Читать книгу Resumo Estendido: Entre O Mundo E Eu (Between The World And Me) - Baseado No Livro De Ta-Nehisi Paul Coates - Mentors Library - Страница 6
CAPÍTULO 02: COMO É VIVER EM UM CORPO NEGRO?
ОглавлениеNão é fácil viver dentro de um corpo negro em um país onde a cor da pele é determinante. Não é fácil aprender a viver nos Estados Unidos, onde todos dizem que acreditam na obra de Deus, mas que na realidade mostram o racismo que é obra do homem.
Como viver sendo negro nos Estados Unidos?
Esta questão complexa não tem uma resposta real, mas é necessário treinamento para enfrentar um confronto constante com a brutalidade deste país.
O autor expõe o medo que teve ao longo da vida pelo fato de ser negro, mas nunca sentiu tanto medo como quando o filho foi crescendo e começou a ser exposto a esses atos brutais sem causa.
Seus pais eram muito rígidos com ele, assim como seus avós haviam sido com os mesmos, mas eles estavam com medo, medo de não ter justiça. Cada família tinha passado por situações com um filho ou membro da família na prisão, por drogas ou morto por um policial ou criminoso. Eles tinham todos os motivos para estar oprimidos e viver com medo.
Ta-Nehisi conta que quando era criança de apenas seis anos se perdeu em um parque de sua cidade. Em um segundo, seus pais não conseguiram encontra-lo e ficaram tão perturbados que, quando o encontraram, o pai dele bateu ele com um cinto. O menino viu nos olhos do pai o horror com a ideia de perder o filho e que ele caísse nas mãos de gente que o machucaria por ser frágil e pela cor de sua pele. Talvez não fosse esse o caminho certo, mas era a única maneira que tinham na época para corrigir as crianças e mantê-las fora de perigo.
Ser negro em Baltimore era estar nu diante de elementos do mundo, exposto a todas as armas, punhos, facas, crack, estupro e doenças, relata o autor. Mas essa nudez foi imposta pela polícia, que usou o medo como estratégia de controle, medo imposto durante séculos em um país onde a lei não os protegia.
Mas há algo sobre o qual devemos ter clareza, não importa se o agente dessas forças é preto ou branco; o que importa é a condição, o que importa é o sistema que fragiliza o seu corpo. É um sistema que precisa subjugar uma população para se sentir superior e tirar proveito disso.
Este sistema não se preocupa com a vida das pessoas, porque as consideram inferiores e entendem que já existem muitas pessoas. Um sistema em que muitos cidadãos consideram-se de segunda categoria e sofrem abuso suas vidas inteiras, apenas porque elas têm tido um pai ausente ou um parente direto na prisão, ou simplesmente por causa de sua cor de pele.