Читать книгу A Noite Em Que Chicago Morreu - Um Romance Da Justice Security - T. M. Bilderback - Страница 7

Capítulo 2

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Os agentes da polícia já tinham vedado a área à volta do corpo quando cheguei ao local. Algumas almas corajosas tinham saído à rua, nessa noite fria e ventosa, para olharem para o homem morto deitado na calçada.

Talvez esperassem que ele se sentasse e gritasse: "Dia 1 de Abril!"

Enquanto estacionava o meu Carocha de 1998 junto ao passeio atrás de um táxi, perguntava-me por que razão esta noite estava tão ocupada. Este era o terceiro tiroteio a que tínhamos sido chamados. Todos de traficantes de rua.

Seria de esperar que o frio mantivesse as pessoas dentro de casa.

O meu parceiro, o detetive de primeira classe Sam Tanner, tinha chegado primeiro, e estava a falar com um casal de mãos dadas e aconchegarem-se um ao outro na calçada, no interior da vedação da "Cena do Crime". Verifiquei o cordão que segurava a minha estrela para ter a certeza que não se tinha congelado e partido. Continuava intacto. Fiquei um pouco desapontada.

Ainda não tinha tido tempo para comprar um casaco de inverno, e a minha gabardina, boa, da marca London Fog, sobre o meu blazer ainda não me mantinha aquecida. Sem mencionar o ligeiro coxear do ferimento de bala, quase curado, na minha perna - cumprimentos do Assassino dos Cornflakes – e também estava um bocado de mau-humor.

Passei por baixo da fita e parei para olhar para o corpo. Um oficial fardado que eu não conhecia estava de guarda, certificando-se de que o corpo continuava morto. O médico legista ainda não tinha chegado. Com mais outros dois corpos, podia demorar-se um pouco a chegar.

Levantei a lona que um dos agentes tinha usado para cobrir o corpo. Três tiros no coração, todos a menos de um centímetro de distância, num triângulo perfeito. Mesmo à queima-roupa, eram tiros certeiros. E os ferimentos e o espaçamento eram idênticos aos das outras duas vítimas.

Baixei a lona e chamei a atenção do meu parceiro. Ele disse qualquer coisa ao casal e veio ter comigo.

“Porque é que te demoraste tanto, Mickey? Paraste para comer gelo?”

“Não deixes que os meus dentes a bater te enganem. Estou tão quente agora como uma pizza numa loja de conveniência.”

“Obviamente não tens ido ultimamente à Pizzaria do Tony. Acho que as pizzas deles nunca estão quentes, mesmo quando saem do forno.”

Apontei para a vítima. “Sabemos quem ele é?”

O Sam abanou a cabeça, parecendo-se um pouco com gelatina, enquanto a cabeça se movia. Pequenos pingentes de gelo formavam-se no bigode de sal e pimenta, com a humidade da sua respiração. “Não procurei a identificação porque o M.L. ainda não chegou. Mas, de acordo com as duas testemunhas, a vítima é Skanky Sanders.”

“E eu deveria saber quem esse é?” Perguntei-lhe.

“Já investiguei. Se é o Sanders, é um traficante de rua. Foi preso duas vezes, mas nunca processado. As provas tinham desaparecido de ambas as vezes.”

Eu sabia o que isso significava. Significava que este tipo vendia a alguns polícias. E mantinham-no fora de sarilhos em troca de preços baixos. Abanei a cabeça.

"Testemunhas?" Perguntei-lhe.

"Tivemos sorte desta vez. Temos três. Aqueles dois," apontou para o casal abraçado, "viram tudo, e ouviram um dos dois homens dizer o nome 'Esteban'. 'Esteban' chamou o outro homem de "Félix". Apontou para o táxi. "O taxista passou por aqui quando o tiroteio aconteceu. O criminoso disparou contra o táxi várias vezes, mas falhou o motorista. A descrição do atirador corresponde à do casal.”

"Por é que aqueles dois andavam cá fora?" Perguntei quando apontei para o casal.

"Sanders era o fornecedor deles. Andavam à procura de metanfetamina."

