Читать книгу O segredo da donzela - Эбби Грин - Страница 6

Capítulo 2

Оглавление

Nikos foi para à sala para esperar que Maggie voltasse. Normalmente, não tinha de se esforçar muito para conseguir o que queria. Embora também soubesse que isso se devia, em grande medida, aos seus genes e à sua fortuna.

A sua vida tornara-se aborrecida ultimamente.

Abriu a porta envidraçada e ficou ali. O ar era quente e nada se mexia. Ouviu o mugido de uma vaca ao longe. Não recordava a última vez que estivera num sítio tão aprazível e, para sua surpresa, não tinha vontade de procurar alguma distração. Apaziguava-lhe os nervos.

Ninguém sabia que estava ali e essa fora uma das coisas que o tinham atraído naquele lugar. Era tão campestre, tão diferente da vida que costumava ter, que a compra impulsiva fora ainda mais surpreendente. No entanto, não queria analisá-lo nesse momento, como também não queria analisar essa sensação de estar em casa quando nunca se sentira em casa em lado nenhum.

Não tinha uma casa e também não a queria.

A casa, o lar, era um mito.

Foi ver as estantes com livros que havia ao longo da parede. Algo chamou a sua atenção e pegou num livro. Fora um dos seus favoritos quando era pequeno e evocou-lhe um tempo quando era mais jovem e usava os livros como uma válvula de escape.

Ouviu um barulho e virou-se. Maggie estava a entrar com uma bandeja. Segurava dois copos e uma garrafa de uísque.

Ela parou quando viu o livro que tinha na mão.

– Lamento – desculpou-se. – Pus alguns dos meus livros na estante. Espero que não se importe…

– Não faz mal. – Nikos voltou a guardar o livro. – Surpreende-me que ainda tenha livros da infância.

Maggie pousou a bandeja sem olhar para ele nos olhos. Estava habituado às mulheres atrevidas, que se aproveitavam do interesse dele. Ela era diferente e desejava-a.

Serviu uísque nos dois copos, entregou-lhe um e ficou com o outro. Levantou o dele. Ela aproximou-se e brindou com ele. Maggie bebeu um gole e fez uma careta quando o líquido lhe queimou a garganta.

– Não bebe uísque? – perguntou ele.

– Não, mas sempre quis provar.

– Foi por isso que aceitou beber um copo comigo? Para experimentar?

– Uma coisa dessas.

Maggie tentou parecer despreocupada, como se não se impressionasse com ele.

Observou-o pelo canto do olho. Estava a olhar para ela sem dissimulação. Desviou o olhar outra vez, mas viu um certo brilho brincalhão nos seus olhos, como se soubesse muito bem o efeito que tinha nela.

– Como é que os livros duraram tanto?

Sentiu-se ridiculamente nervosa.

– Quando era pequena, a minha mãe e eu íamos de um lado para o outro e os livros eram a minha válvula de escape num mundo que não parava de mudar, eram a única coisa constante. Agora, sou um pouco fetichista com eles. Sei que é absurdo.

– Não é absurdo. Entendo.

– A sério?

Voltou a surpreendê-lo e fez um gesto de aborrecimento.

– Eu também tinha esses livros, mas perdi-os há muito. A verdade é que nunca li muito, não tive tempo.

Maggie sentiu uma pontada leve perto do coração que não devia ter sentido por um desconhecido.

– Eu também não tinha imaginado que era um rato de biblioteca.

– Sou mais do que uma cara bonita – comentou ele.

Maggie não pôde conter o sorriso. Dissera-o num tom brincalhão que era desnecessário porque era verdade. Era impressionante e, efetivamente, suspeitava que era muito mais do que uma cara bonita. Tinha uns olhos penetrantes e céticos.

Ele abrira as portas envidraçadas e estava tudo tranquilo no exterior. Parecia que o resto do mundo estava muito longe. No entanto, apesar da quietude e da tranquilidade, sentia uma descarga elétrica, perigosa e apaixonante, que lhe corria pelas veias.

– Não se aborrece aqui? – perguntou ele. – Parece um trabalho estranho para uma jovem tão bonita.

O coração acelerou. Bonita? Devia dizê-lo a todas as mulheres, mas sentiu-se coibida e à defesa.

