Читать книгу O Napoleão de Notting Hill - Гилберт Честертон, Gilbert Keith Chesterton, Лорд Дансени - Страница 5

Livro II
A Carta das Cidades

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Lambert estava de pé no lado de fora da porta dos aposentos do rei, atônico em meio a aquela agitação de espanto e ridículo. Estava de passagem para a rua, atordoado, quando James Barker cruzou com ele.

– Onde vai? – perguntou ele.

– Parar com toda essa tolice, é claro – respondeu Barker, e desapareceu dentro do quarto.

Entrou de cabeça, batendo a porta, e colocando seu incomparável chapéu de seda sobre a mesa. Sua boca se abriu, mas antes que pudesse falar, o rei disse:

– Seu chapéu, por favor.

Revolvendo os dedos, e mal sabendo o que estava fazendo, o jovem político o entregou.

O rei colocou-o em sua própria cadeira, e sentou-se nele.

– Um curioso costume antigo – explicou ele, sorrindo acima das ruínas. – Quando o Rei recebe os representantes da casa de Barker, o chapéu do último é imediatamente destruído dessa maneira. Representa a finalidade absoluta do ato de homenagem expressa na remoção do mesmo. Ele declara que nunca, até que o chapéu surja mais uma vez em sua cabeça (uma contingência que acredito firmemente ser remota), poderá a casa de Barker rebelar-se contra a coroa da Inglaterra.

Barker estava com o punho cerrado, e os lábios agitados.

– Suas piadas – começou ele – e minha propriedade.. – e, em seguida, explodiu com um palavrão, e parou de novo.

– Continue, continue – disse o Rei, acenando com as mãos.

– O que significa tudo isso? – exclamou o outro, com um gesto de racionalidade passional. – Está louco?

– Nem um pouco – respondeu o rei, agradavelmente. – Os loucos são sempre graves, enlouquecem por falta de humor. Está ficando muito sério, James.

– Por que não pode manter isso na sua vida privada? – queixou-se o outro. – Agora, tem muito dinheiro, e abundância de casas para bancar o tolo, mas no interesse público…

– Epigramático – disse o rei, apontando o dedo, infelizmente para ele. – Nenhuma de suas ousadas cintilações aqui. Quanto ao porquê de não fazer isso em particular, não consigo entender a sua pergunta. A resposta é de comparativa limpidez. Não o faço em particular, porque é mais engraçado fazê-lo em público. Parece pensar que seria divertido ser dignificado no salão de banquetes e na rua, e na minha própria lareira (eu poderia adquirir uma lareira) manter todos rindo. Mas isso é o que todos fazem. Todo mundo é sério em público, e engraçado em privado. Meu senso de humor sugere a inversão desta; sugere que se deve ser engraçado em público e solene em particular. Desejo fazer das funções de Estado, os parlamentos, coroações, e assim por diante, uma antiquada pantomina para o riso. Por outro lado, eu me tranquei sozinho em uma pequena despensa por duas horas por dia, onde sou tão digno que me sinto mal.

Por esta altura, Barker andava para cima e para baixo da sala, sua sobrecasaca batendo como as asas de um pássaro preto.

– Bem, você vai arruinar o país – disse secamente.

– Parece-me – disse Auberon – que a tradição de dez séculos está sendo quebrada, e a casa dos Barker está se rebelando contra a Coroa da Inglaterra. Seria com pesar (porque admiro a sua aparência) que seria obrigado a decorar a sua cabeça com os restos deste chapéu, mas…

– O que eu não consigo entender – disse Barker levando os dedos com um movimento frenético bem americano – é porque não se importa com nada exceto seus jogos.

O rei parou bruscamente o ato de levantar os restos de seda, deixou-os cair, e caminhou até Barker, olhando-o firmemente.

– Fiz uma espécie de voto de que não iria falar sério, o que sempre significa responder perguntas tolas. Mas o homem forte será sempre gentil com os políticos. “A forma de meus olhares desdenhosos a ridicularizar,

Foi preciso um Deus para moldar” se assim posso exprimir-me teologicamente. E por alguma razão que não posso compreender minimamente, sinto-me impelido a responder a essa pergunta de vocês, e para respondê-la como se realmente houvesse tal coisa no mundo como um assunto sério. Pergunta-me por que não ligo para nada mais. Pode dizer-me, em nome de todos os deuses que você não acredita, por que deveria me importar com outra coisa?

