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Capítulo 3


— Você acha que isso finalmente fará com que a Câmara Municipal de Perry o demita? — perguntou Alan, sentado no escritório de Billy.

— Com certeza espero que sim!

Quando Malcolm vomitou na cena do crime, Billy prendeu o delegado de polícia por embriaguez pública. Ele havia submetido o policial a todo o processo de prisão, incluindo inspeção de orifícios... para o caso de Malcolm ter algum contrabando, é claro.

Malcolm, por sua vez, percebeu que havia estragado uma cena de assassinato e estava arrependido... até a inspeção de orifícios começar.

— Ninguém vai enfiar nada na minha bunda! — rugiu Malcolm.

Vários policiais contiveram o delegado de polícia, e o carcereiro conduziu o exame conforme as instruções e com bruto entusiasmo.

O xerife então ordenou que Malcolm fosse colocado em uma cela particular.

Billy disse a ele:

— Fique contente por eu colocar você em uma cela particular, e não na ala geral! Agora cale a boca e deite na cama!

Godfrey Malcolm, manso e submisso, sentou-se na cama da cela.

— Quanto tempo você planeja deixá-lo lá, Billy?

Alan sorria.

— Dez anos!

Billy estava com raiva.

Alan riu alto.

Billy olhou para o velho amigo e começou a rir também.

— Ah, merda, provavelmente apenas vinte e quatro horas. Mas eu prestarei queixa. O nível de álcool no sangue era de zero ponto doze, e isso é considerado estar bêbado em qualquer estado.

***


— KATIE, QUERO QUE VOCÊ e eu tentemos entrar em contato com algumas... outras inteligências. Precisamos descobrir se esse assassino é sobrenatural ou humano.

Margo Sardis estava sentada à mesa da cozinha de Kate. Sua bengala com detalhes em prata estava plantada firmemente entre as pernas amplas, suas mãos enrugadas descansavam sobre o pegador. Katie mexia no forno, colocando para assar um bolo de morango. Ela olhou para a tia.

Margo Sardis era tia-bisavó de Katie Ballantine Blake. A irmã de Margo tinha sido bisavó de Katie, o que fazia de Katie uma Sardis... e uma bruxa, assim como a filha de Katie, Carol Grace. Katie havia descoberto recentemente esse fato, e Margo ficou encantada por finalmente compartilhar seu conhecimento com membros da família, que colocariam a magia em bom uso.

— Bruxas não são boas nem más — Margo disse uma vez — Eu tenho um certo relacionamento com Deus, e com seu inimigo também. Sou simplesmente... uma bruxa. Nem mais, nem menos. Katie, as bruxas são definidas por suas personalidades... assim como todo mundo.

Quando disse que precisava entrar em contato com outras "inteligências", Katie não tinha certeza se Margo se referia a boas inteligências... ou más.

— Que outras inteligências, Tia?

A boca de Margo se tornou uma linha sombria.

— Ambas.

Katie virou-se para Margo.

— Tem certeza?

Margo assentiu.

— E talvez precisemos... questioná-los.

Katie parecia alarmada.

— Tem certeza de que deveríamos?

— Somente se for necessário. Não quero acordar essa coisa em particular sem necessidade. Mas continua sendo uma possibilidade, Katie.

Margo balançou a cabeça em desgosto.

— Se eu não tivesse dado a Ricky Jackson o que ele pediu... e sim o que eu sabia que ele queria... Aquela porta para o Inferno nunca teria sido aberta!

Katie foi até a mesa, sentou-se e colocou uma caneca de café na frente de cada uma delas.

— Você não me disse que as coisas do Inferno costumam vir ao nosso plano de existência o tempo todo? Eles não teriam chegado aqui de qualquer maneira?

Margo balançou a cabeça.

— Sim, elas costumam, doce sobrinha. Mas não em tal quantidade! Ainda não acredito que deixei o orgulho me cegar dessa maneira!

Katie deu um tapinha na mão da idosa.

— Águas passadas, Tia. Não podemos fazer nada a respeito agora.

Margo murmurou:

— É, acho que não.

As duas mulheres ficaram em silêncio por alguns momentos, bebendo seu café.

