Читать книгу O Escritor (Português Do Brasil) - Danilo Clementoni - Страница 5
Introdução
ОглавлениеO vigésimo planeta, Nibiru (o planeta de passagem), como foi denominado pelos sumérios, ou Marduk (rei dos céus), assim referido pelos babilônios, na verdade é um corpo celeste orbitando o nosso Sol num período de 3.600 anos. A sua órbita é substancialmente elíptica e retrógrada (gira em torno do Sol na direção oposta da de outros planetas) e nitidamente inclinada em relação ao eixo do nosso sistema solar.
Cada aproximação cíclica, com frequência, causou imensas turbulências interplanetárias no nosso sistema solar, assim como nas órbitas e na estrutura dos planetas em que consiste. Foi durante uma das suas transições mais conturbadas que o majestoso planeta Tiamat, localizado entre Marte e Júpiter, com uma massa de aproximadamente nove vezes a da atual Terra, rico em água e onze satélites, fora destruído numa colisão cataclísmica. Uma das sete luas que orbitam Nibiru atingiu o gigantesco Tiamat, cabalmente separando-o em dois e lançando as duas seções em órbitas opostas. Na transição seguinte (o "segundo dia" da Gênesis), os satélites remanescentes de Nibiru concluíram esse processo, destruindo completamente uma das duas porções formadas na primeira colisão. Os detritos gerados pelos múltiplos impactos criaram o que hoje conhecemos como "Cinturão de Asteroides" ou "Anel de Fragmentos", como veio a ser chamado pelos sumérios. Esse foi, em parte, engolido pelos planetas vizinhos. Júpiter, em particular, captou o grosso dos detritos, desse modo aumentando visivelmente a sua própria massa.
Os objetos do satélite nesse desastre, incluindo os sobreviventes de Tiamat, foram, em grande parte, "lançados" para órbitas externas, formando o que atualmente conhecemos como "cometas". A porção que sobreviveu à segunda transição então se posicionou numa órbita estável entre Marte e Vênus, levando consigo o último satélite restante e assim formando o que hoje chamamos de Terra, com a sua inseparável companheira, a Lua.
A ferida causada por esse impacto cósmico, que aconteceu há aproximadamente 4 bilhões de anos, ainda é parcialmente visível nos dias de hoje. A porção marcada do planeta está agora completamente coberta de água, no que hoje denominamos de Oceano Pacífico. Ele ocupa cerca de um terço da superfície da Terra, se estendendo por mais de 179 milhões de quilômetros quadrados. Ao longo dessa vasta área, praticamente não existem áreas de superfície, mas apenas uma grande depressão, com profundidades superiores a dez quilômetros.
Atualmente, a configuração de Nibiru é muito semelhante à da Terra. Dois terços estão cobertos pelas águas, enquanto o restante é ocupado por um único continente que se estende de norte a sul, com uma área de mais de 100 milhões de quilômetros quadrados. Por centenas de milhares de anos, alguns dos seus habitantes, aproveitando a aproximação cíclica do planeta ao nosso, nos fazem visitas sistemáticas, todas as vezes influenciando a cultura, o conhecimento, a tecnologia e até a própria evolução da raça humana. Nossos ancestrais se referiam a eles de muitas formas, mas talvez a que melhor os represente seja "deuses”.