Читать книгу Casamento por conveniência - Emma Darcy - Страница 6
Capítulo 2
Оглавление– Gina! Venha até aqui imediatamente!
Gina Terlizzi abandonou as flores que ajeitava num arranjo e correu para a sala da frente, sem entender porque é que a sua presença era solicitada com tanta urgência. Como proprietária da florista, a sua tia preferia lidar com os clientes pessoalmente.
O motivo estava ali, diante dos seus olhos, fazendo o seu coração bater mais depressa. Marco, o seu filho de dois anos e meio, estava ao colo de uma mulher de cabelos grisalhos e olhos escuros. Não era uma mulher qualquer, mas Isabella Valeri King, a lendária matriarca da família King.
A florista ficava em Cairns, e o Castelo de King estava localizado em Port Douglas, setenta quilómetros a norte, mas toda a comunidade italiana em Queensland conhecia e respeitava aquela mulher.
– É a mãe deste menino? – perguntou ela, com o rosto aristocrático a expressar reprovação.
Gina olhou para a criança que, no colo da septuagenária, parecia fascinada pelos cabelos brancos.
– Sim, sou eu. Marco, o que fizeste? Por que não estás no quintal?
O garoto sorriu, triunfante.
– Fiz uma escada de caixas e abri o portão.
O que significava que não podia voltar a ter a certeza da sua segurança ali na florista.
– Porque é que abriste o portão?
– Para andar de bicicleta.
– Ele estava na rua, a pedalar no triciclo a alta velocidade, e quase me atropelou – acusou a mulher.
– Lamento muito, senhora King, e agradeço-lhe por tê-lo trazido até aqui. Pensei que ele estivesse a brincar no quintal.
– O seu filho parece ser um grande empreendedor. Os meninos são aventureiros por natureza. É necessário ter sempre em mente essa característica e canalizá-la para actividades produtivas.
– Tem razão. Obrigada mais uma vez, senhora King.
A mulher olhava-a de maneira estranha, como se analisasse e catalogasse cada detalhe da sua aparência; os longos cabelos castanhos, a franja sobre a testa, os olhos cor de âmbar, a boca ampla, a estrutura óssea do rosto, o pescoço longo, os seios fartos sob a blusa sem mangas, a cintura estreita, as ancas largas, as pernas grossas e os pés delicados calçados por sandálias.
Era embaraçoso, como se estivesse a ser estudada por ser uma criatura descuidada que não se dava ao trabalho de cuidar do filho pequeno. O que não era verdade. Gina orgulhava-se de ser uma boa mãe. O problema era que Marco podia ser imprevisível e incontrolável em alguns momentos.
– Soube que é viúva.
– Sim, sou – respondeu Gina surpresa.
– Há quanto tempo?
– Há dois anos.
– Talvez o menino precise de um pulso masculino.
– Marco tem tios.
– Você é uma mulher jovem, atraente… Não está a ser cortejada por ninguém?
Qual era o problema daquela mulher, afinal?
– Eu… não conheci ninguém que…
– Era muito ligada ao seu marido?
– Sim.
– Isso não é bom para o menino. Passa a maior parte do dia a trabalhar, sem poder supervisioná-lo adequadamente, lutando pela sobrevivência, quando um marido poderia prover o vosso sustento e tirar essa carga dos seus ombros.
– Eu sei, mas… – Gina balançou a cabeça. Sabia que a tia estava a ouvir toda a conversa, e temia que se ofendesse. Afinal, o emprego em part-time na florista era um favor, especialmente porque podia levar Marco com ela todos os dias.
Se o menino passasse a criar problemas…
Maldição! Sabia que ouviria um sermão quando Isabella Valeri King partisse. No entanto, a senhora King parecia não ter pressa. Depois de ter feito o seu pequeno sermão, ela optou por um discurso diferente.
– Soube que também canta em casamentos.
– É verdade. – Como é que ela sabia tantas coisas a seu respeito?