– Desde que a minha mãe morreu, agradeci ter… um sítio tranquilo para a chorar. Além disso, em qualquer caso, também não gosto muito de sair à noite.

Ainda que, nesse momento, a ideia de sair à noite lhe parecesse quase atraente, como uma forma de mitigar a intensidade do ambiente que havia entre Nikos Marchetti e ela naquela sala. Embora devesse ser imaginação dela. Um homem como ele vivia em círculos muito diferentes dos das casas de campo na Irlanda.

– Porque comprou esta casa?

– Preciso de um motivo? – perguntou ele.

– Não, claro que não… – respondeu ela, envergonhada. – É que não parece um sítio para um homem como…

– É um investimento. Pensei em comprar cavalos de corridas no futuro e precisava de uma casa com estábulos.

Não acreditou na explicação.

– O que o impulsionou a vir esta noite?

– Nunca lhe disseram que faz muitas perguntas?

Maggie corou e esboçou um sorriso.

– A minha mãe… Estava sempre a dizer-mo, chamava-me Maggie, a Inquisidora.

Mais uma vez, Nikos surpreendeu-se por ser tão sincera e não parecer ter medo dele. Era estimulante e excitante.

A verdade era que quisera fugir daquele evento claustrofóbico. Pensara em voltar diretamente para Londres, mas não havia um voo até à manhã seguinte e recusava-se a usar aviões privados a não ser que fosse estritamente necessário.

Quase reservara um quarto num hotel, até se lembrar daquela casa, a casa que nunca visitara. Fora por isso que decidira ir, inquieto e alterado.

Então, ela abrira a porta e ele tivera um curto-circuito de desejo no cérebro.

Maggie, como se tivesse percebido o que ele pensava, esvaziou a copo e deixou-o na bandeja.

– Obrigada pela bebida, mas, se me disser o que quer comer ao pequeno-almoço, posso tê-lo pronto amanhã de manhã.

Observou-o e ele só pôde ver esses olhos azuis imensos e as duas manchas rosadas nas suas faces. Além disso, os seios subiam e desciam ao ritmo da respiração.

A química entre eles era evidente. Sabia que o desejava tanto como ele, a ela. Se era um perito em alguma coisa, era nas mulheres e no desejo.

– O pequeno-almoço não pode importar-me menos. A sério… vais fingir que não o sentes?

O coração de Maggie parou por um instante. Ouvira bem?

– Lamento muito, mas o que disse?

Ele sorriu com indolência e foi um verdadeiro pecado. Sentia que o peito e as faces começavam a arder.

– Ouviste-me, Maggie.

O seu nome dito por ele… acariciou-lhe a pele e deixou-a com pele de galinha.

– Não sei do que está a falar. – Engoliu em seco. – Se me desculpar, vou para a cama.

Virou-se, com um formigueiro na pele e o coração acelerado, ainda que, por outro lado, desejasse saber até onde poderiam chegar. Nenhum homem tivera esse efeito nela e não sabia o que fazer, como parecer indiferente e inalterável. Um homem como Nikos Marchetti comê-la-ia viva e, depois, cuspi-la-ia. Tinha a certeza disso.

Dirigiu-se para a porta, mas ele voltou a falar.

– Nem sequer… tens curiosidade? Não sabes como é incomum sentir uma química tão potente com outra pessoa?

Não! Nunca sentira uma coisa dessas e tinha um medo atroz. Era virgem e um homem assim incomodava-a.

Virou-se para ele.

– Acho que, esta noite, nesse evento, devia haver imensas mulheres desejosas de saber até onde chegava essa química.

– Não quero nenhuma dessas mulheres – ele fez uma careta de aborrecimento –, mas desejei-te assim que te vi e não me acontecia há muito tempo.

Maggie tremeu dos pés à cabeça antes de conseguir evitá-lo. No entanto, eram apenas palavras para a seduzir. Era apenas uma diversão passageira.

– Receio que tenha mais a ver com estar enfastiado do que comigo.

– Tens razão. Estou enfastiado e cético.

Deixou-a perplexa que lhe desse a razão, não o esperara de um homem como ele.

– Surpreendeste-me, Maggie – continuou ele. – Além disso, recordaste-me que não tenho de ser cético.

Nikos pousou o copo e aproximou-se dela, que estava colada ao chão.