Reparei nas roupas deles. Em tempos, tinham sido caras e elegantes. Estavam agora desbotadas e desgastadas. É o que a metanfetamina faz a uma pessoa. Atrai-te, mastiga-te e cospe-te como uma nódoa apodrecida.

Tentei não parecer muito intimidante enquanto me dirigia ao casal. Decidi não ser demasiado "autoritária" enquanto falava com eles. Sempre a polícia útil. Sim, sou eu mesma.

"Olá, pessoal. Sou a Tenente Rooney. Mas chamem-me Mickey."

O homem riu-se entre dentes. "Está a brincar, não é?"

Já o esperava. Isto já estava a ficar velho. Peguei no meu distintivo ao pescoço e mostrei-lhes o meu cartão oficial de identificação. Tenente Mickey Rooney, CPD. Abreviatura de Michelle, mas isso não lhes ia dizer.

"Tem alguma ligação com o actor?", Perguntou o homem.

Suspirei de novo. "Nenhuma ligação."

"Uau", disse a mulher. "Aposto em como ouve montes de piadas por se chamar Mickey."

"Deixe-me colocar-lhe desta forma", respondi. "Não vai conseguir inventar uma piada que eu já não tenha ouvido."

O homem riu-se entre dentes novamente.

"Posso ter os vossos nomes?"

"Eu sou William, e esta é a minha mulher, Deborah", disse o homem.

"Apelidos?"

"Glick."

"O Sanders era o vosso fornecedor?"

Os dois trocaram olhares preocupados.

"Não estou aqui para vos fazer uma rusga, nem vos dificultar a vida. Só preciso que me respondam a algumas perguntas." Olhei de William para Deborah. "Têm a minha palavra."

William fitou-me nos olhos por um momento. Podia ver que acreditava em mim. "Sim, era o nosso traficante."

"Porque é que estavam aqui ao mesmo tempo que ele?"

"Tínhamos falado com ele mais cedo. Disse-nos que estava liso, mas que podia ajudar-nos um pouco mais tarde. Disse que estava à espera do fornecedor dele", disse William.

"Sim, então nós seguimo-lo", disse Deborah. "Queríamos obter produto fresco."

Olhei para ela. "Está assim tão mau?"

Ambos assentiram. "Está a tornar-se muito difícil neste momento."

"Quando terminarmos, se vocês quiserem, levo-vos a um lugar que vos pode ajudar. A Cidade presta assistência a pessoas que querem parar de usar." Deixei-os absorverem aquilo por uns segundos. "Agora, que aconteceu depois de seguirem o Sanders?"

"Disse que o fornecedor devia estar a chegar a qualquer momento. Disse-nos para irmos para o beco e escondermo-nos atrás do contentor do lixo. Que o seu fornecedor nos mataria se nos visse", disse William.

"Vimos tudo", disse Deborah. "Uma limusine preta parou em frente ao Skanky, e o motorista abriu a porta para este tipo. O homem falou um pouco com Skanky.”

"O tipo era hispânico", acrescentou William. "Não posso explicar melhor do que isso."

"De que é que eles falavam?" Perguntei-lhes.

William franziu a testa. "O Skanky disse ao tipo que tinha um compromisso, e disse ao hispânico para se ir embora. O hispânico disse que o encontro do Skanky era com ele. O Skanky disse algo sobre ele não ser o Tinker, quem quer que o Tinker seja. Depois o hispânico perguntou se o Skanky sabia quem ele era, e o Skanky disse que não. Então o tipo disse algo em espanhol. Acho que ele disse o seu nome, porque a frase terminou com Esteban Fernandez."

"Sim, então esse Esteban puxou de uma arma e deu três tiros no Skanky ", disse Deborah.

"Vimos o táxi passar, e o tal Esteban virou-se e disparou várias vezes contra o táxi. Deve ter falhado. O motorista da limusina disse ao Esteban que eles tinham de desaparecer, porque o taxista chamaria, com certeza, a polícia. EsteBan concordou com o motorista da limusina, e chamou-lhe 'Félix'", disse William. Eles foram-se embora depois disso."

"Conseguiram ver o número da matrícula?" Perguntei-lhes.

