguém além de nós. — As palavras de Tor confirmavam que ele protegia o que era seu. Lev assentiu, concordando.

— O emparelhamento é verdadeiro. Ela vai escolher um de vocês. — disse o regente. Ele estava bastante confiante. Confiante o suficiente para que eu acreditasse que ele não mentia. Se ele estivesse, esta mulher poderia escolher qualquer macho Viken na sala para fodê-la. Ele teria o poder do sêmen sobre ela e a capacidade de engravidá-la, ao invés de nós. E o seu plano para obter um único e verdadeiro líder poderia não ocorrer.

— Essa mulher, certamente, já foi fodida. — disse Lev. — Será que ela não sentirá a falta do pau de um homem da Terra que ela tenha abandonado? Será que ela não sofrerá por estar sem o sêmen dele?

O regente negou com a cabeça. — Os homens da Terra não têm essa ligação com as suas parceiras. O sêmen deles não é tão potente como o nosso. Vocês estão em vantagem quanto a isso. Uma mulher da Terra emparelhada com três homens Vikens. A fusão do poder de seus sêmens será tão grande que ela nem imagina. Façam seu trabalho, homens, e façam-no bem. Tomem-na, fodam-na e preencham-na com seus sêmens. Engravidem-na. Se, assim como dizem, não conseguirem encontrar união entre os três, voltem para seus setores. Sua parceira será banida assim que der à luz. E a criança governará. Essa briga mesquinha cessará e assumiremos o nosso devido lugar como planeta membro totalmente protegidos pela Aliança novamente. Nada mais importa.

Aquele homem não tinha qualquer compaixão para com os nossos desejos individuais. Ele só pensava na estabilidade do planeta. E não no interesse pessoal dos meus irmãos ou até do meu e, certamente, também não pensava nos desejos ou expectativas dessa mulher com a qual fomos emparelhados. Tal como no nosso nascimento, nós, os três irmãos, éramos novamente vítimas das circunstâncias. Embora Lev, Tor e eu pudéssemos voltar para os nossos setores se não estivéssemos de acordo quanto a essa partilha, ela ficaria arruinada. Qualquer criança concebida seria arrancada dos braços dela e dos parceiros que a negaram. Ela sofreria durante meses devido ao poder forte e desesperador do sêmen não só de um, mas de três homens.

Não era o destino que eu desejava para nenhuma mulher e, sobretudo, para uma pela qual eu era responsável. Para uma que eu tinha engravidado e tomado como noiva. Uma mulher devia ser protegida e acolhida, satisfeita e dominada. Uma mulher não deveria ser usada, ter a sua confiança conquistada, a sua obediência auferida, tudo isso só para acabar por ser descartada pelo parceiro a quem tinha sido ensinada a servir. Eu olhei para os meus irmãos. Será que conseguiríamos ultrapassar as nossas diferenças para proteger uma mulher que ainda nem tínhamos conhecido?

Uma luz forte preencheu a sala, centralizando uma mesa enorme.

— Ah, o transporte dela começou. — O regente parecia eufórico; tinha um sorriso enorme e dava pulos de expectativa.

Todos nós demos um passo para trás e observamos enquanto a mulher se materializava lentamente na mesa. Assim que o transporte foi concluído, a luz ofuscante desapareceu, deixando a sua forma inconsciente sobre a superfície dura. Demos um passo adiante para olhar para ela, os meus olhos demoraram alguns segundos para se ajustar após terem sido ofuscados pelo feixe forte de luz.

Ela estava com um vestido longo típico de Viken. O material não escondia as suas curvas deslumbrantes, os seus seios fartos ou as curvas de seus quadris. O seu cabelo era vermelho escuro, a cor mais intensa num fogo. Estava solto e estendido em caracóis densos pela madeira. Os cílios eram longos e descansavam sobre as suas pálidas maçãs do rosto. Os seus lábios eram de um rosa deslumbrante, carnudos e cheios e o meu pau pulsou só de pensar em tê-los curvados ao redor dele.

Esta era a nossa parceira? Eu olhei para os meus irmãos, cujas expressões eram compatíveis com a surpresa que eu sentia.

— Ainda acreditam que será difícil foder esta mulher? Estar emparelhados com ela? Engravidá-la? — As palavras do regente pretendiam ser de piada, mas acabaram por destacar a forma como cada um dos meus protestos desapareceu ao olhar para o seu corpo maduro e o seu rosto maravilhoso. Eu a queria. Eu queria o meu pau em sua boca e a minha mão dando palmadas no seu traseiro. Eu queria fodê-la até ela gritar e vê-la ajoelhar diante dos meus pés, nua e pronta para ser tomada.

