Читать книгу Cherry Pie - George Saoulidis - Страница 17
ОглавлениеGOTA TREZE
No vestiário feminino, logo antes da partida, Cherry e Pickle se preparavam.
Hector estava encostado na parede, desviando o olhar e sendo discreto. Cherry não se importaria se visse o olhar dele, só um pouquinho. "Vê? Eu te disse que você poderia fechar o negócio," ele disse para Pickle.
"Sim... Eu consegui um bom valor também. É apenas um dia de pagamento, mas não é nada para se zombar," Pickle disse, vestindo o top.
"Hey, eu não sou de zombar do dinheiro recebido. Só não exagere, definitivamente não queremos uma lesão," disse ele.
"Venha me arrumar," disse Pickle, em pé.
"Claro." Hector aproximou-se dela e pegou as peças da armadura.
Cherry se animou com isso. "O que é isso, agora?"
Pickle falou em um tom alto demais para que Cherry fosse acreditar nela. "Oh, é só uma mania. Hector coloca minha armadura antes de cada partida." Ela acenou, rindo com desdém. "É para dar sorte."
Hector se ajoelhou e colocou as grevas em Pickle, encostando-se atrás das pernas para prendê-las no lugar.
Então ele se levantou, pegou o acolchoamento do peito, inspecionou por um momento, depois colocou-o no peito de Pickle, cobrindo seu exoesqueleto. Ele abraçou ao redor de sua cintura e apertou-o bem justo.
Então, ele pegou o escudo dela. Pickle esticou o braço e Hector deslizou o escudo por cima, permitindo que ela o segurasse no lugar apropriado. Ele apertou as correias tanto quanto preciso.
Então, ele pegou a espada dela. Poderia ser envolvida em espuma, mas Cherry sabia que Pickle poderia brandí-la como uma profissional. Hector colocou-a no cinto dela.
Então, ele pegou seu capacete. Pickle se inclinou para a frente em pose reverente, e Hector colocou o capacete, deslizando o cabelo para trás com a mão. Ela encontrou os olhos dele novamente, e ele amarrou no lugar. Não muito apertado, não muito solto. Na medida certa.
"Isso. Pronta para chutar uns traseiros, Pickle," disse ele, dando-lhe um sorriso.
Cherry não podia mais se conter. "Isso. Foi. Incrível!"
Os dois se viraram para ela, parecendo confusos.
"Eu vou desenhar essa cena quando voltarmos para casa." Então ela desviou o olhar e chutou o lado do banco. "Hey... Hector?"
"Sim?"
Ela segurou suas grevas com um dedo. "Você pode me vestir também?" ela perguntou, hesitando. "Só se você quiser, isso é..."
Os olhos de Hector pingaram entre as duas garotas. "Bem, com certeza, eu posso."
Ele andou até ela e se ajoelhou diante dela. Cherry era muito menor do que Pickle, e ela podia vê-lo na maneira como Hector podia alcançar a perna e amarrar as grevas sem se esticar. Ela olhou para o topo de sua cabeça enquanto ele a vestia, passando as mãos por seu acolchoamento e verificando as peças, puxando-as para a esquerda e para a direita e amarrando-as corretamente. Ela se inclinou para frente e cheirou o cabelo dele.
Suas mãos eram fortes e se moviam habilmente ao longo de seu corpo. Tudo se tornou uma névoa em sua mente e ela nem percebeu quando Hector colocou o capacete e amarrou-o sob o queixo.
Quando ele bateu no capacete dela gentilmente, ela foi sacudida de seu devaneio. "Tudo pronto. Pegue aqueles crânios, Cherry!" ele a animou com um gesto do tipo "você consegue".
"Ce-certo!"
Pickle e Cherry estavam no portão, esperando o sinal da partida. "Você... Hum... Também gostou quando ele fez aquilo?" Pickle disse. "Eu estou falando sobre o... Você sabe, lá atrás."
Cherry desmontou. "Você está de brincadeira? Eu senti arrepios por toda parte, estou praticamente molhada lá embaixo!" Ela passou as mãos pelo corpo, mexendo os dedos enluvados.
Pickle tossiu e virou para a frente. "Sim... Eu só acho que dá boa sorte, só isso."
"Claro que sim," Cherry brincou, olhando para ela. "Sem arrepios. Apenas pra dar sorte."
"O que mais poderia ser? E Hector sabe como amarrar uma armadura, isso é outra coisa prática," disse Pickle. "Faz sentido para ele fazer isso. Você sabe, evitar acidentes."
"Com certeza!" Cherry comemorou. "Com aquelas mãos poderosas em todo o meu corpo..." ela suspirou.
"Concentre-se no jogo, Cherry!" Pickle exigiu.
Cherry inspirou, depois expirou, estufando suas bochechas. "Estou concentrada. Estou molhada e concentrada." Ela pulou no mesmo lugar, adrenalina percorrendo as suas veias.