– O seu agente enviou-me uma cassete com algumas canções. Tem uma voz adorável.
Finalmente a compreensão.
– Obrigada.
– Sabe que o Castelo King é usado para a realização de casamentos?
– É claro que sim! – Mas só para as cerimónias mais luxuosas e exclusivas.
– Estou sempre à procura de bons cantores, e há muito tempo que ando a pensar em testar uma voz poderosa no nosso salão de baile. Lá, a acústica é diferente da de um estúdio de gravação.
O salão de baile! Gina nunca estivera lá, mas as histórias sobre o castelo eram muitas. Estaria diante de uma oportunidade de ser contratada para cantar nos mais requintados casamentos? Poderia pedir um cachê muito mais alto. Afinal, teria de viajar de Cairns para Port Douglas, o que tornaria o trabalho mais caro. As possibilidades eram muitas e excitantes!
– Pode ir ao castelo no domingo à tarde?
– Sim. – Faria qualquer coisa para agarrar a sua grande oportunidade.
– Óptimo. Às três em ponto. E leve o menino consigo. – Ela olhou para Marco e, depois de uma certa hesitação, colocou-o no chão. Era surpreendente, mas ele permanecera quieto durante todo o tempo, sem tentar libertar-se como costumava fazer. Era como se estivesse fascinado pela mulher que falava com a sua mãe com tanta autoridade. – Tu vais visitar a minha casa com a tua mãe, Marco.
– Posso pedir a alguém para cuidar dele – sugeriu Gina, temendo que o comportamento imprevisível do filho pudesse prejudicar o seu teste.
A sugestão mereceu um olhar severo.
– Não faça isso. O seu filho é um menino encantador, e vou gostar de vê-lo a correr e a brincar na propriedade. Tomaremos chá e deixaremos a criança gastar energia junto à natureza.
– É… muito generoso da sua parte. Obrigada.
– Agora fica com a tua mãe, Marco. E não voltes a andar de bicicleta na rua. Não é seguro.
Obediente, ele aproximou-se de Gina e segurou a mão dela.
– Quantos anos ele tem?
– Dois e meio.
– Ele é ágil para a idade. E também fala muito bem. – O comentário revelava surpresa e admiração. – Deixei o triciclo ao lado da porta.
– Obrigada.
– Estarei à vossa espera no domingo. Às três.
– Estaremos lá, senhora King. E obrigada mais uma vez.
Faltavam dez minutos para as três da tarde. Gina parou o seu pequeno Honda Swift sob uma das pérgulas cobertas por parreiras que flanqueavam os degraus do Castelo King. Aquela era a área de estacionamento para visitantes, e o facto de o seu carro ser o único ali aumentava o nervosismo que a consumia.
Levava uma cassete com algumas canções gravadas na sua mala, mas talvez nem precisasse dela. Não sabia se cantaria acompanhada por alguma melodia ou se apenas a sua voz seria avaliada durante o teste. Bem, pelo menos tinha a cassete com o acompanhamento, caso precisasse dela. O espelho retrovisor comprovava que a maquilhagem estava intacta, embora fosse suave. Apenas delineador para realçar os olhos, rímel e batom. Lavara e secara o cabelo com o auxílio de uma escova, e as ondas suaves que emolduravam o seu rosto caíam sobre os ombros como um manto sedoso. Esperava ter a aparência de uma cantora profissional.
Marco tinha adormecido no seu assento de segurança. Gina vestira-o com calções azul-marinho, camisa às riscas vermelhas e brancas e calçara-lhe sandálias. Com os cabelos escuros e encaracolados e os olhos quase negros, a criança ficava encantadora usando cores fortes, e naquele dia estava especialmente lindo. Para ela, Gina tinha escolhido um vestido amarelo limão de corte direito e simples. Sem mangas, o traje possuía apliques em azul-marinho que lhe conferiam elegância e davam-lhe um ar profissional e chique. E precisava de confiança naquele dia.