Ambos abanaram a cabeça.

"Obrigada pela vossa ajuda. Por favor, aguardem aqui mais um bocado e eu levo-os à tal clínica.”

Ambos os Glicks agradeceram.

O Sam e eu afastámo-nos.

"Reconheces alguns destes nomes?" Perguntei ao meu parceiro.

O Sam estava a pensar. "Já ouvi o nome Tinker... Talvez seja um fornecedor de escalão mais baixo. Os outros dois... Algo sobre Esteban Fernández soa familiar, mas não sei porquê.”

"Comigo também. Mas não consigo pensar de onde...” Estremeci. "Onde está o taxista?"

"Sentado no táxi."

Calor! Pensei que era a altura ideal para interrogar o taxista, o que podia demorar algum tempo. Um tempo longo e quente.

Dirigi-me ao táxi, abri o lado do passageiro, e entrei. Sam sentou-se no assento traseiro, mais espaçoso. A temperatura dentro do carro aproximava-se à do verão. Reconfortei-me com o calor durante uns segundos, enquanto o taxista discutia num rádio CB com o despachante.

"Não, não posso simplesmente sair daqui", dizia o condutor ao microfone. "Não quero que a polícia me prenda."

"Estou a dizer-te que, se alguém alvejou o táxi, vai-te sair do teu bolso. E se não começares a mexer-te em breve, também ficas desempregado", disse a voz do despachante.

"Qual é o nome do seu despachante?" Perguntei antes que o condutor pudesse pressionar novamente a tecla de transmissão.

"Lou. Lou Mitchell", disse o taxista.

"O seu nome?"

"Tony Fisher".

Pressionei a tecla de transmissão. "Estou a falar com Lou Mitchell?"

Passaram-se alguns segundos. "Lou aqui. Quem raio está ao microfone?”

Voltei a pressionar o microfone. "A Tenente Rooney, Departamento da Polícia de Chicago, Divisão de Crimes Violentos. Lou, acabei de ouvir a conversa que teve com a minha testemunha, Tony Fisher.” Deixei de pressionar a tecla de transmissão e disse ao Sam, "Ei, podes chamar um daqueles agentes?"

Sam rolou a janela para baixo e fez sinal a um dos polícias para se aproximar. Quando o agente se aproximou, abri a janela para que ouvisse o que eu estava a dizer.

Pressionei a tecla de transmissão. "Lou, acabou de exigir à minha testemunha para abandonar o local de um crime. Também ameaçou extorquir-lhe dinheiro por danos a este táxi que estão fora do controlo dele. Uma vez que é exigido a todos os táxis desta cidade terem seguro, os danos estão cobertos. Só posso pensar que quer embolsar parte do dinheiro que este motorista ganhou arduamente, para seu próprio uso, além de receber também da companhia de seguros. Isso é uma tentativa para cometer fraude de seguros.”

"Vou enviar o agente..." Olhei, para ler a etiqueta do nome dele. "... Petrie para o seu escritório agora. Vai prendê-lo por obstrução à justiça e tentativa de fraude de seguros. Quero que fique onde está." Larguei a tecla e virei-me para o Agente Petrie. "Vá até lá e pregue um susto ao tipo, se ainda lá estiver. Não o prenda oficialmente, mas algeme-o. E certifique-se de que quem quer que esteja na garagem o veja algemado. Fique com ele por uma meia hora, e depois tire-lhe as algemas. Diga que falou comigo e me convenceu a não o prender. Se ele já lá não está, volte aqui e veja se pode ajudar em alguma coisa.” Petrie sorriu amplamente, feliz em cumprir a minha pequena piada.

Tornei a fechar a janela e ouvi o Tony e o meu parceiro a rirem-se.

"Vou ficar muito surpreendida se o Lou ainda estiver no trabalho quando Petrie lá chegar ", Disse ao Tony. "Mas aposto em como ele o vai deixar em paz."

Balançando a cabeça e rindo, Tony disse: "Obrigado, Tenente Rooney. “Precisava de uma boa gargalhada, depois de quase ter sido alvejado."

"Entendo o que quer dizer. Sente-se pronto a dizer-me o que viu?"

