Читать книгу Guerreiro Místico - Brenda Trim - Страница 8
Capítulo Quatro
ОглавлениеCailyn sobressaltou-se quando Zander e Elsie entraram no quarto. Com o susto, Jace caiu da cama, afastando-se às pressas. A reação quase arrancou um punhado do cabelo de Cailyn, o que doeu como o inferno, mas ela logo sentiu falta do contato. Droga, queria rastejar até o colo dele e ficar ali para sempre.
Cailyn desconfiava que Jace não demonstrava para os outros a vulnerabilidade que lhe mostrava. Ela via claramente a criança indefesa, perdida, quando os pais foram mortos. A intimidade daquele momento os conectava, mesmo que ela sentisse que ele lutava a cada passo.
Zander os olhou com uma questionadora sobrancelha levantada. Cailyn se virou para a irmã e balançou levemente a cabeça. Zander percebeu a comunicação silenciosa e deixou passar.
— Estou pronto para visitar Elvis e questionar Zanahia sobre o feitiço em Cailyn. Quero que venha comigo, Jace. Ou Gerrick. Preciso de alguém que conheça magia – instruiu Zander.
— Eu irei – disse Jace, ao mesmo tempo em que Elsie perguntava:
— Quem é Elvis?
A pergunta de Elsie trouxe imagens do famoso astro do rock à mente de Cailyn, com seu terno de poliéster esmaltado. Ele poderia ser um sobrenatural e ainda estar vivo? Ela riu quando imaginou os lábios curvados do cantor com presas salientes.
— É um ogro sob a ponte Fremont. Controla um dos portais para o Reino das Fadas – respondeu Zander.
Tudo bem, nada do que Cailyn esperava. Em casa, ela possuía uma foto dela e de Elsie ao lado do ogro durante sua primeira visita a Seattle. Era difícil imaginar que a grande escultura de concreto fosse uma parte viva daquele reino. As coisas estavam ficando cada vez mais estranhas.
— Você quer me dizer que a estátua enorme é um ogro de verdade e protege um portal? Já disse isso antes: você realmente precisa de um manual explicando o seu mundo. Poderia usar um lugar-comum e chamá-lo de “Reino Tehrex para Leigos” – brincou a irmã, dando tapinhas no peito de Zander.
— Sim, é Elvis. E coloquei Gerrick nessa tarefa, companheira. Você deve ter o livro em cerca de uma década. – Zander se inclinou e beijou Elsie com um sorriso indulgente no rosto.
— Vocês começaram de novo? Destravem esses lábios, temos uma crise para lidar – deixou escapar Orlando, enquanto entrava na sala, seguido por cerca de metade dos guerreiros.
Cailyn percebeu a ansiedade no tom de Orlando e soube que ele não havia superado seus sentimentos pela irmã. O guerreiro era discreto e respeitava o relacionamento de Zander, mas o shifter felino não conseguiu esconder os sentimentos da telepatia de Cailyn. Era uma mensagem confusa, mas ela entendeu a essência da paixão dele por Elsie.
Cailyn olhou para os homens na sala e, de repente, se sentiu muito nua sob as cobertas. Como se estivesse lendo sua mente, Jace se inclinou, puxou o cobertor até o pescoço dela, alisando-o, a mão se demorando sobre sua coxa.
— Mais tarde, companheira – sussurrou Zander para Elsie com expressão sonhadora e apaixonada antes de se virar para o grupo. – Orlando está certo. Precisamos descobrir a cura para sua irmã. Enquanto Jace e eu estivermos fora, quero que todos vocês, exceto Bhric, saiam em patrulha, mantendo os ouvidos abertos para qualquer conversa sobre o acidente. Se tivermos sorte, uma das escaramuças se gabará das intenções de Kadir. Bhric, permaneça por aqui e fique de olho em Jessie – ordenou Zander.
— Sem problemas, brathair, mas Kyran não está aqui agora – disse Bhric, encostando-se na parede.
Não era necessariamente algo ruim que o outro Príncipe Vampiro tivesse partido. Seu comportamento mordaz assustava Cailyn.
— Onde diabos ele está? – Era impossível não notar a raiva no tom de Zander.
— Onde mais? No Bite – respondeu Bhric.
