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CAPÍTULO SETE

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Todos os dias, o comboio de antigos recrutas fazia o seu caminho em torno da paisagem circundante de Delos, e, todos os dias, Sartes dava por si a olhar para Leyana, tentando encontrar uma maneira de lhe dizer como se sentia por a ter perto de si.

Todos os dias, Sartes gastava tempo a tentar colocá-lo em palavras, pensando no que alguém mais eloquente poderia ter elaborado. O que é que Thanos teria dito, ou Akila, ou... ou qualquer outra pessoa que estivesse meio apaixonada e não soubesse o que fazer a seguir?

Ele passava o seu tempo preso entre pensar em Leyana e pensar nas coisas que deveria estar a fazer. Eles iam de aldeia em aldeia, distribuindo os mantimentos que tinham, devolvendo recrutas que haviam sido levados de suas casas, e tranquilizando as pessoas da melhor forma possível de que a rebelião não seria um outro conjunto de tiranos.

Todos os dias, ele tentava compor algo para dizer, e, todos os dias, ele dava por si a chegar ao ponto de fazer acampamento sem tê-lo feito.

“Estás bem?”, perguntou Leyana com um sorriso. Ela ia no mesmo vagão de Sartes e ele tinha de admitir que gostava disso. Quando eles montavam acampamento todas as noites, a tenda dela nunca ficava longe da dele. Sartes gostava disso também. Ele deu por si grato de que se fossem atacados, ele seria capaz de fugir depressa e salvá-la.

Ele deu por si quase a desejar que alguém os atacasse para que ele o pudesse fazer.

Era assim que as pessoas apaixonadas se sentiam? Sartes não sabia. Ele não tinha experiência suficiente com miúdas para ter certezas, além de que não era um assunto que ele pudesse simplesmente perguntar a qualquer pessoa, porque ele deveria ser o líder, e ele tinha aprendido ao ver Anka que os líderes não se podiam dar ao luxo de serem assim tão inseguros em público. Ele tinha de ser forte, para que eles pudessem continuar a fazer o que Ceres o tinha enviado para fazer.

Heroína, Traidora, Filha

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