Читать книгу Parábolas Do Reino E De Sabedoria - Aldivan Teixeira Torres, Daniele Giuffre' - Страница 10
Os dois empregados
ОглавлениеJessé era um rico senhor de terras que em seus empreendimentos empregava bastantes servos.Dentre seus empreendimentos,os mais rentáveis eram as vinhas.Numa delas,cultivavam o mesmo espaço de terra dois empregados:Daniel e Lamuel.Daniel era um servo dedicado que cultivava o terreno de forma apropriada:Semeava,adubava e irrigava no período correto.Lamuel era desobediente e insensato pois só seguia suas próprias convicções: Semeava os grãos de forma desordeira e impensada,adubava excessivamente e não irrigava as mudas.Com o tempo,o campo de Daniel vicejou e frutificou o que lhe rendeu elogios do patrão.Já o campo de Lamuel não produziu nenhum fruto.O patrão chamou Lamuel e o repreendeu por sua conduta e o aconselhou a seguir o exemplo de Daniel.Se sentido humilhado e despeitado para com seu companheiro Daniel,resolveu vingar-se.
A primeira atitude que tomou foi a de aliar-se ao principal inimigo do patrão:O chefe dos servos que tinham se rebelado contra ele.Ele serviria como instrumento de ódio desse mal com o objetivo de destruir tudo o que Daniel tinha construído e conquistado além de prejudicar a plantação do patrão.O inimigo entregou para ele uma praga que de pronto introduziu no campo do seu companheiro.Enquanto isso,Daniel continuava com o seu trabalho sem desconfiar de nada.Pouco tempo depois,o belo verde do seu campo foi desaparecendo o que lhe provocou certa surpresa e desapontamento.Com isso,apresentou-se diante do chefe para prestar esclarecimentos.
—Senhor, continuo cultivando o terreno da mesma forma. Entretanto, o que antes produzia inúmeros frutos agora não produz praticamente nenhum. Acho que estou ficando imprestável. Se desejares, darei o meu lugar a outro servo mais competente.
—Não é necessário, bom servo. Não foi sua culpa. Eu bem sei o que está acontecendo: O seu campo está sendo atacado por uma poderosa praga. Um inimigo o semeou. Porém, ele não vai vencer. Eu te darei o meu melhor inseticida e o seu campo vai novamente dar bons e belos frutos.
O inseticida foi aplicado e a praga foi contida.Porém,Lamuel não desistiu da sua vingança.Consultou o seu mestre e ele prometeu destruir a vida e a carreira de Daniel.A fim disso,o mal se encarnou e tomou forma humana:A de um comprador.Daniel continuava obediente e em seu trabalho honrava o seu patrão.O comprador aproximou-se e perguntou:Você é Daniel?Eu ouvi falar muito bem da sua pessoa.Dizem que é o melhor empregado do patrão.Eu quero adquirir alguns dos seus produtos.Poderia mostrar o seu campo?Daniel educadamente respondeu:-Sou apenas um humilde servo e igual a todos.Desde que cheguei aqui,meu único objetivo é cumprir a minha função.O meu patrão põe toda confiança em mim e por isso não posso decepcioná-lo.Venha,eu lhe mostrarei o que cultivei até agora.
O comprador foi conduzido por entre as belas videiras do campo de Daniel. O comprador exclamou: -Muito bom! Você fez um ótimo trabalho. Diga-me rapaz, não queria trabalhar para mim? Eu te daria uma generosa remuneração. Daniel respondeu:
—Não, obrigado. Eu não faço isso pelo dinheiro. Minha recompensa são todos os frutos que colho.
O comprador olhou-o com puro ódio e decidiu aproveitar que Daniel estava sozinho para tentar destruir a sua plantação. Modificou sua aparência e ninguém sabe de onde retirou uma foice. Gritou:-Olha o que eu faço com o seu trabalho, olha! (Pôs-se a ceifar as plantas de Daniel). Quando terminou de devastar o campo, começou a espancá-lo. O patrão observava tudo e resolveu agir: Chamou o seu servo mais forte (Ninguém é tão valente a ponto de desafiá-lo) e ordenou:
—Miguel, vá libertar o meu Servo Daniel pois ele está sendo espancado pela serpente. Quanto à outra praga, deixe que eu resolva.
O anjo voou apressadamente em direção ao campo e estava armado até os dentes. Agarrou a antiga serpente, a acorrentou e a lançou no abismo donde não poderia mais sair (a não ser com autorização). Daniel estava machucado, mas iria recuperar-se dos ferimentos. O patrão convocou Lamuel e ele se apresentou diante dele.
O senhor pronunciou-se:
—Cobra venenosa! Quem lhe ensinou a agir desta forma? Você pensava que ia destruir o meu filho? Nem você nem o inimigo podem com ele. Eu sou está sempre do lado dos injustiçados. Em vez de invejá-lo porque não trabalha feito ele? Eu também o teria abençoado. Por você ter se rebelado e pelos seus crimes, eu não o quero mais em minha plantação. Será amarrado e jogado nas trevas exteriores feito joio que não serve para nada. Aí haverá choro e ranger de dentes.