Cautelosa, soltou o cinto de segurança do assento de Marco e acordou-o antes de o tirar do carro. Felizmente, ele nunca acordava mal-humorado.
– Estamos no castelo, mamã?
– Sim, querido. Vou fechar o carro e caminharemos até lá.
– Não consigo vê-lo.
– Espera um minuto. Temos de subir a escada.
Enquanto subiam os degraus, os olhos do menino permaneciam fixos na torre que dominava a colina. Havia uma lenda contando que Frederico Stefano Valeri construíra aquela torre para que a sua esposa pudesse ver os barcos a voltar do mar e os canaviais que ardiam durante a colheita.
– Podemos ir lá acima, mamã?
– Hoje não, querido. Mas vamos conhecer o salão de baile. Soube que há grandes bolas cobertas de espelhos penduradas no tecto, e a madeira que reveste o piso foi cortada de forma a criar desenhos interessantes.
Por todas as partes era possível ver samambaias, folhagens exuberantes e flores tropicais. Do lado da escada partia um caminho calcetado sobre um relvado impecável. Alguns metros à frente havia um alpendre sustentado por colunas graciosas, e logo depois dele abria-se a entrada para o castelo. Era uma área espaçosa em cujo centro havia uma fonte cercada por grupos de mesas e cadeiras. Num desses grupos estavam três pessoas, e Gina experimentou uma forte tensão ao reconhecê-las.
Alex King conversava com a avó. Alex King e a sua noiva. Vira a foto publicada no jornal que anunciara o noivado, e por isso podia identificá-los. O homem já tinha alguém especial na sua vida. Além do mais, nunca tivera uma oportunidade de conhecê-lo realmente. No entanto, se existia um homem capaz de fazê-la virar a cabeça e suspirar, esse homem era o «Rei do Açúcar».
Amara Angelo, o marido, e ele tinha sido a sua vida real. Alex sempre fora uma fantasia impossível. Mas, ao sentir o seu olhar atento enquanto se aproximava do grupo levando o filho pela mão, ela experimentava intensos arrepios e temia que todos pudessem ouvir as batidas do seu coração. Nunca vira homem mais belo! Grande e forte, ele possuía um ar de autoridade insuperável, como se fosse capaz de lidar com tudo o que surgisse no seu caminho. Definitivamente um rei, comparado a outros da sua espécie.
Ele sorriu para Marco, e o sorriso transformou os ângulos duros do seu rosto. Os olhos brilhavam para o seu filho, olhos surpreendentemente azuis, em contraste com a pele morena e os cabelos negros típicos da sua origem italiana. Os olhos claros deviam ter sido herdados do pai. De qualquer maneira, eles acrescentavam um carisma ainda maior à presença imponente de Alex.
Gina devia ter-se dirigido à ponta da mesa ocupada por Isabella, mas, sem pensar, atraída de forma magnética pela beleza perfeita de Alex King, caminhou na direcção oposta. Ele levantou-se para cumprimentá-la, e nesse momento Gina teve consciência do quanto era alto e forte. A sua cabeça mal conseguia alcançar a altura dos ombros largos.
– O meu neto, Alessandro – apresentou-o Isabella de onde estava. O sorriso benevolente aliviou a tensão e o temor de Gina. Pelo menos não fora rotulada de mal-educada ou grosseira. – E a noiva dele, Michelle Banks.
Gina assentiu e sorriu. A resposta foi um sorriso gelado formado por lábios carnudos e pintados de vermelho brilhante. A beleza da mulher era quase desmoralizante! Loura, usava os cabelos presos num carrapito clássico, realçando assim o rosto harmonioso e os olhos verdes e amendoados. O pescoço gracioso separava a cabeça de um corpo esbelto como o de uma modelo.