"Sim, claro. Mas lembre-se, estava de passagem. Foi tudo muito rápido.” Tony fechou os olhos. "Espere, estou a tentar reproduzir a cena."

Olhei para ele.

"Antes que faça a pergunta, é a minha maneira de recordar as coisas. Fecho os olhos e reproduzo os acontecimentos na minha mente. Lembro-me de todo o tipo de detalhes quando faço isso." Ficou quieto por um momento. "Virei a esquina na altura em que o homem disparava. O homem que atingiu estava a cair. Os olhos pousaram-se em mim, e eu sabia, de alguma forma, que ele ia começar a atirar em mim. Virou-se, e eu carreguei no acelerador e comecei a ziguezaguear para trás e para a frente do outro lado da rua."

"Viu o suficiente para conseguir descrever o atirador?"

Olhos ainda fechados, Tony disse: "Tez escura, quase como se se bronzeasse muito. Cabelo mais grisalho no geral, e uma barba maioritariamente grisalha, aparados. Casacão bonito...comprido. London Fog, ou outra marca cara, mas não era um casaco leve – mais como um sobretudo grosso, com um cachecol cor de carvão. Sem chapéu. Tinha a arma na mão direita.” Abriu os olhos. "É isso. É tudo o que consigo lembrar."

Fiquei impressionada. Nunca conseguiria fazer o que este homem tinha acabado de fazer, mesmo que tivesse tido mais tempo para estudar a cena.

"Incrível!"

Tony sorriu suavemente. "Ficaria surpreendida com o que se lembra quando está a ser alvejada."

Eu sabia o que isso era. Mas não o ia dizer ao Tony.

Disse ao Tony que o táxi teria de ficar ali até o pessoal do laboratório acabar a investigação. O atirador tinha atingido a bagageira do táxi pelo menos duas vezes, e precisávamos da evidência. Disse-lhe que estava livre para ir, se quisesse.

"Acho que vou para casa, Tenente", disse Tony. "Estou um pouco abalado."

Agradeci-lhe e dei-lhe um dos meus cartões, caso se lembrasse de qualquer outra coisa. Tínhamos a morada dele, se precisássemos dele.

O Sam e eu, saímos do táxi com relutância. Reparei imediatamente em duas coisas. Uma, que o M.L. tinha chegado e já tinha levantado a lona para verificar a vítima, e segunda, que estava a nevar.

Dalton McFee, barba a brilhar com pingentes de neve, voltou a colocar a lona sobre a vítima. Virou-se para nós: "Oficialmente, só pode dizer que a morte parece ser por tiro. Extra oficialmente, foi o mesmo atirador dos outros casos. Parece que alguém anda a executar traficantes de rua e a usar uma 9 mm."

Um dos agentes trazia um rádio portátil. "Tenente, é para si. Há outro caso.”

"Mas que raio? " Disse eu, pegando no rádio.

***


O DETETIVE TORY MASTERSON dos Narcóticos juntou-se a nós no local do quarto homicídio. Estava a falar ao telemóvel quando eu e o Sam chegámos, enquanto os polícias vigiavam a porta.

"Bem, isso estraga completamente o nosso caso, é o que isso significa! Três meses de trabalho por água abaixo, assim!” Masterson disse energeticamente. "Tinker era o único elo com as pessoas acima dele!" Ouviu por um momento, e depois disse: "Eu já conhecia os outros três traficantes, e eles também estão mortos!" Ele reparou em nós à porta do apartamento. "Senhor, a Tenente Rooney está aqui. Sim, senhor. Vou dizer-lhe, senhor.” Desligou a chamada, dirigiu-se a nós e apertou-nos a mão.

Masterson já tinha sido da minha equipe, quando era detetive/terceira esquadra. Tinha sido transferido para os Narcóticos depois de mostrar que tinha talento para trabalhar disfarçado. Agora, como detetive/Primeira Classe, andava a colecionar uma data de apreensões e rumores diziam que estava a caminho de se tornar tenente. Era casado e ouvi dizer que tinha um novo bebé.

