Читать книгу Efata Abra-Se. Открой себя - Эмилия Ванди Сачитула - Страница 5
Efata Abra-se
Capítulo II
A vida é um mistério e uma grande escola
ОглавлениеAamizade na vida de Eliana começou no seio familiar, onde aprendeu a amar as pessoas independentemente dos defeitos de cada um, incluindo os seus próprios. Aprendeu a partilhar tudo com todos incluindo os vizinhos mais próximos, aprendeu a respeitar o silêncio dos outros e, bem como algumas tropelias «quem nunca na infância fez coisas que se envergonhasse um pouco que seja o primeiro a se aplaudir». Também foi dentro do convívio familiar onde presenciou injustiças, desapontamentos e insatisfação afetiva.
Começou amizades extra-familiares com alguns amigos da igreja, vizinhos e colegas. Ela sempre foi admirada em seu carácter meigo, alegre, saudoso, observador e de muita obediência; era muito criativa e até demais. Gostava de brincadeiras masculinas como jogar futebol, lutas marciais e outros. Sempre gostou de coordenar as actividades ou fazer relatórios, gostava muito de se atarefar e isto fazia com que ela focasse mais nas atitudes dos rapazes do que das meninas, porque as meninas da sua época só pensavam em cozinhar, lavar louça, brincar de casa e jogar garrafinhas, e ela queria debater temas relevantes, queria ajudar pessoas fazendo algo a mais para mudança da mentalidade de seus vizinhos e amigos; mas, quanto mais ela tentasse, mais os afastava. A maioria das suas amigas sempre foram muito bem apresentadas, ou seja, sempre tiveram melhores condições principalmente no que abrange a roupas e alimentação. Porém, isso não a incomodava, porque ela só queria ser amiga e aprender com elas, também queri mostrar-lhes um pouquinho do que achava importante para a vida. As amigas do seu bairro começaram a desaparecer como se fossem relâmpagos, não por motivo de deslocamento, nem por algum erro da parte de Eliana, apenas despertavam muito cedo para a vida e elas se afastavam como se Eliana atrapalhasse suas vidas fantásticas. Poucas se afastaram por mudança de cidade ou moradia; sua primeira e única amiga da infância se distanciou dela repentinamente, por alguns momentos parecia estar se reaproximando dela, mas quanto menos Eliana esperava, ela desaparecia de novo, e Eliana sem entender aceitou a situação de que não era uma pessoa com sorte na amizade; então decidiu conviver com todos sem enaltecer um e nem diminuir outro, ou ainda, criar iluzões sobre amizades verdadeiras. Decidiu ser uma boa companhia para quem aparecesse na sua vida caso reconhecesse que ela é apaixonada por Jesus e pelas obras da religião. Teve boas companheiras e que as considerou amigas, e mesmo quando estas se ausentavam Eliana não sofria muito por causa de sua decisão de ser feliz com todos e desfrutar cada momento que a vida lhe oferecesse no convívio com estas pessoas, muitas boas meninas apareceram no cíclo de amizade de Eliana, e muitas também desapareceram.
Quando Eliana terminou o ensino secundário, teve de mudar de moradia por conta do horário escolar do Ensino Médio, e esta mudança fê-la criar um novo ciclo de amizade, e desafiou-a a manter as amizades anteriores de forma saudável ― o que não foi difícil porque ela nunca teve problemas com suas amigas. No primeiro dia de aulas, ela simpatizou-se com uma jovem linda e simpática chamada Luana. Criaram laços de amizade muito forte e de muita parcialidade e união; apesar delas serem muito unidas e terem uma a outra, Eliana começou percebendo sua amiga meio que estranha, mas pela transparência de ambas e livre comunicação, fez ela entender o porquê ― porque parte do que se passava com Luana, ela já tinha conhecimento e vice-versa. Então decidiu não forçar nas perguntas e deixar com que sua amiga com o tempo lhe contasse tudo oque se passava. E no tempo certo, Luana contou o que se passava; Eliana não ajudava muito porque quase nunca tinha assuntos sobre sua vida pessoal ― não sabia o que contar, a não ser o que fazia durante o dia, ou partilhar suas experiências na igreja, sem contar sua timidez e seriedade, por fim disponibilizar seus ouvidos para ouvir sua amiga. Na maioria das vezes, elas iam à praia e comiam ovos fervidos das senhoras que vendiam, ouviam músicas, iam aos shopings. Mas poucas vezes passeavam. Isto é, nos dias livres. A convivência era mais nos dias de aula e Eliana se sentia satisfeita porque era feliz da forma que vivia.
Luana não era apenas uma amiga linda, era também uma mulher batalhadora. E isso alegrou muito o coração de Eliana, porque finalmente havia encontrado alguém que gostasse de desafios e de trabalhar.