Читать книгу Самые лучшие португальские сказки / Os melhores contos portugueses. Уровень 1 - Сказки народов мира - Страница 4

Princesa abandonada

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Era uma vez um rei que tinha uma filha. Um dos camareiros do rei apaixonou-se por ela. O pai viu que a filha estava grávida e abandonou-a. Ele mandou-a para os campos e os homens que a acompanhavam tiveram de cortar a língua dela e trazê-la ao palácio. No entanto, os homens tiveram pena dela e, em vez disso, cortaram a língua de uma cadela e entregaram-na ao rei. A princesa ficou sozinha nos campos e teve um filho. Quando o menino cresceu, ele pediu à mãe para ir passear e encontrou um caçador. Como nunca tinha visto ninguém, ele correu para a sua mãe e o caçador correu atrás dele. Depois, o caçador aproximou-se da princesa e perguntou como era a vida dela ali. A princesa contou a sua história. Ele perguntou se ela queria ir com ele, mas ela disse que não, que queria ficar lá o resto da sua vida. No entanto, ela pediu-lhe para batizar o filho dela. O caçador batizou-o e começou a visitá-los todos os dias. Um dia, ele decidiu ir à feira e perguntou ao afilhado o que ele queria. O menino disse que queria uma espingarda e um cavalo. Todos os dias, o príncipe ia caçar. Um dia, ele viu um palácio onde morava um gigante que matava todas as pessoas. O príncipe tinha um cabelo no peito que lhe dava sete voltas à volta do corpo e ele tinha sete forças de homem. O gigante não soube isto, por isso, convidou o príncipe para lutar, e o príncipe quase matou-o. O gigante não queria morrer e mostrou ao menino um alçapão por onde ele podia deitá-lo. O príncipe deitou-o para lá, fechou o alçapão e foi buscar a sua mãe. Ele trouxe-a para o palácio e disse que ela poderia ir a todas as salas, mas não à sala que tinha o alçapão. No entanto, um dia, ela foi ver o que estava no alçapão e viu o gigante quase morto. Ela fez um caldo para ele e o gigante recuperou-se. Durante o dia, ele passava o tempo com ela, e quando o príncipe chegava, o gigante ia para o alçapão. Então, ele decidiu matar o menino e pediu para a princesa fingir estar doente. Ela disse ao filho que só ficaria boa com a banha esquerda de um porco-espinho que estava na quinta do Rei Sábio. O príncipe, amigo da mãe, concordou em ir buscá-la. No entanto, o porco-espinho era muito bravo e matava todos que tentavam pegá-lo. Quando o príncipe aproximou-se da porta do Rei Sábio, a filha do rei disse que um cavaleiro num cavalo branco estava a passar apressado. O pai disse-lhe que o mandasse subir. E o rei perguntou ao príncipe o que ele queria. O príncipe contou-lhe a sua história e o rei percebeu que o gigante enganou-o mas deu-lhe uma espada ferrugenta. O rei também disse-lhe para fazer uma cova mesmo na cama do porco-espinho, colocar o cavalo dentro e quando o porco-espinho chagasse, matá-lo com a espada. Ele assim fez. Depois, o príncipe abriu o porco-espinho e tirou a banha esquerda. Ele entrou no palácio do Rei Sábio e a filha disse ao pai que o mesmo cavaleiro que tinha levado a enxada e a espada estava ali. O pai disse para ela mandar o cavaleiro subir e, quando ele colocasse a banha de porco-espinho na sala, que ela a retirasse e colocasse a banha de porco. Depois, o príncipe foi para o seu palácio, entregou a banha para a mãe e ela ficou muito contente, mas ainda assim muito triste pelo facto de ele não ter morrido ainda.

No outro dia, o gigante decidiu fazer outra coisa para matar o príncipe. Então, a mãe disse que não estava bem, sem beber um copo de água de uma quinta do Rei Sábio. O príncipe foi para lá e passou pela porta do Rei Sábio mais uma vez. A filha disse ao pai que o cavaleiro do cavalo branco estava ali novamente. O rei perguntou ao príncipe para onde ele ia, e ele disse que ia buscar um copo de água para a mãe que estava muito doente. O rei disse que havia dois tanques, um de água suja e um de água limpa, e que o príncipe deveria escolher o tanque de água suja, tirar água dele e ir embora depressa, porque o portão da quinta fechava ao meio-dia e quem estivesse lá já não pode sair. Ele assim fez. Depois, quando ia para cada, o príncipe passou pela do Rei Sábio e a filha disse ao pai que o mesmo cavaleiro do cavalo branco estava ali. O pai disse-lhe para ela mandar o cavaleiro subir e quando ele colocasse o copo de água na sala, ela deveria trocá-lo – tirar aquele e colocar outro. Ela fez isso. O rei disse ao cavaleiro que sabia que ele estava a ser enganado e que, se ele estivesse com problemas, deveria dizer à mãe para fazê-lo em quatro quartos, embrulhar num lençol de linho, colocá-lo em cima do cavalo e deixá-lo ir para onde o destino o levasse.

O príncipe chegou ao palácio e, como o gigante viu que ele ainda não tinha morrido, disse à mãe para lhe dizer que ela não estava bem, sem comer uma laranja da quinta do Rei Sábio. Quando ele foi para lá, a filha disse ao pai que o cavaleiro do cavalo branco estava a passar novamente. O pai disse-lhe para mandar o cavaleiro subir. O rei perguntou para onde ele ia e o príncipe disse que ia buscar uma laranja para a mãe que estava doente. O rei disse-lhe que havia uma laranjeira cheia de laranjas muito maduras e outra cheia de laranjas muito verdes, mas que ele não deveria apanhar das mais maduras, apenas das mais verdes e também que ele deveria ir embora depressa, porque o portão da quinta fechava ao meio-dia e quem estivesse lá já não pode sair. O príncipe apanhou uma laranja das mais verdes e, quando estava a sair, o portão da quinta fechou-se atrás dele.

