Читать книгу Poesias - Alexandre Herculano - Страница 48
VII.
ОглавлениеMais que o homem feliz!—Quando eu no valle
Dos tumulos cahir; quando uma pedra
Os ossos me esconder, se me fôr dada,
Não mais reviverei; não mais meus olhos
Verão, ao pôr-se, o sol em dia estivo,
Se em turbilhões de purpura, que ondeiam
Pelo extremo dos céus sobre o occidente,
Vai provar que um Deus ha a estranhos povos
E além das ondas trémulo sumir-se;
Nem, quando, lá do cimo das montanhas,
Com torrentes de luz inunda as veigas:
Não mais verei o refulgir da lua
No irrequieto mar, na paz da noite,
Por horas em que véla o criminoso,
A quem íntima voz rouba o socego,
E em que o justo descança, ou, solitario,
Ergue ao Senhor um hymno harmonioso.