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XXII

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Que me queira consolar,

o meu mal não tem conforto

nem eu lho posso buscar:

para o prazer sou morto

e vivo para o pesar.

Quanto mal tam desvairado

e todos para dar fim!

Tudo me é contrairo, assim:

descuido matu meu gado,

cuidado matou a mim.


Crisfal

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