— Ora! Vou castrá-lo quando ele voltar. Nunca está aqui quando preciso dele – rosnou Zander. – Vão patrulhar seus setores, agora. – O quarto imediatamente se esvaziou com a ordem de Zander.
Elsie se virou nos braços de Zander e Cailyn pode ver que seu sorriso era forçado.
— Quer ligar para John, enquanto os caras estão fora? Tenho certeza de que seu noivo está preocupado com você.
O coração de Cailyn se contraiu ao pensar em John. Sentia-se culpada por não ter contado à irmã que havia rompido o noivado. Não quis arruinar a cerimônia de acasalamento da irmã e manteve segredo sobre a notícia. Agora não era a hora de lhe contar também. Cailyn não desejava lidar com o aborrecimento de Elsie até que estivesse se sentindo melhor.
Ela desviou o olhar da irmã, voltando-o para Jace. Notou como ele congelou ao lado dela, e os poucos no quarto o observavam. A tensão entre os dois poderia ser cortada com uma faca, e Cailyn não tinha dúvidas de que os demais sentiam a atração que um desenvolvia pelo outro.
— Hmmm, não tenho certeza se estou pronta para conversar com ele ainda – respondeu Cailyn.
Além de não querer contar à irmã, ela não queria ter que explicar na frente de todos, especialmente de Jace, por que havia terminado o noivado. Ela mesma não entendia totalmente os motivos. O que sabia era que, desde o momento em que Jace entrou no apartamento da irmã meses antes, algo dentro dela fez sua atenção se voltar para ele, prendendo-a, como um míssil teleguiado.
O corpo sexy dele a cativou e a levou a ter fantasias com um homem diferente de seu noivo. Era algo que nunca havia vivido e foi o que acabou levando-a a romper o noivado.
Cailyn encontrou o olhar de Elsie e viu descrença e confusão, fazendo sua culpa aumentar.
— Você tem razão. Eu deveria ligar para ele – admitiu.
Cailyn não estava ansiosa pela conversa. A última vez que havia falado com John, ela o rejeitara de novo e não queria piorar a ferida ainda mais.
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* * *
A virilha de Kyran se retesou quando ele colocou um grampo de metal no mamilo da mulher. A bela ninfa mordeu a tira de couro que mantinha na boca e choramingou. Ele amava o medo e a excitação nos olhos azul-prateados dela.
E odiava como o gemido dela alimentava seus desejos pervertidos.
Perdido na luxúria, apertou o outro mamilo e deu um passo para trás para admirar a imagem diante dele. As botas pretas de cano alto dela brilhavam enquanto ele examinava seu corpo, da cabeça aos pés.
Enquanto seu olhar subia pelo corpo dela, ele notou sangue escorrendo de um dos seios. Era a razão pela qual ele usava grampos de metal em vez de plástico. Dor e prazer. A visão do sangue enrijeceu ainda mais o seu membro. Ele se inclinou e lambeu o sangue da pele úmida, sentindo o gosto de sal misturado com cobre. Gemeu quando a pré-ejaculação vazou de seu pênis.
O sangue dela o remeteu ao limite do controle. Rudemente, ele agarrou-lhe as mãos e puxou-a para um banco. Ela tropeçou e caiu sobre a madeira, de bruços. Posição perfeita. Ele prendeu os pulsos dela nas algemas de couro sob o banco. A parte superior do corpo dela estava imóvel e seu delicioso traseiro, no alto. De novo, perfeito. Ele passou a mão pelas esferas brilhantes e bateu em uma delas. Ela gemeu, mas não foi o suficiente. Ele precisava de mais força do que sua mão permitia e Kyran virou-se para ver as opções.
Pulando a enorme cama de dossel, ele pensou em prendê-la ao X de madeira ou colocá-la no balanço pendurado no teto, mas decidiu que já se encontrava no limite. Estava sobre o fio da navalha e precisava fazer sua seleção antes de perder ainda mais controle. Ao longo da parede oposta havia uma variedade de chicotes. Ele caminhou rapidamente pelo quarto, as botas com bico de aço ecoando no chão de cimento. Percorreu os dedos pelas várias bengalas de madeira. Ele as pulou e decidiu que o chicote de nove pontas se encaixaria em seu humor atual.