– Não percebe as necessidades públicas comuns? – gritou Barker. – Como é possível que um homem da sua inteligência não percebe que é do interesse de todos…

– Você não acredita em Zoroastro? É possível que negligencie Mumbo-Jumbo? – devolveu o Rei, com animação surpreendente. – Um homem de sua inteligência me vêm com esses malditos princípios de ética vitoriana? Se, ao estudar as minhas características e maneiras, você detectar qualquer semelhança especial com o príncipe consorte, lhe asseguro que está enganado. Será que Herbert Spencer o convenceu, ele nunca convence ninguém, ele nunca por um momento louco convenceu a si mesmo, que é do interesse do indivíduo se sentir um espírito público? Acredita que, se você governa seu departamento mal, terá alguma chance, ou a metade da chance, de ser guilhotinado, que um pescador sendo puxado de dentro do rio por um pique forte? Herbert Spencer absteve-se de roubo, pela mesma razão que ele se absteve de usar penas em seus cabelos, porque era um cavalheiro inglês com gostos diferenciados. Eu sou um cavalheiro inglês, com gostos diferenciados. Ele gostava de filosofia. Eu gosto de arte. Ele gostaria de escrever dez livros sobre a natureza da sociedade humana. Eu gostaria de ver o Lorde Chamberlain andando na minha frente com um pedaço de papel preso ao rabo do paletó. É o meu humor. Entendeu minha resposta? De qualquer forma, disse a minha última palavra séria hoje, e minha última palavra séria confio para o resto da minha vida a este paraíso dos tolos. No restante da minha conversa com vocês hoje, que espero ser longa e estimulante, proponho conduzir em uma nova linguagem de minha criação baseado em movimentos rápidos e simbólicos da perna esquerda – e ele começou a piruetar lentamente em volta da sala com uma expressão preocupada.

Barker percorreu a sala, depois dele, bombardeando-o com as exigências e súplicas. Mas não recebeu nenhuma resposta, exceto no novo idioma. Ele saiu batendo a porta novamente, e doente como um homem vindo em terra. Como ele caminhou pelas ruas se viu de repente em frente ao restaurante Cicconani, e por algum motivo levantou-se diante dele a fantástica figura verde do general espanhol, de pé, como tinha visto ele pela última vez, na porta, com as palavras em sua lábios: “Não se pode argumentar com a escolha da alma.”

O rei saiu de sua dança com o ar de um homem de negócios legitimamente cansado. Ele vestiu um casaco, acendeu um charuto, e saiu para a noite purpura.

– Irei me misturar com o povo.

Passou rapidamente por uma rua no bairro de Notting Hill, quando de repente sentiu um objeto duro batendo em seu colete. Parou, colocou o seu monóculo, e viu um rapaz com uma espada de madeira e um chapéu de papel armado, usando aquela expressão de temor satisfeito com que uma criança contempla a sua obra quando bate alguém de forma dura. O rei olhou pensativo por algum tempo o seu agressor, e lentamente pegou um caderno do bolso no peito.

– Tenho algumas notas para o meu discurso fúnebre – e virou as folhas. – Discurso fúnebre por assassinato político; idem, se por ex-amigo… hum, hum. Discurso fúnebre por morte nas mãos de um marido afrontado (e arrependido), discurso fúnebre para o mesmo (mas cínico). Não estou certo de qual seria adequado para o presente …

– Eu sou o rei do castelo – disse o menino, de forma truculenta, e muito satisfeito por alguma razão.

O rei era um homem bondoso, e gostava muito de crianças, como todas as pessoas que gostam do ridículo.

– Infante, estou contente por ser tão valente defensor da antiga e inviolável Notting Hill. Toda noite olhe acima, meu filho, onde levanta-se entre as estrelas, tão antiga, tão solitária, tão indizivelmente Notting. Enquanto estiver pronto para morrer pela montanha sagrada, mesmo que cercado por todos os exércitos de Bayswater…

O rei parou de repente, e seus olhos brilhavam.

– Talvez, talvez a mais nobre de todas as minhas concepções. Um reavivamento da arrogância das antigas cidades medievais aplicadas aos nossos gloriosos subúrbios. Clapham com uma guarda citadina. Wimbledon com uma muralha. Surbiton tocando o sino para chamar seus cidadãos. West Hampstead para a batalha com sua própria bandeira. Deveria ser feito. Eu, o rei, digo isso – e apressadamente presentou o menino com meia coroa, observando: – Para o fundo de guerra de Notting Hill – e então correu violentamente para casa com tal velocidade que as multidões o seguiam por milhas. Ao chegar a seu escritório, pediu uma xícara de café, e mergulhou em profunda meditação sobre o projeto. Finalmente, ele chamou o seu escudeiro favorito, o capitão Bowler, por quem tinha uma afeição profunda, fundada principalmente pela forma de seus bigodes.

– Bowler – disse ele – , não existe uma sociedade de pesquisa histórica, ou algo do qual sou membro honorário?

– Sim, senhor – disse o capitão Bowler, esfregando o nariz – , é um membro dos “Incentivadores do Renascimento Egípcio”, “Clube dos Túmulos Teutônico” , “Sociedade para a Recuperação de Antiguidades de Londres”, e …

– Admirável! – disse o rei. – O de “Antiguidades de Londres” é adequado. Vá para a “Sociedade para a Recuperação de Antiguidades de Londres” e fale com seu secretário, seu sub-secretário, seu presidente, e seu vice-presidente, dizendo: ’O rei da Inglaterra é orgulhoso, mas o membro honorário da Sociedade de Recuperação de Antiguidades de Londres é mais orgulhoso do que reis. Gostaria de dizer-lhe de certas descobertas que fiz no tocante as tradições negligenciadas dos bairros de Londres. As revelações podem causar alguma emoção, agitando memórias ardentes e tocar em velhas feridas em Shepherd’s Bush e Bayswater, em Pimlico e South Kensington. O rei hesita, mas o membro honorário é firme. Aproximo-me invocando os votos de minha iniciação, os Sagrados Sete Gatos, o Poker de Perfeição, e a Provação do Instante Indescritível (perdoem-me se misturá-los com o Clã-na-Gael ou algum outro clube a que pertenço), e peço que me permitam ler um artigo em sua próxima reunião: "As guerras dos bairros de Londres".’ Diga tudo isso para a sociedade, Bowler. Lembre-se com muito cuidado, pois é importante, e esqueci tudo completamente, e envia-me uma xícara de café e alguns dos charutos que mantemos para pessoas bem sucedidas e vulgares. Vou escrever o meu artigo.