Com uma voz baixa e ansiosa, Katie perguntou:

— O que eu preciso para o feitiço de chamar outras inteligências, Tia?

Margo sorriu e contou a ela.

***


O TURNO DE PHOEBE NA Mackie's começara havia uma hora.

Os clientes eram poucos e dispersos nesta manhã de dia útil. As coisas acelerariam mais tarde, mas Phoebe aproveitou esse tempo para espanar as caixas registradoras, estocar as sacolas e colocar novos estoques para compras por impulso nas prateleiras próximas às filas do caixa.

Phoebe estava tão absorta em seus pensamentos enquanto estocava as prateleiras de doces e impulsos, que um cliente precisou pigarrear alto para chamar sua atenção.

Assustada, Phoebe se virou e viu Tom Selleck parado na fila do seu caixa. Ou melhor, um Tom Selleck jovem .

— Ah, eu sinto muito! Eu estava perdida em meus pensamentos e não te vi! — disse Phoebe, enquanto corria para o caixa.

O homem abriu um grande sorriso que clareou o ambiente como uma lâmpada de 100 Watts, pelo brilho de seus dentes brancos. Phoebe até pensou ter realmente visto um brilho de luz refletido neles.

— Sem problemas. Não tenho pressa alguma.

Phoebe começou a passar as compras.

— Nunca te vi por aqui. Está só de passagem?

O homem sorriu.

— Não, planejo ficar por um tempo. Na verdade, estou procurando uma casa com um preço justo para comprar.

Phoebe, ainda passando as comprar, disse:

— Ah, não posso ajudá-lo com isso. Mas temos uma imobiliária na cidade, a Anderson Imóveis. Fica alguns quarteirões a leste da Praça do Fórum.

O homem assentiu.

— Obrigado. Talvez um dos meus funcionários já esteja lá.

Phoebe verificou os números exibidos em azul na tela.

— Cinquenta e sete dólares e trinta e dois centavos, senhor.

O homem deu a ela três notas de vinte e Phoebe contou o troco. Ao entregá-lo ao homem, ela disse:

— Obrigado, senhor. Volte sempre à Mackie's!

— Com certeza voltarei. Muito obrigado novamente!

O homem pegou suas sacolas com uma mão e acenou com a outra.

Phoebe se pegou imaginando quem seria aquele homem.

***


— VOCÊ TROUXE?

Mary Smalls estava quase pulando de emoção.

Carol Grace Montgomery, que logo será Carol Grace Blake, assentiu.

— Eu trouxe.

— Aaaaa, deixa eu ver!

As meninas estavam em um intervalo entre aulas no Colégio de Perry. Ambas eram calouras da nona série e ambas tinham treze anos.

— Eu não sei. Talvez devêssemos esperar até o almoço.

— Ah, pelo amor de Deus, Carol Grace!

Mary estava quase esmagando as mãos de tanta emoção.

Carol Grace pareceu considerar até que, finalmente, deu de ombros.

— Por que não? Provavelmente nem funciona mesmo.

A adolescente enfiou a mão na mochila. Quando ela retirou a mão, segurava um pequeno graveto com as dimensões aproximadas de uma baqueta. No entanto, parecia mais uma longa cavilha de madeira que uma baqueta, pois as duas extremidades eram retas.

Mary olhou para o graveto, quase com decepção.

— É isso aí?

Carol Grace assentiu.

— Essa é a varinha que a Tia Margo lhe deu?

— É sim.

— Posso segurar?

Carol Grace entregou a varinha para Mary.

Os olhos de Mary se arregalaram quando sentiu um forte formigamento correr por sua mão e braço.

— Uau! Essa coisa é forte, né?

— É sim. Me assustei na primeira vez que a segurei, mas Tia Margo disse que ela reage à magia dentro de cada um. Ela disse que é quase como um choque elétrico.

Mary assentiu vigorosamente.

— Foi o que imaginei no começo! Parecia que eu tinha agarrado uma cerca elétrica!

Ela examinou a varinha em todos os ângulos. Então olhou para Carol Grace.

— E agora? O que a gente faz com isso?

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