Com a arma na mão, caminhou de volta para a mulher que esperava. Assim que ela estava dentro do seu alcance, sua mão arqueou para trás e as cordas bateram nas costas dela, provocando-lhe um profundo gemido, assim como um dele. Ele nem mesmo havia ordenado que sua mão atacasse. Estava mais tenso do que havia percebido.
Ele se abaixou e passou a mão nos pelos entre as pernas dela e encontrou a pele feminina molhada. Afrouxou a tensão nas tiras de couro e a virou. Bateu com o couro nos seios dela, apreciando os vergões vermelhos que imediatamente se formaram. Voltando para a cômoda, ele passou pelos brinquedos e outros apetrechos para pegar uma vela preta ali em cima.
A riscada de um fósforo a fez arregalar os olhos. Ela sabia o que estava por vir e ansiava por isso. Ele se aproximou dela e acariciou os seios inchados e vermelhos enquanto pingava cera negra em seu clitóris. Ela arqueou, em um movimento para trás e gritou.
Ele afastou a tira de couro de sua boca e abaixou-se para sussurrar em seu ouvido:
— O que foi?
— Mais, me chicoteie mais. Por favor, senhor – choramingou.
Ele se levantou e sorriu. Foi por isso que havia ido até aquele clube abandonado pela Deusa. O chicote atacou a carne dela repetidas vezes, ampliando sua excitação. Suas calças de couro já estavam na altura dos joelhos e o membro nas mãos antes mesmo que ele piscasse. Ele o estimulou com movimentos rápidos e, em seguida, a virou de costas. O traseiro dela era tão macio e carnudo… O chicote atingiu as esferas aveludadas, tornando-as vermelhas de um modo muito atraente. Ele empurrou o pênis para dentro do traseiro dela e parou.
Agarrando um punhado de cabelo, ele puxou a cabeça dela em sua direção e resmungou em seu ouvido:
— Diga-me, vadia. Diga-me agora.
— Hmmm… – gemeu ela de prazer, e ele sentiu o orgasmo dela começar. Ele puxou o cabelo dela mais uma vez e agarrou-o com força quando a raiva o percorreu. Ela deixou escapar: – Por favor, não me mate…
Ouvir essas palavras foi a deixa e ele entrou em um insensato e brutal ritmo punitivo de sexo, buscando um breve alívio das vozes que ecoavam de seu passado.
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* * *
— Isso pode ser a coisa mais desagradável que já vi. Acho que minhas retinas estão queimando – comentou Jace, enquanto ele e Zander seguiam pela North 36th Street, em direção à casa de Elvis sob a ponte Fremont.
Ele não fazia ideia de que ogros faziam sexo e gostaria de ainda ignorar esse fato. O corpo do ogro feminino era grotesco, o traseiro grande como uma casa. Elvis estava usando um carro pequeno como brinquedo sexual, empurrando-o para lugares onde nenhum carro deveria ir.
— Och, concordo. A Rainha vai ficar irritada porque seu portal está sendo usado como vibrador. Não creio que lhe diria que ela está rastejando por um dispositivo que foi enfiado no traseiro de um ogro – estremeceu Zander.
— Nunca tinha visto um ogro feminino antes – observou Jace, enquanto virava a cabeça para dar uma olhada, os olhos dirigindo-se das partes íntimas para o rosto –, e eu teria pago dois pedágios para evitar de ver essa maldita cena.
Zander riu e o olhou.
— Sim, eu também. Acho que ela é nova na ponte Montlake. Ouvi um boato de que houve uma nova transferência. Elvis parece ser um grande jogador.
— Isso é errado de muitas maneiras, amo. Devemos esperar que eles terminem ou devemos interromper? Não tenho certeza sobre os hábitos de acasalamento dos ogros e não temos a noite toda, mas também não quero acabar com a diversão dele. Ele poderia nos esmagar com um golpe de seu punho.
— Também não conheço os hábitos dos ogros, mas pelos sons frenéticos, acho que estão perto de terminar – observou Zander. – Vou estacionar aqui e iremos com calma até lá. Dessa forma, podemos detê-los antes que comecem outra rodada.
Jace pisou na calçada úmida, grato por ainda não estar muito frio naquele final de verão, e olhou de novo para Zander.
— Odeio que sua “Véspera da União Eterna” tenha sido interrompida. Sei que não está de castigo com Elsie, já que estão ocupados salvando a amada irmã dela, mas vocês deveriam ficar na cama por semanas. Estávamos fazendo uma aposta sobre quanto tempo vocês dois ficariam enfurnados nos seus aposentos. Perdi uma fortuna na minha aposta.