Não. Fodê-la não seria minimamente difícil. O meu pau endureceu só de olhar para ela, e ela ainda nem sequer estava consciente. Pelo canto do olho pude ver Tor ajeitar o pau. Era bom saber que nos sentíamos instantaneamente atraídos por ela, visto que nada menos do que o destino do nosso planeta estava na nossa capacidade de, não só foder esta mulher, mas fodê-la bem.


Tor

Nós tínhamos sido chamados para a sede de Viken Unida, não para uma reunião entre os setores, como me tinha sido dito, mas porque eu e os meus irmãos tínhamos sido forçados por uma ameaça feita ao nosso planeta a nos juntar e engravidar uma fêmea que foi atribuída não só a mim, mas também aos meus irmãos gêmeos. Eu sabia que um dia teria de encontrar uma parceira, mas sempre pensei que isso aconteceria quando eu quisesse e com uma mulher que eu escolhesse. Eu também tinha presumido que a minha parceira seria minha, e só minha. Pelo que parecia, segundo as palavras do Regente Bard, o destino tinha decidido intervir.

Aqui, diante de mim, estava a mulher mais bonita que eu alguma vez tinha visto, estendida sobre a mesa onde as decisões mais arrojadas do planeta eram tomadas. Talvez ela tenha sido uma das decisões mais arrojadas do regente. Ela iria unir os setores e trazer a suposta paz ao planeta novamente. Ela inspiraria jovens guerreiros a guerrearem e noivas virgens a oferecerem-se como parceiras. A criança gerada por ela governaria o planeta quando eu e os meus irmãos morrêssemos.

Separar a mim e aos meus irmãos não trouxe união ao planeta. Nós éramos apenas uma trégua temporária da guerra aberta. O nosso sangue real e o longo histórico de governantes justos e honestos da nossa família tinha acalmado o planeta o suficiente para que uma paz tênue fosse mantida. Mas separar-nos quando éramos meros bebês fez com que nos tornássemos muito menos que irmãos. Cada um de nós foi criado segundo os seus costumes, tendências e crenças dos seus setores específicos, nada mais. Era dever eu partilhar esta mulher com dois homens – irmãos de fato – que eu não conhecia. Tínhamos a mesma aparência, mas nada mais. Os regentes esperavam que compartilhássemos uma parceira. Compartilhar!

Já me tinha sido negado o que deveria ter sido meu por direito. No Setor Um, onde eu governava, a família era tudo. A tua dignidade media-se pela força e honra da família. Eu não tinha nada disso. O meu sangue real era tudo o que me salvaguardava de viver uma vida marginalizada entre o meu próprio povo. Mas mesmo o meu sangue não foi o suficiente para me poupar dos insultos de crianças cruéis, devido à realidade solitária de me sentar sozinho em todos os eventos principais. Eu estava sozinho, sempre sozinho, e era considerado vulnerável numa sociedade onde o escudo familiar garantia a sobrevivência.

A solidão tornou-me forte, e eu não me arrependia da minha vida. Mas agora, confrontado com a possibilidade de criar uma família que fosse minha, eu não queria partilhar a minha única família com dois homens que eu mal conhecia. Eu não queria compartilhar o tempo ou a atenção daquela mulher. Se ela fosse realmente minha, como dizia o regente, eu a queria totalmente para mim. Eu vi a minha ganância pelo seu amor, pela sua luxúria, pelo seu corpo. Eu queria tudo.

Olhei para as curvas deslumbrantes do seu traseiro e quadris e fiquei duro ao pensar em tomar o seu cu, alargá-la e tomá-la de todas as formas. Uma vez que colocasse o meu filho no seu ventre, eu preencheria o seu cu com o meu sêmen, iria garantir que ela ficasse viciada em mim, no meu toque e no meu pau. Eu queria que ela me desejasse totalmente.

Eu queria acolhê-la nos meus braços e carregar esta fêmea para um quarto silencioso e ensiná-la a foder. Eu não duvidava que os meus irmãos conseguiriam tratar bem dela. Independentemente das nossas desavenças políticas, todos os homens Vikens cuidavam das suas fêmeas e dos seus filhos. As mulheres eram protegidas e acolhidas. Uma parceira era estimada e valorizada como sendo a coisa mais importante na vida de um homem.