"Desculpe, Tenente, era o Capitão Phillips" disse Masterson. "Ele disse-me para lhe dizer que sou oficialmente seu até resolvermos estas mortes."

Eu sorri. "Fico feliz em tê-lo, Tory. Vou avisar o Capitão Baker. Também vai ficar feliz em tê-lo connosco. E parabéns pelo novo bebé!"

"Então, quem é a vítima desta vez, Masterson?", Perguntou Sam.

Masterson levou-nos até à vítima, que aparentava ter 50 anos, com cabelo sal e pimenta. Ele tinha sido amarrado a uma cadeira de cozinha, nu. Era óbvio que tinha sido torturado antes de ser morto. Havia várias rasuras de facadas, calculadas para sangrar e ferir e uma garrafa vazia de álcool etílico no chão ao lado da cadeira. Parecia que lhe tinham derramado o álcool sobre as feridas, mas o M.L. teria de o verificar. O cabo de um candeeiro estava também ao lado cadeira. Ainda estava ligado à tomada de corrente e o isolamento de plástico tinha sido retirado da outra extremidade, expondo os fios de cobre no interior. Havia algumas marcas no corpo que mostravam que tinham eletrificado a vítima, incluindo os testículos. Tinham-lhe enfiado um pano pela boca abaixo e usado fita adesiva para a manterem fechada. Mas a causa da morte era provavelmente os três pequenos buracos de bala no peito da vítima, possivelmente através do coração, e organizados em triângulo.

"O nome da vítima era William Joseph Smith, também conhecido como 'Tinker'. A certa altura, era reparador de relógios - mexia com velhos relógios antigos, e foi assim que ganhou a alcunha." Disse Masterson. "Nos últimos anos, era um fornecedor de categoria baixa."

Troquei um olhar com o Sam. Era ali que tínhamos ouvido o nome do Tinker.

"Alguma ideia de quem o fornecia?" Perguntei-lhe.

Masterson abanou a cabeça. "Não, ainda não chegámos tão longe." Apontou para o álcool e o candeeiro. "Mas aposto cinco dólares que quem lhe fez isto sabe. Tenho dois agentes a baterem às portas, a perguntar aos vizinhos se ouviram ou viram alguma coisa, mas as hipóteses são escassas."

"Temos uma descrição do atirador", disse eu. "Temos testemunhas." Dissemos ao Masterson o que tínhamos descoberto no último tiroteio. Quando disse o nome "Esteban Fernandez", Masterson assobiou.

"Porquê o assobio?" Perguntei-lhe. "Esse nome é familiar, mas não consigo lembra-me de onde."

"Temos sarilhos, Tenente", disse Masterson. "Fernández tem o posto de General no México, mas é também o maior chefe de cartel de drogas nesse país. Deixe-me dizer-lhe o que ele fez numa cidade do sul...."

Masterson contou-nos o que Fernandez tinha feito. Quando ele chegou à parte sobre o combate de boxe e a arena, estalei os dedos. "O John disse qualquer coisa sobre isso há uns meses! Parece que um dos lutadores tinha tentado atrasar a luta para que a bomba pudesse ser encontrada e desactivada! " Masterson acenou, e contou-nos mais. Comecei a ficar com arrepios na espinha.

Masterson começou a contar os pontos com os dedos. "Primeiro, temos um líder mexicano do cartel da droga em Chicago. Segundo, é violento. Três, é louco, o que o torna muito imprevisível. E, quatro, é federal."

Os polícias são muito territoriais sobre a jurisdição, e quando ouvi "Federal", encolhi-me interiormente..., mas com uma ponta de alívio. "O que quer dizer com "Federal"? Perguntei-lhe.

"Os Narcóticos receberam um boletim do FBI", respondeu Masterson. "Dizia que se alguma vez fossemos informados de que este Fernandez aparecia na nossa cidade, deveríamos notificá-los imediatamente. Acho que foi enviado para todo o país."

"Então vamos passar a mensagem ao Capitão Baker, e deixá-lo notificar o FBI" disse eu. "É menos uma coisa para nos preocuparmos."

A Noite Em Que Chicago Morreu - Um Romance Da Justice Security

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