– Não gosto de tolices. Persigo o que quero. Desejo-te como não desejo ninguém há muitíssimo tempo. Intrigas-me e alteras-me, mas, evidentemente, não é uma situação ideal. Aconteça o que acontecer, está para além do teu trabalho. Se quiseres, é algo entre dois adultos, uma decisão tua. Amanhã, vou apanhar o primeiro voo para Londres e não sei quando voltarei.

Maggie não recordava ter conhecido alguém que falasse com tanta franqueza, nem sequer a mãe. No entanto, tentou fazer o que tinha de fazer, apesar de ter o coração acelerado.

– Acho que não seria uma boa ideia…

Nikos Marchetti aproximou-se mais um passo, tanto que ela conseguia ver os reflexos verdes e dourados dos olhos dele, que conseguia sentir o seu perfume, que a atraía… Fez um esforço para dominar a vontade.

– É possível que tenhas razão. Normalmente, não misturaria o prazer com o trabalho, mas, neste caso, estaria disposto a correr o risco, se tu também estiveres.

– Não, não estou.

– Muito bem. Como queiras. Boa-noite, Maggie.

Saiu da sala e ela virou-se para olhar para ele. Mexia-se com agilidade e elegância. Tinha os ombros muito largos, a cintura estreita e as pernas compridas.

Quando desapareceu, Maggie respirou fundo e levou a mão à boca como se a tivesse inchada, como se a tivesse beijado… Não a beijara, mas teria gostado que o tivesse feito.

Resmungou em voz baixa. Nunca, nem nos seus sonhos mais desatinados, imaginara uma situação assim. Não podia viver mais isolada, mas, mesmo assim, um dos homens mais sensuais do mundo praticamente entregara-se a ela.

Desejava-a e ela nunca sentira essa atração física. Sempre achara que era um conto de fadas. Sempre se orgulhara de ser pragmática.

Sentiu outro calafrio, mas, dessa vez, não foi de desejo, foi um presságio. Não previra ficar ali para sempre, mas já tinham passado três meses e não se apercebera. Se não tivesse cuidado, podia acabar como a menina Havisham de Grandes Esperanças, embora ela não pudesse lamentar-se por uma relação frustrada porque não tivera nenhuma relação.

Nikos Marchetti não estava a propor-lhe uma relação, só queria explorar aquela atração mútua. Supunha que seduzir as mulheres que desejava fosse o normal para um homem como ele, sofisticado e experiente. Não parecia um homem que se privasse de nada. Tinha alguma coisa de mal? Também não fingira que havia mais.

Fechou as portas envidraçadas, pegou na bandeja com a garrafa de uísque e os copos vazios e desceu para a cozinha.

Nem sequer lhe tocara, mas sentia-se como se lhe tivessem injetado vitalidade. Sentia-se viva, tinha a pele sensível e ardente e o coração acelerado.

Amaldiçoou-se. Decidira há muito tempo que não seguiria os passos da sua mãe, que ficara deslumbrada por um homem poderoso que, depois, a ignorara como se não a tivesse conhecido. Prometera-se que nunca permitiria que a tratassem assim. Se alguma vez tivesse uma relação com alguém, seria com alguém como ela, alguém que gostava da vida simples, alguém que fosse responsável pelo que fazia.

Se alguma vez tivesse filhos, quereria que fossem criados de forma tranquila e seguros, não a questionar-se o que tinham feito para que o pai os rejeitasse por medo de que pudessem reivindicar a sua fortuna.

Queria que os seus filhos fossem criados com os dois pais. Sabia como era difícil fazê-lo sozinha. Passara um ano a cuidar da mãe e uma das últimas coisas que lhe dissera fora que lamentava não ter conhecido alguém para que tivesse um ambiente mais estável. Percebera como a mãe estivera sozinha.

Por isso, era ridículo pensar em Nikos Marchetti e na sua proposta descabida. Era algo que devia rejeitar sem mais explicações. Ele era a antítese do que ela sempre quisera. Era um homem rico e arrogante que comprava casas por capricho e que, depois, não as visitava.

Não estava à procura de uma relação duradoura, recordou-lhe uma vozinha na cabeça.

Não era preciso ter muita experiência para saber que um homem como Nikos Marchetti só procurava relações fugazes.

Não sabia o que fazer.