Esse, e apenas esse, era o motivo pelo qual eu tinha evitado obter uma parceira até agora. Eu não estava pronto para que uma fêmea tivesse tudo de mim. Mas agora que vi esta… fêmea da Terra, as coisas mudaram. Eu conseguia ver as vibrações do seu coração no seu pescoço longo. Eu conseguia ver as curvas roliças dos seus seios sob o decote do seu vestido. Eu conseguia imaginar o quão sedosa era a sensação de passar os meus dedos pelos seus cabelos vermelhos. Inferno, eu até conseguia sentir o seu cheiro. Era algo de floral e limpo. Eu me perguntava qual era o sabor dela, indagava se a boceta dela era tão doce quanto o resto do seu corpo.

Ajustei o meu pau nas calças. Não me sentiria aliviado até estar enterrado nela.

— Ainda querem que ela escolha alguém dentre o grupo? — perguntou o regente; o seu robe longo e cinzento subia pelos seus tornozelos enquanto ele se virava para mim.

Olhei para os meus irmãos, que assentiram. Não havia como negar a ligação, mas a política era implacável. — Sim.

Tínhamos que garantir que esse plano era válido, que a mulher era verdadeiramente nossa. Testar o emparelhamento seria a confirmação de que precisávamos, embora eu sentisse a atração só de olhar para esta mulher que estava diante de nós.

— Muito bem. Vou organizar a seleção e voltar. — O Regente Bard concordou, do meu lado, e depois saiu da sala, e o silencioso e esquecido Gyndar seguiu-o.

— Nós nem sequer gostamos uns dos outros. Como é que vamos fazer isto? — Perguntou Drogan. Ele passou a mão pelo seu cabelo ligeiramente mais curto num gesto que eu reconhecia. Eu tinha feito aquilo há alguns minutos.

— Eles não tinham por aí trigêmeas em Viken com as quais pudéssemos ficar? — Inclinei-me para a frente e coloquei as minhas mãos sobre a mesa. — Resolveria tanto o nosso problema quanto tomarmos cada um uma fêmea. — acrescentei.

— Os regentes querem uma criança, não três. Um novo líder.— esclareceu Lev.

— Caralho. — murmurou Drogan.

O plano do regente era consistente. Ele emparelhou-nos com uma fêmea de outro planeta que não podia voltar. Ao olhar para ela, o meu pau se agitava. Imagino que o dos meus irmãos também. Uma vez que o nosso sêmen estivesse dentro dela, como é que seríamos capazes de negar a luxúria que sentiríamos? Ela estaria ligada permanentemente a nós, o odor do nosso sêmen no seu sistema seria um toque de sirene para os nossos sentidos. Se a rejeitássemos depois de ela engravidar, recusando o acasalamento, havia uma probabilidade elevadíssima de ela enlouquecer. Nós podíamos não gostar uns dos outros, mas nunca magoaríamos uma mulher. Seria melhor matá-la logo do que deixá-la sofrer por causa do chamamento não correspondido do poder do sêmen de três machos Vikens potentes.

Lev deu um passo adiante na direção da mesa, estudando a nossa nova parceira. — Como vamos fodê-la?

Drogan e eu nos aproximamos até ficarmos os três sobre ela, olhando-a com… admiração. Uma discussão era algo inevitável.

— Eu ouvi dizer que os homens do Setor Um gostam de foder em público. — disse Lev, olhando para mim.

Aquilo era verdade. Foder, no meu setor, não era necessariamente algo privado. As ligações familiares eram importantes. Às vezes, se um macho queria engravidar a sua parceira, e eles queriam que a criança fosse recebida de braços abertos, ele a tomava e engravidava publicamente. Se uma fêmea estivesse sofrendo e precisasse do sêmen do seu parceiro, se a necessidade fosse gritante, ele a levava para qualquer lugar, sempre que ela precisasse dele. As necessidades de uma parceira estavam acima de todo o resto.

Eu estava habituado a ser observado, a observar os outros, portanto, se eu tivesse que ver os meus irmãos fodendo-a, isso não seria uma dificuldade para mim. O que seria difícil era vê-los foder ela.

— Os homens do Setor Dois precisam atar uma parceira ao chão de modo a conseguir que ela fique sob ele. — refutei.

Lev cerrou a mandíbula. — Nós não prendemos as nossas mulheres para violá-las. Há prazer em tomá-las assim, e as mulheres submetem-se com entusiasmo.

— Ela está algemada. Ela não tem escolha. — acrescentou Drogan.

Lev parecia estar pronto para matar alguém. — Ela quer estar algemada, submeter-se. — Ele voltou-se para Drogan. — Por que está tão preocupado com o que nós fazemos no Setor Dois? Os homens do Setor Três comem bocetas como se fossem doce. Até ouvi dizer que vocês preferem se lambuzar na boceta do que realmente foder.