Quando ele voltava para o palácio, passou novamente pela casa do Rei Sábio. A filha estava na janela e disse ao pai que o cavaleiro do cavalo branco chagava. O pai mandou-o subir e disse-lhe que, quando ele colocasse a laranja na sala, ela deveria tirá-la e colocar outra no lugar. Quando ele voltou para onde estava a mãe, ela e o gigante ficaram muito zangados por ele ainda não ter morrido e o gigante disse que iria encontrar uma maneira de matá-lo. Ele disse para a mãe conseguir cortar o cabelo que o príncipe tinha no peito. Um dia, a mãe disse para o príncipe colocar a cabeça no colo dela. E quando ele adormeceu, a mãe cortou-lhe o cabelo que ele tinha no peito. Quando ele acordou, exclamou: “Ai, minha mãe, que me perdeu!” Logo que o gigante ouviu isto, ele chamou-a para lutar. O príncipe achou que ainda tinha alguma força, e decidiu lutar contra o gigante. Mas o gigante quase matou o príncipe e ele pediu-lhe para fazê-lo em quatro quartos, embrulhar num lençol de linho e colocá-lo em cima do cavalo. Assim foi feito.

O cavalo, acostumado a ir à casa do Rei Sábio, dirigiu-se para lá. A filha do rei viu o cavalo, mas não viu o cavaleiro, e ficou surpresa. Ela informou o pai e ele ordenou que dois criados tirassem com cuidado o que estava em cima do cavalo. Estenderam o lençol no meio da casa, juntaram os quartos e untaram-nos com banha do porco-espinho e deram-lhe uma laranja para cheirar. Depois, ele ficou vivo de novo. Ele começou a viver na casa do rei, e o cabelo do peito começou a crescer. Quando o cabelo cresceu tanto que houve sete voltas de cabelo à volta do corpo, o rei disse ao príncipe que a mãe dele já tinha uma filha do gigante. Ele disse: “Eu vou lá.” Mas o Rei Sábio disse-lhe: “Não, porque ainda não tens todas as tuas forças.” Ele esperou até ter as sete forças. Foi à casa do gigante, aproximou-se da irmã e cortou-lhe a cabeça. Depois o príncipe aproximou-se da mãe e cortou-lhe a cabeça. Antes, o Rei Sábio tinha dito para o príncipe dizer ao gigante que não o mataria sem lhe dar os olhos do Rei Sábio que ficou cego por causa do gigante. E o príncipe foi lutar contra o gigante. E quando o gigante foi quase morto, o príncipe disse-lhe para ir buscar os olhos do Rei Sábio, e ele encontrou os olhos e entregou-os ao príncipe. Ele trouxe-os ao Rei Sábio, colocou-os na cara dele e lavou-os com água que tinha trazido. O rei recuperou a visão. Então, ele foi ao palácio do gigante, tirou tudo o que lá estava e levou-o para a casa do Rei Sábio. Ele casou-se com a filha do rei, teve muitos filhos e viveu feliz.

Упражнения

1. Вставьте пропущенные вопросительные слова и ответьте на вопросы по тексту.

Porque / Como / Quem / O que / Onde

1. ________________ é que batizou o príncipe?

2. ________________ é que fez o príncipe quando quase matou o gigante pela primeira vez?

3. ________________ é que o gigante e a mãe ficavam zangados quando o príncipe voltava da quinta do Rei Sábio?

4. ________________ é que começou a viver o príncipe no final do conto?

5. ________________ é que o Rei Sábio recuperou a visão?


2. Подберите из текста антонимы к нижеперечисленных словам, запишите перевод антонимических пар:

a) adormecer

b) direita

c) feliz

d) verde

e) morrer

f) vazio

g) preto


3. Ниже даны 6 утверждений. Если утверждение верное – поставьте плюс, если нет – исправьте, заменив одно неверное слово.

a) O pai da princesa abandonou – a porque ela estava grávida.

b) O príncipe tinha seis forças de homem.

c) A princesa fez o chá para o gigante recuperar-se.

d) O gigante cortou ao príncipe o cabelo que ele tinha no peito.

e) O príncipe matou a sua irmã e a sua mãe.

f) O príncipe casou-se com a filha do rei.


4. Сопоставьте персонажей с прилагательными, которыми их описывал автор в тексте. Переведите прилагательные на русский язык.


Ответы

1.

1) Quem; o caçador

2) O que; deitou-o pelo alçapão

3) Porque; porque o príncipe não tinha morrido

4) Onde; na casa do Rei Sábio.

5) Como; o príncipe lutou com o gigante que tinha os olhos do Rei, trouxe os olhos ao Rei Sábio, colocou-os na cara dele e lavou-os com água que tinha trazido.


2.

a) adormecer (уснуть) – acordar (проснуться)

b) direita (правая) – esquerda (левая)

c) feliz (счастливый) – triste (грустный)

d) verde (зелёный/неспелый) – maduro (смелый)

e) morrer (умереть) – viver (жить)

f) vazio (пустой) – cheio (полный)

g) preto (чёрный) – branco (белый)


3.

a) +

b) O príncipe tinha sete forças de homem.

c) A princesa fez o caldo para o gigante recuperar-se.

d) A mãe cortou ao príncipe o cabelo que ele tinha no peito.

e) +

f) +


4.


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