Um sorriso secreto surgiu no rosto de Zander, dizendo exatamente onde estavam seus pensamentos. Trancado em um quarto com sua bela companheira. Pela primeira vez, Jace ficou ciúmes do que Zander tinha com Elsie.
— Vou arrancar membro por membro daquele maldito demônio e retalhar suas entranhas por interromper o tempo que eu e ela deveríamos ficar juntos. Deveria estar dentro da minha Rainha agora, em vez de assistir esses ogros em atividade. Mas não, aquele maldito demônio teve que chegar e aumentar a aposta — vociferou Zander.
— Você se sente diferente agora que está acasalado? – perguntou Jace, olhando para Zander.
Quase que de imediato, Jace quis engolir essas palavras, mas não conseguira conter a curiosidade. Sabia que era algo que nunca experimentaria. Por que a Deusa daria a um homem arruinado como ele um presente como uma Companheira Predestinada?
— Sim, eu me sinto muito diferente. Como se pudesse derrubar os arquidemônios e suas escaramuças com uma flexão do dedo mínimo, então enfrentar os demônios no inferno sem derramar uma gota de suor. Essa nova força é revigorante. Nunca soube o que estava perdendo antes, mas ter nossas almas entrelaçadas é algo indescritível. Qualquer descrição que você recebeu sobre as mudanças sexuais pelas quais vai passar é deploravelmente inadequada – murmurou Zander.
Jace se perguntou como seria ejacular quando tivesse um orgasmo. Não que ele soubesse o que era ter um orgasmo. No ponto em que estava, ele se contentaria em ficar excitado sem vomitar. Infelizmente, estava condenado a desconhecer tudo isso.
Um berro, como o de um T-Rex, interrompeu a conversa.
— Espero que eles não tenham derrubado a ponte – admitiu Jace.
Zander riu.
— Pela expressão no rosto dele, eu diria que foi o grand finale. Ora, aposto que foi registrado na escala Richter dos humanos.
Ouviu-se o som de pedras se atritando e Jace percebeu que era Elvis falando.
— Essa é a caverna mais doce que saqueei por um bom tempo, querida. Tenho certeza de que está feliz por ter se transferido para cá – trovejou Elvis.
Essa era a ideia que ele fazia de uma conversa íntima? De repente, sua grande cabeça cinza girou na direção deles.
— Rei Vampiro, você tem sorte de não nos ter interrompido, ou perderia um membro ou dois – continuou Elvis, enquanto se afastava do ogro fêmea.
— Maldição. Perder um membro seria preferível a ter minhas órbitas sangrando pelo que vi. Elvis, você arruinou a felicidade da minha Véspera. Estou surpreso que a Rainha permita que você use seu portal dessa forma – rebateu Zander.
— A mágica que o portal tem provoca uma vibração irresistível. Não é verdade, Priscilla? – murmurou Elvis, ignorando Zander.
Jace estremeceu ao pensar onde aquele fusca tinha estado. Não havia alvejante suficiente para remover aquela imagem de seu cérebro.
— Hmmm, sim, provoca. Quem são essas criaturas bonitas, Elvis? – ronronou o ogro fêmea.
— Seu nome é Priscilla? Assim como Elvis e Priscilla Presley? – Jace deixou escapar.
— Sim, mas sou muito mais bonito do que aquela doninha humana. O que você quer? – perguntou Elvis, lacônico. – Temos muito que fazer antes que o amanhecer nos transforme em pedra.
Zander tirou um grande pingente de rubi do bolso e estendeu a oferenda para o ogro.
— Houve um incidente com a irmã da minha rainha e precisamos de uma audiência com sua Alteza.
— Oooh, isso é lindo – gritou Priscilla, e Jace estremeceu ao ouvir o tom.
Era como ouvir unhas arranhado um quadro-negro e o tom agudo não combinava com seu grande corpo.
Aparentemente, Elvis estava ansioso para voltar às suas atividades extracurriculares, pois não perdeu tempo, pegando o rubi e chamando a Rainha. Os olhos de Elvis brilhavam como prata, tornando-se maiores do que calotas e uma névoa envolveu a área ao redor do fusca.
