Читать книгу O Segredo Do Relojoeiro - Jack Benton - Страница 11

6

Оглавление

A chuva cumprimentou Slim na manhã seguinte, mas a Sra. Greyson estava com o humor mais alegre que ele já tinha visto quando ele contou que estava saindo.

"Não é o melhor dia para ir para a charneca, é?" disse ela. Quando Slim deu de ombros, ela acrescentou: "Digo, eu tenho um guarda-chuva que poderia te emprestar, mas você não vai poder usar em sua bicicleta e, de qualquer forma, o vento lá vai estragá-lo."

Slim considerou pedi-lo de qualquer maneira, mas decidiu arriscar com sua jaqueta normal. A Sra. Greyson ofereceu a ele um mapa velho, porém, com Trelee marcado como um ponto ampliado a um par de quadrados acima de onde Penleven havia recebido um pouco mais de espaço do que seu esparso agrupamento de casas merecia.

A estrada era como ele esperava de Cornwall em qualquer lugar longe da A30 ou A39: uma faixa sinuosa sem fim, que mal dava para dois veículos passarem, um emaranhado de esquinas cegas e convergências escondidas mergulhando para dentro e para fora de vales arborizados entre as colinas de terras agrícolas e charnecas. Sebes claustrofóbicas ocasionalmente se abriam para revelar panoramas rudes e belos de um espaço aberto enevoado, mas andando na escuridão lançada por árvores pendentes, tendo como única companhia o latido distante de um cachorro ou o canto de um pássaro, a imaginação de Slim começou a provocá-lo com imagens de corpos mutilados e anúncios de pessoas desaparecidas nos jornais de domingo.

Trelee, na fenda de estrada onde o mapa indicava que a aldeia deveria estar, era apenas uma dúzia de casas, espaçadas ao longo de meia milha de um trecho mais plano interrompido por portões em campos abertos com vista para Bodmin Moor. Algumas trilhas de fazendas desapareciam em vales escondidos, aglomerados de celeiros e casas de fazenda isoladas, revelando apenas telhados por entre as árvores sem folhas.

Slim acorrentou sua bicicleta a um portão próximo a uma placa do conselho anunciando TRELEE em letras confiantes, a grama ao redor cortada como se tivesse sido golpeada por uma vara, então continuou a pé, se perguntando se ele havia perdido a viagem. As três casas mais próximas eram bangalôs modernos afastados da estrada. Nenhuma tinha veículos do lado de fora, sugerindo que os ocupantes estavam trabalhando em alguma metrópole distante. Ele avistou alguns outros sinais de vida: alguns brinquedos de criança espalhados na garagem de uma casa, um gato elegante sentado na janela de outra.

Depois dos bangalôs, havia três chalés mais velhos, com paredes de pedra e telhados de palha, um pedaço de um documentário de viagem transportado para o meio do nada em Cornwell. Os dois primeiros pareciam vazios, portões trancados e caixas de correio lacradas, mas um velho vasculhava o jardim do terceiro, esvaziando os restos de plantas mortas em uma pilha de composto antes de empilhar as bandejas velhas.

Slim ergueu a mão em resposta a uma saudação educada.

"Gostaria de saber se eu poderia lhe tomar um minuto?" ele chamou.

O homem se aproximou. "Claro. Você é novo por aqui?"

"Estou visitando. Férias."

O homem assentiu de forma atenciosa. "Que bom. Eu teria escolhido algum lugar um pouco mais perto da costa, mas cada um com seu gosto."

Slim deu de ombros. "Estava barato."

"Isso não é nenhuma surpresa."

"Estou procurando alguém que possa ter conhecido Amos Birch," disse Slim, as palavras saíram antes dele realmente saber o que estava dizendo. "Estou ciente de que ele faleceu, mas me pergunto se ele talvez tivesse uma esposa ou um filho. Eu encontrei algo que pode pertencer a ele."

O homem ficou visivelmente tenso com o nome de Amos. "Se ele faleceu ou não, há controvérsias. Quem deseja saber?"

"Meu nome é Slim Hardy. Estou hospedado na Lakeview em Penleven."

"O que você encontrou?"

Slim achou que não havia razão para esconder nada. "Um relógio. Ouvi dizer que ele tinha um hobby."

O homem riu. "Um hobby? Quem te disse isso?"

"É só o que eu ouvi."

"Bem, meu amigo, se você encontrou um relógio de Amos Birch eu guardaria, a sete chaves."

"Por que isso?"

"Essas coisas são muito procuradas. Amos Birch não fazia por hobby. Ele era um artesão de renome nacional. Seus relógios valem milhares de libras."

O Segredo Do Relojoeiro

Подняться наверх