Seria assim tão mau deixar-se levar quando nunca fizera nada por egoísmo? Nikos Marchetti só estaria uma noite naquela casa e, a julgar pelos precedentes, não voltaria a vê-lo.

Sentiu um formigueiro por dentro e levou uma mão à barriga para o sufocar.

Talvez, se não o tivesse visto nu… Não! Não podia pensar nisso.

Apagou as luzes e subiu as escadas. O seu quarto era o mais modesto e era longe dos quartos principais, mas parou no patamar.

Podia ir para o seu quarto e fechar a porta. O mais provável era que Nikos Marchetti tivesse desaparecido quando acordasse de manhã. Desaparecida a tentação, os seus mundos não voltariam a encontrar-se. Vivia num círculo muito diferente do dele e, quando voltasse à casa, ela já teria mudado de emprego.

E continuaria a ser virgem.

Enquanto o assimilava, sentiu uma ousadia que nunca sentira. Nikos Marchetti oferecia-lhe algo imoral, mas também lhe oferecia vida e vitalidade e precisava de sentir essa força vital.

Os pés, quase como se tivessem vida própria, percorreram o corredor para o quarto de Nikos Marchetti. Parou ao chegar à porta e sentiu-se um pouco enjoada com a enormidade do que estava a pensar em fazer.

Levantou uma mão e viu que estava a tremer. Voltou a baixá-la. Não podia fazê-lo. Não tinha experiência suficiente para aceitar o que Nikos Marchetti lhe oferecia e sair ilesa. Tentava-a muito, mas comê-la-ia viva.

Virou-se… e encontrou o fogo.

Nikos Marchetti estava no corredor, nu da cintura para cima. Usava umas calças de desporto e uma toalha à volta do pescoço. Tinha o cabelo molhado, a cara corada e a pele brilhava. Vagamente, percebeu que estivera no ginásio.

Se tivera a força para resistir, já desaparecera. Ele aproximou-se e ela pôde sentir toda a sua virilidade.

– Maggie…

Ela desviou o olhar dos peitorais e levantou a cabeça.

– Sim…?

– Suponho que não tenhas vindo para saber se tenho tudo o que preciso…

Abanou lentamente a cabeça.

– Sabes o que estás a fazer?

Assentiu com a cabeça.

– Acho… Acho que sim.

Nikos Marchetti aproximou-se mais, tanto que ela pôde ver o brilho dos seus olhos.

– Tens de ter a certeza, não aceitarei outra coisa.

Sentiu um desejo muito intenso e muito profundo. Não podia voltar atrás.

– Tenho a certeza.

– Nikos… – acrescentou ele.

– Queres que diga o teu nome? – perguntou ela, pestanejando.

Ele assentiu.

– Nikos… – sussurrou Maggie.

Dizer o seu nome era incrivelmente íntimo. Ele já não era o dono dessa casa e ela não era a empregada. Eram iguais.

– Maggie, quando atravessarmos essa porta, fá-lo-emos como dois adultos que sabem o que fazem. Não tens de fazer nada que não queiras, não me deves nada por ser quem sou. Vais fazê-lo porque queres, porque ambos queremos.

Emocionou-a que quisesse certificar-se de que sabia o que fazia.

– Sei o que faço e quero fazê-lo – afirmou Maggie.

– Muito bem.

Nikos aproximou-se e deu-lhe a mão. Levou-a para o quarto, onde uns candeeiros projetavam uma luz dourada.

Soltou-lhe a mão e observou-a.

– Devia tomar banho…

Quase sentiu pânico só de pensar que se afastaria dela, mesmo que fosse por um instante, como se pudesse perder a coragem.

– Não, não é preciso.

Adorava como cheirava. Ele tirou a toalha dos ombros e atirou-a para uma poltrona.

– Anda.

Maggie deu um passo com um formigueiro na pele.

– Solta o cabelo.

Ela, como se estivesse a sonhar, soltou o cabelo, que caiu sobre os ombros. Era um cabelo denso, abundante e rebelde.

Ele segurou numa madeixa.

– Tens um cabelo incrível.

Nikos aproximou-a ainda mais. As pernas de Maggie tremiam. Rodeou-lhe o pescoço, pôs o polegar nas palpitações desenfreadas e levantou-lhe o queixo.

– Toca em mim.

