Читать книгу O Homem À Beira-Mar - Jack Benton - Страница 11
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ОглавлениеO exército, apesar de toda sua rigidez e regras, ensinou a Slim a desenvoltura, e o fez mestre de uma panóplia de disfarces que ele poderia assumir à vontade. Armado com uma prancheta, um caderno em branco e uma caneta emprestada sem prazo de devolução do correio local, ele bebeu durante algumas horas fingindo ser um pesquisador de documentário de história local, batendo de porta em porta, fazendo perguntas apenas para aqueles com idade suficiente para poder saber, desviando o assunto para distrair aqueles muito jovens para saberem.
Nove ruas e nenhuma pista substancial depois, ele voltou, bêbado e exausto, para uma chamada perdida de Kay Skelton no telefone fixo de seu apartamento, seu amigo tradutor do exército, que agora trabalhava como linguista forense.
Ele ligou de volta.
"É latim," disse Kay. "Mas ainda mais arcaico do que o normal. O tipo de latim que nem mesmo as pessoas que falam latim geralmente conhecem."
Slim sentiu que Kay estava simplificando um conceito complicado que ele poderia não entender, mas continuou a explicar que as palavras eram um chamado para os mortos, um lamento para um amor perdido. Ted estava implorando por uma lembrança, uma ressurreição, um retorno.
Kay tinha procurado a transcrição on-line e descobriu se tratar de uma citação direta, tirada de uma publicação de 1935 intitulada Pensamentos abrangidos pelos mortos.
"Provavelmente seu alvo achou o livro em um sebo," afirmou Kay. "Está fora de circulação há 50 anos. Que tipo de homem quer algo assim?"
Slim não tinha resposta, porque, francamente, ele não sabia.