Ela usava uma camisola de tecido elástico e gola alta, e as cores vibrantes da estampa contrastavam com as calças pretas de cintura baixa. Um traje perfeito para mulheres de seios pequenos, ancas estreitas e curvas modestas.
Gina sentiu-se gorda. O que era uma estupidez, porque nunca fora sequer roliça. Tinha proporções diferentes das de Michelle Banks, certamente, mas era só isso. Então, por que o argumento não amenizava o peso que se instalara no seu coração? Aquele era o tipo de mulher com quem Alex King pensaria em casar. Com quem se casaria.
– Gina Terlizzi e o seu filho, Marco – Isabella concluiu as apresentações.
– É um prazer conhecê-los. – O tom profundo e sonoro provocou um arrepio nas costas de Gina. – Os Terlizzi sempre foram uma família de muito respeito. Continuam no ramo dos barcos pesqueiros?
– Quase todos os homens da família, pelo menos – respondeu ela, surpreendida por descobrir que Alex os conhecia.
Há muitos anos, o pai dele, Robert King, tinha financiado o início do empreendimento dos Terlizzi. O seu bisavô, Frederico Stefano Valeri, iniciara a tradição de oferecer financiamentos a imigrantes italianos interessados em estabelecer os seus negócios naquela região, onde os bancos se negavam a ajudá-los. Todos sabiam que os King estavam sempre dispostos a ouvir e discutir uma boa proposta, mesmo quando todas as instituições financeiras se negavam a considerá-la. A decisão final era tomada a partir da capacidade de sucesso do empreendedor, não nas garantias que ele podia oferecer, e ninguém jamais deixara de saldar as suas dívidas com os King.
– Tu és a viúva de Angelo, não? – indagou Alex em tom simpático.
Ela assentiu, atónita por ele conhecer também o nome do seu marido.
– Lembro-me de ter lido alguma coisa sobre ele ter ido buscar um navegante solitário cuja embarcação encalhou nos recifes.
– Uma tempestade surpreendeu-o no caminho. Os dois pereceram – contou Gina com a voz embargada pela emoção.
– Um homem corajoso. E uma perda dolorosa para ti e para o teu filho. Espero que a tua família esteja a cuidar bem de vocês.
– Oh, sim, muito bem.
– Que bom. A minha avó contou-me que vieste para cantar. Não queres uma bebida antes do teste? Por favor… – Apontou para as cadeiras vazias do outro lado da mesa, diante da sua noiva. – O que preferes? Vinho, sumo de fruta, água…?
– Água, obrigada.
– E tu, Marco?
– Sumo, por favor.
– Apenas meio copo, por favor – pediu Gina ao sentar-se. – Ele acaba sempre por entornar o líquido de um copo cheio.
– Entendo.
– É cantora profissional? – perguntou Michelle Banks.
– Canto em alguns eventos, coisas como casamentos, baptizados e outras festas, mas não posso dizer que vivo da minha música.
– Presumo que se tenha preparado de alguma forma – a mulher insistiu.
– Sim, fiz aulas de canto e participei de alguns concursos ao longo dos anos. Sempre consegui colocar-me entre os três primeiros qualificados.
– Então, por que não tenta a carreira artística?
– Nem todas as mulheres põem a carreira em primeiro plano – interferiu Isabella com tom seco.
Michelle encolheu os ombros.
– Se a sua voz é realmente boa, considero um desperdício não tirar proveito dela.
Porque é que a noiva de Alex sentia necessidade de colocá-la em evidência com as suas perguntas persistentes? Michelle tinha tudo o que outras mulheres podiam invejar, inclusive o homem que colocara um anel de noivado no seu dedo.
– Não era o tipo de vida que eu queria – respondeu Gina com sinceridade. – Quanto a ter uma boa voz – olhou para Isabella, – estou aqui para que a senhora King possa julgar se correspondo aos seus requisitos.
