Читать книгу Depressão - Juan Moisés De La Serna, Dr. Juan Moisés De La Serna, Paul Valent - Страница 10

Capítulo 3. Distimia

Оглавление

Cada um de nós teve algum momento ruim em nossas vidas, uma etapa na qual não tivemos vontade de fazer nada. Nos sentimos apáticos e abatidos. Qualquer problema nos supera e não “levantamos a cabeça”, porém com o tempo tudo vai se solucionando e recuperamos nosso estado anterior. No entanto, se você sente que este estado é mantido durante anos, você pode estar sofrendo um transtorno chamado de distimia.

A distimia é um tipo de transtorno relacionado ao humor, em que a pessoa experimenta sintomas depressivos crônicos, que duram mais de um ano, no caso de crianças e adolescentes, e dois anos em adultos. Considera-se que tem um início precoce se ocorrer antes dos 21 anos e tardio se ocorrer posteriormente.

É um transtorno com sintomas leves ou moderados e não é muito intenso para ser considerado um episódio depressivo, o que é um requisito para diagnosticar um Transtorno Depressivo Maior.

De acordo com o estudo ESEMeD-Espanha, realizado em conjunto com a Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento, o Centro de Saúde Mental Sant Joan de Déu, Sant Boi de Llobregat, a Unidade de Pesquisa em Serviços de Saúde, o Instituto Municipal de Investigação Médica da Barcelona (Espanha), cujos resultados foram publicados em 2006 na revista científica de Medicina Clínica.

A distimia é o terceiro tipo de transtorno mental mais frequente na população espanhola, afetando a quase 1,5% dos cidadãos a cada ano, e diferentemente de outros transtornos psicológicos, existem diferenças em termos de distribuição na população, por gênero de distimia, afetando até cinco vezes mais a mulheres do que a homens.

As causas da distimia ainda não estão suficientemente esclarecidas, e são atribuídas a uma alteração de um certo tipo de neurotransmissor chamado serotonina, responsável pelo controle das emoções e juízos de valor; Da mesma forma, situações contínuas de estresse e fatores de personalidade podem estar presentes.

Entre as queixas mais comuns, que levam uma pessoa ao médico, por este motivo, podemos encontrar os seguintes sinais de distimia:

- Estado de depressão ou irritação (no caso de crianças e adolescentes),

- Perda de interesse pelas coisas que antes eram consideradas prazerosas.

- Sentimento de culpa, subestimando a si mesmo.

- Percepção de si mesmo como “triste” ou “desanimado”.

- Persistência destes sinais durante muito tempo.

Além dos sintomas anteriores, para obter o diagnóstico é preciso observar os seguintes sintomas de distimia:

- Mudanças de apetite (pode ser excessivo ou diminuído)

- Escassez de energia e fadiga.

- Baixa autoestima.

- Dificuldade de concentração e dificuldade de tomar decisões.

- Alterações do sono (pode ser maior ou menor).

- Sintomas crônicos e persistentes, mais leves do que a depressão.

Como se pode inferir, a distimia é uma doença silenciosa, com sintomas leves que podem passar despercebidos, sendo em muitos casos difícil estabelecer o seu início; além disso, antes de estabelecer o diagnóstico de distimia, é preciso descartar outras causas que podem estar por trás, tais como problemas físicos (como o hipotireoidismo) ou uma fonte médica (ao utilizar algum tipo de medicamento que justifique tal estado).

Da mesma forma, cuidados especiais devem ser tomados para diferenciá-la de outros transtornos com sintomas semelhantes, como o transtorno depressivo recorrente ou o transtorno de personalidade depressiva.

No primeiro, múltiplos transtornos depressivos são vivenciados ao longo da vida, mas estes são episódicos e isolados, e mostram uma sintomatologia mais grave.

Com relação ao transtorno de personalidade depressiva, esse é um traço permanente da pessoa, então pode-se diagnosticar a distimia se tiver um início tardio.

Apesar do exposto, deve-se notar que a distimia geralmente ocorre em conjunto com outros distúrbios tanto físicos como psicológicos. Entre os primeiros, estaria a dor crônica, a fibromialgia e a síndrome do cólon irritável; entre as doenças mentais, geralmente está presente junto com a depressão maior em 40% dos casos, sendo denominada depressão dupla; mas também pode ser acompanhada por Transtornos de Ansiedade, especialmente Transtorno da Crise de Angústia.

Uma vez obtido o diagnóstico oportuno, é necessário estabelecer o tratamento orientado para que a pessoa recupere um humor “normal”, exatamente como era antes de sofrer de distimia.

Entre as ações que podem ser realizadas para prevenir a distimia, podemos destacar:

- Realizar algum tipo de atividade esportiva moderada, diariamente, mesmo que seja passear ao ar livre.

- Ter uma alimentação adequada, evitando excessos ou dietas prolongadas.

- Manter um nível moderado de atividade (trabalho/estudo) diária, evitando situações de estresse, em que a pessoa pode sentir-se útil com o que faz.

Depressão

Подняться наверх