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Construir uma escola de amplas visões

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A possibilidade de construir uma escola de amplas visões não é, contudo, nem deduzida nem simples. Actualmente a escola e os operadores dos serviços educativos 0-6 anos devem trabalhar na verdade cada vez mais diferenciadas e complexas, encontrando-se diante de um verdadeiro desafio que não é apenas aquele de aceitar e colher as diferenças presentes no seio dos Serviços Educativos, mas aquele de criar, na diversidade, um ambiente de aprendizagem para todos (cfr. Eleta, em colaboração com Iaccarino, 2017).

Hoje os serviços Educativos são chamados à causa para acolher a diversidade intrínseca de cada indivíduo e, portanto, os seus operadores deveriam ser preparados para compreender eficazmente a realidade das nossas salas de aulas: crianças com diversas condições de saúde psico-física, de diversas proveniências e origens étnicas, com diferentes hábitos alimentares... consideramos ainda mais as línguas... hoje os Serviços Educativos contam com uma presença significativa de crianças cuja língua materna é diferente do português e daí elas adquirem o português como L2.

Os Serviços Educativos para a primeira infância (0-6 anos) são também solicitados para acompanhar as famílias nesta nova aventura “parental”. Mas o que entendemos hoje em dia por “família”, quando ela encarna vários “modelos” e assume um carácter bastante complexo?

Os operadores dos Serviços 0-6 anos (e não só) devem intervir diariamente com famílias muito diversas entre elas, logo, com diversas exigências e necessidades. Encontramos, efectivamente, famílias nucleares, alargadas, recompostas, casais homossexuais, famílias monoparentais, com crianças adoptadas, com crianças sob custódia, com progenitores divorciados, mães adolescentes e acima dos quarenta anos.


Para poder oferecer espaços educativos abertos e inclusivos, é preciso estar em condições de responder a tal complexidade activando percursos específicos mas também adequadas modalidades operativas e relacionais que saibam acolher, compreender, fazer dialogar, valorizar e suportar as diversidades presentes no próprio seio (Cfr. Eleta, em colaboração com Iaccarino, 2017).

Por isso é necessário desenvolver novas competências lúdico-educativas e comunicativo-relacionais para compreender e reconhecer nas crianças e nas suas famílias uma pluralidade de saberes, para co-construir um património comum que se enriqueça, entre as outras coisas, dos vividos, das experiências e das competências dos vários actores em jogo.

Sem uma mente “aberta” (recuando à frase inicial) não seriamos capazes de criar, na diversidade, um Serviço significativo para todos os utentes.

O Fantoche Como Instrumento De Valor Educativo

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