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Às poesias que se fizeram a uma queimadura da mão de uma senhora

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Ó mão não de cristal, não mão nevada,

Mão de relógio sim, pois que pudeste

Nesta mísera terra em que naceste

Fazer dar tanta infinda badalada.


Que mão de almofariz enxovalhada

Foi tal, como tu foste, ó mão celeste,

Pois foste, quando mais resplandeceste,

Em tantas de papel tão mal louvada.


Nem de Cévola a mão negra e grosseira,

Queimada entre morrões publicamente,

Merecia tão míseras poesias.


Mas louvo-as de subtis em grã maneira,

Pois que para apagar a flama ardente

Se fizeram de indústria assi mo frias.


Fénix Renascida

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