O coração de Jace saltou de esperança quando Zander se inclinou e sussurrou:
— A Rainha virá se encontrar conosco.
Jace reprimiu o desespero quando a encantadora Rainha Fada emergiu do veículo. Distraído, ele se perguntou se a engenhoca cheirava mal, dado onde estivera.
— Zander Tarakesh, que surpresa. Não esperava vê-lo em uma noite tão importante. Espero que sua cerimônia de acasalamento não tenha sido interrompida – murmurou Zanahia, chamando sua atenção.
Os longos cabelos loiros da rainha fluíam livremente por suas costas e sua coroa de prata combinava com os olhos prateados. Jace nunca a tinha visto e teve que admitir que a Rainha Fada era hipnotizante.
— Vossa Alteza. – Zander curvou-se e pegou a mão de Zanahia, beijando os dedos pálidos. – A cerimônia foi concluída, mas nossa noite foi interrompida quando Elsie teve uma visão sobre a irmã, Cailyn. Vou direto ao ponto. Meus feiticeiros me disseram que Cailyn está sob algum tipo de feitiço das fadas, e como sabe, Aquiel é o responsável. Preciso da sua ajuda para revertê-lo.
— Fico feliz em saber que a cerimônia correu bem. Você deve me contar sobre a experiência. Certamente, há algo novo a ser aprendido, dada a singularidade de sua companheira. – O interesse da Rainha era sincero, mas Jace sentiu uma certa inquietação percorrer sua espinha com esse interesse.
Jace entendia a necessidade de política e sutilezas, mas sentia vontade de gritar. Não tinham tempo para aquela conversa. Cailyn precisava de ajuda naquele momento. Ele não havia sentido ansiedade ou medo desde sua prisão, mas havia sido golpeado por ambos em relação à condição de Cailyn. Quanto mais Cailyn ficava sob a magia, pior se tornava. Ele temia que quanto mais demorassem, maior a chance de ela não sobreviver. Era humana, e o tempo não era amigo dela.
— Com todo o respeito, Zanahia, não tenho tempo para compartilhar nada sobre meu acasalamento agora. Cailyn está com problemas e precisamos agir rapidamente para ajudá-la – interrompeu Zander. Jace ficou aliviado por Zander ter ido direto ao assunto.
— Sim, claro. Peço desculpas, estou tão curiosa sobre seu acasalamento quanto todos os demais. Afinal, foi um acontecimento importante. Com relação a Cailyn, temo não ser de muita ajuda. Tudo o que posso dizer é que a sua única opção é procurar a Rainha Vudu. No entanto, é uma viagem perigosa, quase impossível. Não posso dizer mais nada. Devo me proteger e proteger o meu povo, você entende – divulgou Zanahia, e então um sorriso irônico se espalhou por seu adorável rosto.
O sorriso continha mais veneno do que suas palavras inofensivas. Jace não parou para considerar o humor dela. Eles tinham um lugar por onde começar e, se os boatos fossem verdadeiros, a viagem para Marie Laveau seria mortal.
Até onde sabia, a Rainha Vudu era um mito. assim, ele não fazia ideia de como encontrá-la. Vasculhou o cérebro por outras opções, mas não havia nenhuma.
— Não temos tempo para ir a Nova Orleans e procurar Marie Laveau. Cailyn não está estável o suficiente para fazer o que certamente será uma jornada traiçoeira. Se não nos ajudar, ela vai morrer – praguejou Jace, impetuosamente.
O suor escorria por suas costas enquanto o coração martelava de ansiedade contra as costelas.
— Calma, Jace. Zanahia, certamente há algo mais que possa oferecer. Sei que não quer ver uma inocente sofrer – implorou Zander, tentando apelar para a empatia da Rainha.
Zander perdera a cabeça, se achava que aquela mulher iria dar-lhes alguma informação útil.
A Rainha fez uma pausa e juntou as mãos na frente do corpo.
— Realmente sinto muito, Zander. Não tenho mais nada a dizer – declarou, subindo mais uma vez no fusca e desaparecendo.
— Ah, isso é muito ruim, rapaz das presas. Agora, saia, a menos que vocês dois queiram nos observar – afirmou Elvis, enquanto agarrava os seios enormes de Priscilla e os apertava.
Eles não conseguiriam sair de lá rápido o suficiente.