Ela levantou as mãos e levou-as ao seu peito. Sentiu os pelos, o calor da pele e os músculos tensos. De repente, o quarto ficou sem oxigénio.

Nikos pôs-lhe a outra mão no braço, inclinou a cabeça e a sua respiração tocou-lhe nos lábios por um instante. Tudo parou enquanto esperava que a sua boca tocasse na dela. Tinha a ideia de que tudo seria diferente depois daquilo… Então, beijou-a e soube que era verdade.

Começou a arder.

Nada poderia tê-la preparado para o que sentiu. Nikos mexia a boca, seduzia-a, incitava-a a afastar os lábios para a conhecer a fundo.

Quanto mais profundo era o beijo, mais avidez sentia. Era como se tivesse jejuado até àquele momento. Agarrou-a pelo cabelo e inclinou-lhe a cabeça para trás para a beijar melhor. Ela aproximou-se mais. Procurava mais contacto intuitivamente, levada por um desejo primário.

Nikos mal aguentava o desejo. A boca de Maggie fora delicada e hesitante ao princípio, mas começara a ganhar confiança… Avivara-lhe o desejo como nenhuma outra e acabara com o aborrecimento.

Vibrava contra ele. Os seios abundantes estavam colados ao peito dele e desejava acariciar cada centímetro do seu corpo.

Desabotoou-lhe a camisa e abriu-a. Afastou-se um pouco, esbugalhou os olhos e resmungou com delicadeza. Ela continuava com os olhos fechados. Tinha umas pestanas muito compridas e a boca era carnuda e rosada.

Então, abriu os olhos, mas demorou um instante a focá-lo.

O desejo embargava-o. Quando fora a última vez que beijara uma mulher que reagia assim? Quando era um adolescente inexperiente?

Olhou para baixo e ficou com falta de ar. Tinha uns seios abundantes e erguidos. A cintura era estreita, mas alargava-se nas ancas. Representava uma sensualidade feminina que ela não sabia que tinha.

Baixou a cabeça, mas ele voltou a levantar-lha com um dedo no queixo.

– És impressionante.

Ela corou.

– Não sou nada de… especial.

Nikos teve de fazer um esforço para não a despir e penetrá-la.

– Garanto-te, és a mulher mais sensual que vi.

– Não tens de dizer coisas – replicou ela, num tom sério.

– Não o digo por dizer.

Era sincero. Normalmente, ia para a cama com mulheres tão seguras de si próprias que não precisavam de elogios, mas Maggie parecia… tímida.

Então, pensou numa coisa e ficou petrificado. No entanto, descartou-a imediatamente. Parecia inexperiente, mas, certamente, estaria a exagerar. Ninguém da sua idade podia ser assim tão inocente. Simplesmente, não era sofisticada e mundana.

Maggie questionou-se se suspeitaria como era inexperiente. Também soube, que se ia dizer alguma coisa, aquele era o momento. Devia dizer-lhe.

No entanto, conseguia imaginar como olharia para ela, com incredulidade primeiro e aborrecimento depois. Sentiu medo de que a rejeitasse. Talvez não percebesse…

– Nikos… desejo-o… desejo-te…

O olhar dela toldou-se. Tirou-lhe a camisa pelos ombros e pelos braços e deixou-a cair ao chão. Maggie tirou os sapatos com os pés, desabotoou as calças e tirou-as.

Estava em roupa interior e Nikos deleitou-se a observá-la. Nunca se sentira tão ávida e cerrou os punhos.

Nikos acabou de se despir num abrir e fechar de olhos e ficou nu. Observou-o e engoliu em seco. Era… duro e comprido.

– Acaricia-me, Maggie.

Queria acariciá-lo, mas, de repente, sentiu-se coibida. Esticou uma mão e acariciou-o com um dedo. Ouviu um gemido, mas não soube quem o deixara escapar. Não conseguia pensar com clareza, mas queria segurá-lo. Ele, no entanto, agarrou-lhe o pulso.

– Sinto-me em inferioridade de condições.

Maggie observou-o. Pôs-lhe as mãos nos ombros, virou-a e tirou-lhe o sutiã. Depois, tirou-lhe as cuecas.

Custava-lhe tanto respirar que estava enjoada. Ninguém a vira assim. Até tivera vergonha de se despir à frente da mãe.

– Vira-te, Maggie.

