Читать книгу Um Sonho de Mortais - Морган Райс, Morgan Rice - Страница 13
CAPÍTULO NOVE
ОглавлениеErec se inclina sobre a borda do navio e, ao olhar para baixo sob a luz de tochas, vê o mar cheio de cadáveres. Os corpos dos soldados do Império estão flutuando, todos mortos por Erec e seus homens e jogados para fora do barco. Enquanto ele assiste, lentamente, um de cada vez, os corpos afundam nas águas do mar.
Erec observa sua frota de navios e vê seus homens em todos eles, agora livres graças a Alistair, que havia partido as cordas que os mantinham presos. O Império tinha sido tolo em deixar apenas uma dúzia de soldados para proteger cada navio, acreditando ser invencível. Eles tinham estado em número bem menor e, assim que as cordas dos homens de Erec tinham sido soltas, matá-los e retomar o comando de seus navios tinha sido fácil. Eles haviam subestimado Alistair.
Eles também não tinham tido qualquer razão para temer uma rebelião, pois haviam cercado completamente todos os navios de Erec. Na verdade, ao olhar para cima, Erec vê que o bloqueio do Império, com seus mil navios, ainda está intacto. Não há qualquer lugar para onde eles possam fugir.
Quando mais trombetas soam e mais soldados do Império gritam no meio da noite, Erec pode ver as lanternas sendo acesas ao longo da frota. O Império, um dragão adormecido, está lentamente se organizando. Logo eles irão atacar os homens de Erec como uma serpente, estrangulando-os até a morte. Desta vez, Erec tem certeza, eles não terão qualquer tipo de piedade.
Erec pensa rapidamente. Ele examina os navios do Império, procurando qualquer ponto fraco no bloqueio, um lugar com menos navios. Quando ele se vira e olha para trás, Erec vê um lugar onde os navios do Império estão mais espalhados, com espaços de quase vinte metros entre eles. Aquele é o ponto mais fraco do cerco, embora, mesmo assim, o bloqueio não seja fraco. Aquela é certamente a melhor opção e eles não têm escolha, a não ser tentar atravessar.
"ESTENDAM AS VELAS!" Erec grita e, quando ele parte para a ação, suas ordens são repetidas e ecoam ao longo de toda a sua frota.
As velas são içadas e os homens começam a remar; Erec fica em pé na proa, seguindo na frente com seu navio e seguido de perto por sua frota. Ele olha para a frente, guiando o seu navio para o ponto fraco do bloqueio. Ele só espera que eles possam chegar até lá rápido o suficiente, antes que todos os navios do Império percebam e fechem o cerco. Se eles apenas conseguirem passar, eles alcançarão mares abertos diante deles. Erec sabe que o Império os seguirá de perto e que aquela provavelmente será uma perseguição que não será capaz de ganhar.
Ainda assim, ele tem que tentar. Alguns planos, até mesmo os planos mais imprudentes, são melhores do que sofrer a derrota e enfrentar a morte.
"Vamos conseguir passar?" Diz uma voz.
Erec se vira e vê Strom aproximando-se dele com a mão no punho de sua espada, ainda suja com o sangue dos soldados do Império que ele havia matado.
Erec dá de ombros.
"E por acaso temos escolha?" Ele responde.
Strom olha para o horizonte e permanece ao lado dele, inflexível.
"Quanto tempo até que eles percebam que estamos nos aproximando?"
Eles têm a sua resposta quando uma flecha passa zunindo pelo ar ao lado de Erec e Strom e encontra o seu alvo em um dos homens de Erec, apenas alguns metros atrás deles. O homem grita e cai de costas, segurando a flecha no peito e tentando puxá-la com as duas mãos. Ele fica tremendo no chão até a morte.
Outra flecha passa zunindo pelo ar, depois outra e mais outra. Erec e Strom não se abaixam e continuam em pé sem medo, recusando-se a mostrar medo.