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Palácio / Quinta da Bacalhôa

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A quinta de Vila Fresca foi paço real. Foi comprada pelo infante D. João, filho de D. João I, em 1427. Herdou-a sua filha, D. Brites, mãe do rei D. Manuel, que alargou as casas aí construídas e as usou durante as inúmeras paragens de repouso feitas no percurso entre o seu ducado de Beja e a corte.

Com Brás de Albuquerque—a quem o rei D. Manuel mandou mudar o nome para o do seu pai, Afonso de Albuquerque, para que a lenda do grande conquistador da Índia se eternizasse—esta quinta de recreio transformou-se numa verdadeira homenagem ao herói do Oriente. Num programa renascentista, perfumado pelos ventos das especiarias, enaltecem-se “aqueles que da lei da morte se foram libertando”, honrando a figura do Grande Albuquerque. Nesses longínquos tempos do século XVI construíram-se casas dedicadas aos prazeres da vida, juntaram-se espaços simbólicos e plantou-se uma vinha.

O vinho, símbolo de ressurreição, da natureza que se renova, dá uma prova de eternidade. O Bacalhôa continua os desejos idealizados por Brás de Albuquerque. Casa o prazer da contemplação com o gosto do eterno.

O extremo prazer de mistério e de descoberta, que ao longo dos últimos anos me tem feito viver uma dedicação especial ao Palácio e Quinta da Bacalhôa, levou-me a passar um pouco da sua história, através destes exemplares que partilho consigo.

Deste momento artístico de maior relevo em Portugal, apresentamos nesta oferta, o passado, o presente e o futuro da sua história com as verdadeiras reproduções das imagens existentes.

Convido-o a saborear os famosos vinhos do Palácio da Bacalhôa e Quinta da Bacalhôa, mostrando que o Palácio e Quinta da Bacalhôa continuam a marcar a história contemporânea de Portugal.

J. M. R. Berardo.

Inicios da Renascença em Portugal: Quinta e Palacio da Bacalhôa em Azeitão

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