Читать книгу O Diário De Um Gato Detective - R. F. Kristi - Страница 11
Оглавление11 Dias Até Ao Natal
Segunda-Feira De Manhã:
Nós fomos até casa do Monk para nos despedirmos dos nossos amigos que iam partir para os Himalaias.
O Solo e o Hobbs tinham imensa bagagem espalhada pelo hall de entrada. Eles iam levar os casacos de inverno e as botas para os manterem quentes nas montanhas altas dos Himalaias.
O Terrance tinha um casaco de malha polar bem quentinho e umas botinhas para proteger as patas dele das pedras afiadas e do frio.
Também se viam tendas robustas e uma caixa grande de mantimentos enlatados suficientes para duas semanas.
Coisas como frutas e vegetais e outros produtos que só se podem comer frescos iam ser comprados pelo guia deles no mercado, antes de fazer a viagem a pé.
O Terrance tinha comida enlatada especial e uma grande embalagem de biscoitos para cão.
O Fromage tinha-me dito que, quando a Mãe tinha sabido da viagem deles, tinha vindo trazer-lhes um bocado grande de queijo francês, bem embrulhado em papel de alumínio, para eles levarem na viagem.
Ele cheirou o queijo através da caixa e declarou que ele estava bem embalado lá dentro.
O Monk fez uma careta quando a sua família se preparou para partir.
Conhecendo o Monk há tempo suficiente, eu sabia que ele estava preocupado com a segurança da sua família, embora o escondesse. Ainda assim, a sua expressão, normalmente calma e bem-humorada, estava tensa.
“Fica bem, amigo, estaremos de volta antes que tenhas tempo de sentir a nossa falta”, disse o Terrance ao Monk.
“Não te preocupes muito com o Monk. Prometo-te que vamos fazer-lhe companhia até tu voltares”, sussurrei eu ao Terrance quando o Monk não estava a olhar.
“Toma conta de ti e traz toda a gente de volta sã e salva, de preferência incluindo o Raoul. Isso ia deixar o Polo doido de alegria”, acrescentei.
“Obrigado, Inca. Tivemos muita sorte por vocês se terem mudado para a casinha aqui ao lado”, ladrou o Terrance, enquanto me dava aquele sorriso meio de lado com a língua cor-de-rosa ao dependuro.
Pouco depois chegou um táxi preto e grande. O Lance, que tinha chegado entretanto, juntamente com o Hobbs e o taxista, carregaram o carro com a bagagem, e lá foram eles começar a sua viagem até ao Nepal.
Eu virei-me na ombreira da porta para olhar para o Lance.
Ele era um rapaz novo com cabelo castanho claro e olhos de um azul vivo. Estava vestido de maneira descontraída com umas calças de ganga e uma camisola e tinha, no seu todo, um ar de quem não leva nada muito a sério.
O Lance estava a observar a Cara de perto, levantando-a bem alto no ar, e pela cara dela dava para perceber que ela não gostava de estar a ser transportada por este estranho.
Depois ele virou-se para mim e levantou-me do chão para me examinar atentamente.
Perguntei-me qual seria a causa deste interesse repentino em NÓS, já que ele estava a ignorar completamente o Fromage.
Debati-me nos seus braços e escapei para o chão.
“Como te atreves a pegar em mim e examinar-me como se eu fosse uma cobaia num laboratório?”, pensei com os meus botões.
Fiquei com a sensação de que o Lance estava a tramar alguma.
“Vamos voltar para casa”, disse eu aos outros, para evitar estar perto do Lance mais tempo do que o estritamente necessário.
Depois de convidar o Monk para vir passar tempo connosco sempre que ele quisesse, deixámo-lo e ao Lance e corremos para casa, já que a Mãe devia estar a chegar para fazer o jantar.
Nós adorávamos fazer corridas. Eu sou pequena mas também sou rápida. Eu consegui ganhar tanto à Cara como ao Fromage e ser a primeira a meter a cabeça pela porta.
O Fromage tinha decidido não ir à loja de queijo nessa manhã, já que ele queria despedir-se do Terrance.
Mas até um dia longe da sua amada loja de queijo era demasiado para o Fromage.
Segunda-Feira De Manhã:
A Mãe estava a trabalhar no seu computador portátil, sentada com as pernas cruzadas no confortável sofá.
A Cara e o Fromage tinham tomado posse do tapete em frente ao sofá, e a Charlotte estava aninhada em cima do cachecol de lã do Fromage.
Sentada no meu lugar nas costas do sofá, atrás da Mãe, olhei para a minha família, e dei um grande bocejo. Como chefe do Reino Inca, este era o meu lugar favorito. E eu também gostava de ler o que a Mãe estava a escrever no computador.