Virou-se lentamente e a olhar para o chão. Mordeu o lábio e viu que a mão se aproximava de um seio. Segurou-o e passou-lhe o polegar pelo mamilo, que endureceu imediatamente.

Mordeu o lábio com tanta força que sentiu o sabor a sangue. As sensações que a dominavam eram devastadoras. Era como uma tortura imensamente prazenteira.

Tinha os olhos semicerrados e as faces coradas.

Tentou expressar o que estava a sentir.

– Não consigo… Preciso…

Segurou-lhe o mamilo entre dois dedos. Ela agarrou-se aos braços dele para se segurar.

– Preciso de ti. Mais…

Nikos afastou a mão e ela quase gritou, mas levou-a para a cama ampla, a cama que fazia de lavado todas as semanas.

Não podia pensar nisso nesse momento!

Deitou-se ao seu lado e o clamor de vozes ávidas que ouvia na mente cessou quando a beijou. Acariciou-a exaustivamente. Foi deslizando a boca e deixando um rasto ardente à medida que se aproximava de onde mais o desejava.

Não pôde evitar arquear as costas quando pôs um mamilo no calor da boca. Tinha as mãos entre o seu cabelo e ele acariciava-lhe os mamilos com voracidade.

Quando continuou a deslizar, ela estava ofegante. Parou entre as suas pernas e afastou-as. Nunca estivera tão exposta ou à mercê de alguém e, no entanto, não se sentia vulnerável ou insegura, sentia-se maravilhada.

Observou-a e pareceu-lhe que tinha uma expressão perversa. Então, baixou a cabeça e sentiu-o… ali, no ponto mais íntimo do seu corpo.

Largou o cabelo dele e agarrou-se aos lençóis enquanto ele exibia a sua destreza. A certa altura, a sensação foi tão intensa que quis fechar as pernas, mas ele não deixou. Pôs-lhe uma mão na barriga como se quisesse acalmá-la enquanto a sua língua a explorava tão minuciosamente que estava atordoada.

Sentia-se cada vez mais tensa por dentro, aproximava-se de um ponto a que só chegara sozinha. Então, de repente, tremeu enquanto uma onda imensa de prazer brotava do centro do seu ser. Não esperara essa violência, era como uma força incontrolável que se apropriava do seu corpo.

Perplexa, levantou o olhar quando Nikos se elevou sobre ela. Ouvira que rasgava um papel de alumínio, olhou para baixo e viu que se protegera. Vibraram-lhe os músculos com um desejo renovado. O que estava a acontecer? Era insaciável!

– A tua reação é incrível – comentou Nikos. – Sabes como é excitante?

Maggie não conseguia falar e teve de abanar a cabeça.

Nikos pôs-se entre as suas pernas e afastou-lhe um pouco mais as coxas. Ela mexeu-se instintivamente para o receber melhor. Continuava sensível depois do arrebatamento de prazer, mas já desejava mais.

Observou-a e passou-lhe um braço por trás das costas para a arquear um pouco enquanto a penetrava.

Ficou com falta de ar e agarrou-se aos seus braços com os olhos esbugalhados enquanto tentava assimilar a sensação de estar unida a ele.

Nikos ficou quieto e semicerrou os olhos.

– Maggie… És…?

Ela, por puro instinto e para que ele não o dissesse em voz alta, rodeou-lhe a cintura com as pernas.

– Não pares, por favor…

A pontada de dor ia desaparecendo à medida que sentia Nikos dentro dela e poderia ter gritado de alívio quando começou a entrar e a sair. O seu corpo adaptava-se ao dele e seguiam um ritmo instintivo naquela dança intemporal.

Nikos levantou-lhe um pouco a coxa e mexeu-se mais depressa e com mais força e Maggie só pôde agarrar-se com todas as suas forças enquanto uma espiral de prazer a dominava por dentro e a elevava sem que conseguisse fugir… nem queria.

Arqueou as costas quando a tensão a imobilizou por um instante antes de alcançar o topo que a arrastou entre espasmos.

Nikos sabia que ela nem se apercebera de que ele também ficava tenso antes de explodir dentro dela com o maior clímax que alguma vez sentira.

Arrasara-o de tal maneira que esquecera a realidade que descobrira antes de ela o levar até um ponto irreversível.

Era virgem!

O segredo da donzela

Подняться наверх