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III.

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Oh, como surge magestosa e bella,

Com viço da creação, a natureza

No solitario valle!—E o leve insecto

E a relva e os matos e a fragrancia pura

Das boninas da encosta estão contando

Mil saudades de Deus, que os ha lançado,

Com mão profusa, no regaço ameno

Da solidão, onde se esconde o justo.


E lá campeiam no alto das montanhas

Os escalvados pincaros, severos,

Quaes guardadores de um logar que é sancto;

Atalaias que ao longe o mundo observam,

Cerrando até o mar o ultimo abrigo

Da crença viva, da oração piedosa,

Que se ergue a Deus de labios innocentes.


Sobre esta scena o sol verte em torrentes

Da manhan o fulgor; a brisa esvaí-se

Pelos rosmaninhaes, e inclina os topos

Do zimbro e alecrineiro, ao rez sentados

Desses thronos de fragas sobrepostas,

Que alpestres matas de medronhos vestem;

O rocío da noite á branca rosa

No seio derramou frescor suave,

E 'inda existencia lhe dará um dia.


Formoso ermo do sul, outra vez, salve!

Poesias

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