– E eu estou ansiosa para ouvi-la – afirmou a mulher com um sorriso animador. – Se canta mesmo como ouvi na cassete… – Isabella olhou para o neto. – Talvez queiras contratá-la para cantar no teu casamento, Alessandro.
Silêncio. Desconforto. Gina percebeu que a tensão que pairava sobre a mesa era anterior à sua presença. Quieta, sorveu alguns goles do copo de água e esperou pelo desfecho da situação.
Michelle Banks olhou para o noivo como se exigisse o seu apoio. Ele moveu-se na cadeira com evidente desconforto, mas havia paciência nos seus olhos.
– Nonna, já discutimos esse assunto. Michelle quer um harpista, não uma cantora.
– Já sei o que ela quer. E tu? Não tens vontade própria?
– O dia é da noiva.
– É essa a tua opinião, Michelle? Também achas que a cerimónia de casamento pertence apenas à noiva e que o noivo deve concordar com todos os seus desejos?
Michelle sorriu com frieza.
– Alex também gostou da ideia do harpista.
– Não acredito que uma harpa ou qualquer outro instrumento musical possa gerar o calor e a emoção proporcionados por uma voz humana.
– É uma questão de gosto. A harpa é muito elegante.
– Realmente. No entanto, creio que mesmo numa ocasião elegante e requintada deve haver espaço para demonstrações de afecto. Especialmente se a ocasião for um casamento. Afinal, trata-se de uma celebração de amor, não? – Virou-se para Gina sem esperar pela resposta. – Pronta para cantar?
– Quando quiser, senhora King. – Pegou na mala. – Trouxe uma fita com o acompanhamento necessário. Existe algum equipamento no salão de baile, ou…?
– Oh, sim, temos todo o equipamento necessário. Alessandro ligará o sistema de som e providenciará o controlo remoto para que possa parar a cassete entre uma canção e outra.
Gina sentiu o coração oprimido. Ele também estaria presente? Notou uma linha de aborrecimento na testa de Michelle, mas limitou-se a agradecer.
– Será um prazer – respondeu Alex King.
Teria uma audiência complexa. A noiva de Alex, por exemplo, já se mostrava propensa a um julgamento mais crítico.
Isabella levantou-se, um sinal de que todos deveriam fazer o mesmo. Gina removeu o copo das mãos de Marco e colocou-o em pé.
– Agora vamos ver o salão das bolas com espelhos, mamã?
– Sim, querido.
– Anda, Marco – Isabella chamou o garoto, estendendo a mão para que ele a segurasse. – Quero mostrar-te tudo enquanto a tua mãe se prepara para cantar para nós.
O menino aceitou o convite sem nenhuma hesitação, os olhos iluminados pelo entusiasmo. O que o tornava tão acessível àquela mulher, se normalmente era desconfiado e arisco com estranhos em geral? Era como se Marco se sentisse atraído pelo poder que emanava daquele corpo envelhecido, um poder conferido pelos anos vividos como matriarca de uma grande família.
Nem mesmo Michelle Banks ousaria desafiá-la, embora Gina pudesse sentir a hostilidade da jovem enquanto o grupo se dirigia ao salão de baile. De repente, teve a sensação de estar a ser usada como arma por Isabella. Seria apenas um instrumento numa batalha subtil travada contra a noiva do seu neto?
Esperava que não.
Precisava daquela oportunidade. Queria um contrato duradouro, uma fonte de rendimento estável através da qual pudesse construir um futuro melhor e mais sólido para ela e para Marco. Para isso, teria de ser aprovada. E as condições não eram as melhores, dadas as correntes eléctricas que a atingiam vindas de todos os lados. De alguma forma, tinha de ignorá-las e concentrar-se em cantar.
Além de tudo o que estava em jogo, odiaria fracassar diante de Alex King. Detestaria ser alvo da sua piedade e dar à sua noiva bons motivos para criticar a sua apresentação.
Tinha de cantar bem.
Ou morreria de vergonha e humilhação.