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JESUS - O MÁRTIR I

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Homens insanos em desvairados delírios

Pediram o teu injusto e cruel suplício,

Numa cruz tosca, quiseram o teu sacrifício

Entre dores humilhantes e sangrentos círios.

Ninguém viu em Ti, Jesus, a tua pureza de lírio

E tu quiseste com o teu doloroso suplício

Trazer a todos os homens real benefício,

Salvando a humanidade com o teu martírio.

Bebeste o fel que da crueldade nasce e mana

Dos que te condenaram a tão triste martírio

Repleto de ignomínia da raça humana.

E tu Jesus, que podias abater a força romana,

Aceitaste com humildade o teu cruciante suplício

E ainda foste generoso com os homens, perdoando-lhes o calvário.

JESUS não foi apenas um homem de bela figura,

Vejo-o e sinto como uma nuvem vaporosa

Rescindindo a incensos e flores ardorosas

Que exalam de sua alma de pura candura.

JESUS é uma aragem fragrante que fulgura

De onde desprendem aromas de rosas cheirosas,

Brisa de intensa claridade bela e luminosa

Espargindo centelhas de luz que o transfigura.

E leve, volátil, vaporoso e de fina espessura,

Sobrevoa todos os lugares, corações e espaços,

É um vulto claro, intocável, de fraterno abraço

Aos homens, por amor, compaixão e ternura.

JESUS é o vento suave e o ar que canta e murmura

Melodias e canções de harpejos amorosos

Para dar aos aflitos, infelizes e angustiosos,

Bonança, paz e infinita brandura.

Magnificamente, seu espírito tem leve estrutura,

Dotado de imensa luz por JESUS ser generoso,

Trazendo consigo ventos suaves e bonançosos

De uma vida futura cheia de paz e ternura.

HOMEM

Poesias de Maria

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