Drogan sorriu, sem se preocupar minimamente com o comentário de Lev. — Nós realmente gostamos de uma mulher bem molhadinha, às vezes durante horas. — Os olhos de Drogan escureceram com a mesma luxúria que eu estava sentindo enquanto ele olhava fixamente para a nossa nova parceira. — Mal posso esperar para colocar a minha boca entre as suas coxas e prová-la. Usar a minha língua em seu clitóris e fazê-la ter vários orgasmos. Ouvi-la implorar. — Ele abaixou-se e inalou profundamente, puxando o seu odor para dentro dos seus pulmões. — Eu vou prová-la até ela gritar, e depois, vou fodê-la até ela gritar ainda mais.

A nossa discussão terminou visto que todos nós parecíamos estar perdidos nas nossas fantasias pessoais. Era óbvio para mim que todos tínhamos uma reação idêntica quanto à fêmea. Eu olhava e desejava. Eu queria atirá-la por cima do ombro e levá-la para casa, atá-la à praça da cidade e fodê-la com toda a cidade assistindo enquanto eu plantava o meu sêmen no seu ventre.

Mas isso não aconteceria agora. Teríamos de tomá-la aqui, em Viken Unida. Aqui, nesta ilha de território neutro. E teria de ser algo feito em conjunto com os meus irmãos.

Ela não tinha se mexido e nós estávamos ali, de pé, olhando para ela como se ela fosse um quebra-cabeça que nós não conseguíamos resolver.

— Concordamos que fodê-la não vai ser uma tarefa árdua. — disse Lev. — Qualquer que seja a forma como o façamos, qualquer que seja o modo que deixe os nossos paus duros, será um prazer.

— Sim. — concordei. O meu pau já estava duro e eu só olhava para ela totalmente vestida. Mal conseguia imaginar como me sentiria quando ela ficasse nua diante de nós.

— Sim. — confirmou Drogan.

— Então, podemos concordar — comecei ajeitando o meu pau nas calças — que deveríamos focar não nas nossas diferenças, mas sim no fato de que agora devemos proteger e estimar juntos. A ela.

— Se ele espera que apenas a engravidemos e abandonemos a ela e a criança, ele está muito enganado. — disse eu, a minha voz ligada com uma vida inteira de raiva. — A forma como o Setor Um acredita na família – uma mãe e um pai cuidando das suas crianças – é bastante característica. Eu não vou permitir que essa criança cresça como eu cresci. — Ofereci a cada um dos meus irmãos uma olhadela rápida. — Matarei qualquer um que tentar tomá-la ou ao meu filho de mim.

Eu fui um órfão. Não tive uma mãe ou um pai de verdade. Eu tinha sido criado pelo governo, por amas e tutores, sem uma família. Não tinha sido fácil. Na verdade, tinha sido bastante horrível. Eu não sujeitaria ninguém, de modo algum a isso, muito menos o meu próprio filho.

— A política por trás disto pode esperar. Assim que ela acordar, não. — respondeu Lev.

— E o meu pau também não. — resmungou Drogan.

Tanto eu, quanto Lev sorrimos ao ouvir aquilo.

Olhamos todos para baixo, para ela, por um instante. — Ela vai ficar com medo. Ela pertence não a um, mas a três homens. — disse Drogan. — Olhem para nós.

Eu olhei para os meus irmãos. Nós éramos grandes e problemáticos, irritadiços e agressivos. Nós nascemos para liderar; o nosso tamanho, o nosso poder, tornavam-nos ferozes. — Nós não somos domáveis. — acrescentei.

— Nós podemos não concordar em muita coisa, mas devemos entrar em acordo quanto a ela e sobre como tomá-la. — Lev inclinou a sua cabeça na direção da mulher adormecida. — Recuso-me a permitir que ela sofra. Como disse Tor, recuso-me a deixar a criança crescer sob o cuidado do regente.

Ele cuspiu a palavra cuidado, visto que o regente não se preocuparia com uma criança muito mais do que se preocuparia com um animal de estimação.

Drogan acenou e olhou para mim e para Lev. — Ela é nossa.

— Se isto não for uma armadilha e ela nos escolher. — confirmei. — Concordam?

— Concordo. — responderam Lev e Drogan ao mesmo tempo.

— Qual de nós ficará na fila com os outros homens para comprovar o emparelhamento? — Perguntou Drogan.

— Isso não importa. — respondi. — Ela vai escolher a um de nós de entre o grupo. O regente não faria tudo isso se ele não estivesse certo quanto ao emparelhamento.

— Isto é para nosso benefício. Concordo com Tor. — comentou Lev. — Não importa quem fica na fila com os outros desde que a tiremos daqui juntos. Ninguém mais tocará nela.

— Concordo.

Reivindicada pelos Alfas

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