A Sociedade para a Recuperação de Antiguidades de Londres encontrou-se um mês depois em um salão de ferro corrugado, nos arredores de um dos subúrbios ao sul de Londres. Um grande número de pessoas tinha se ajuntado lá sob grossos e flamejantes jatos de gases, quando o rei chegou, suado e genial. Ao tirar o sobretudo, perceberam que estava em traje de noite, com a liga da Jarreteira. Sua aparição na pequena mesa, adornada apenas com um copo de água, foi recebida com aplausos respeitosos.

O presidente (Sr. Huggins) disse que tinha certeza de que todos já tiveram o prazer de ouvir tais professores ilustres já há algum tempo (bravo, bravo). O sr. Burton (bravo, bravo), o sr. Cambridge, o professor King (uma exortação continuada), o velho amigo Peter Jessop, sir William White (gargalhadas), e outros homens eminentes que honram este pequeno empreendimento (aplausos). Mas havia outras circunstâncias que emprestam uma certa qualidade exclusiva para a ocasião presente (bravo, bravo). Até onde vai sua lembrança, e em relação a Sociedade de Recuperação de Antiguidades de Londres vai muito longe (aplausos altos), não se lembrava de que qualquer um de seus palestrantes que tivesse o título de rei. Ele iria, portanto, chamar o rei Auberon brevemente para tratar da palestra.

O rei começou por dizer que este discurso pode ser considerado como a primeira declaração de sua nova política para a nação.

– Nesta hora suprema da minha vida sinto que a ninguém, senão aos membros da Sociedade para a Recuperação de Antiguidades de Londres posso abrir meu coração (aplausos). Se o mundo ir contra minha política, e as tempestades de hostilidade popular começarem a subir (não, não), sinto que é aqui, com meus bravos recuperadores em torno de mim, que posso combatê-los melhor, com a espada na mão (altos aplausos).

Sua Majestade, em seguida, passou a explicar que, agora que a velhice se aproxima, propôs-se a dedicar sua força restante para trazer um sentido mais agudo de patriotismo local nos diferentes municípios de Londres. Como tão poucos deles conheciam as lendas de seus bairros próprios! Quantos havia que nunca tinha ouvido falar da verdadeira origem do Wink de Wandsworth! E que uma grande parte da geração mais jovem em Chelsea deixou de interpretar o velho Chuff Chelsea! Pimlico já não bombeava os Pimlies. Battersea tinha esquecido o nome de Blick.

Houve um breve silêncio, e então uma voz disse:

– Que vergonha!

O rei continuou:

– Sendo chamado, mesmo indignamente, a este grande papel, resolvi que, na medida do possível, essa negligência cessará. Não desejo glória militar. Não reivindico igualdade constitucional com Justiniano ou Alfred. Se posso passar na história como o homem que salvou da extinção alguns velhos costumes ingleses, se os nossos descendentes possam dizer que foi através deste homem, humilde como ele era, que os dez nabos ainda são consumidos em Fulham, e que o conselheiro da paróquia ainda raspa metade da cabeça em Putney, quando chegar a hora de descer até a última casa de Reis, vou procurar meus grandes pais com reverência mas não com medo no rosto.

O rei fez uma pausa, visivelmente emocionado, mas se recompôs, e retomou mais uma vez.

– Acredito que muito poucos de vocês, pelo menos, precisariam de mim para debruçar sobre as origens sublimes dessas lendas. Os próprios nomes de seus bairros testemunham para elas. Enquanto Hammersmith é chamado de Hammersmith, o seu povo vive na sombra do herói primordial, o ferreiro, que liderou a democracia da Broadway para a batalha até que enfrentou os cavalheiros de Kensington e derrubou-os no lugar que em honra do melhor sangue da aristocracia derrotada ainda é chamado Kensington Gore. Os homens de Hammersmith não deixarão de lembrar que o próprio nome de Kensington veio dos lábios do seu herói. No grande banquete da reconciliação realizada após a guerra, quando os oligarcas desdenhosos se recusaram a participar das canções dos homens da Broadway (que são até hoje de um caráter rude e popular), o grande líder republicano, com seu humor áspero, disse as palavras que estão escritas em ouro acima de seu monumento, ’Passarinhos que podem cantar e não cantam, deve-se fazê-los cantar.’ E a partir de então os cavaleiros do oriente foram chamados de Cansings ou Kensings. Mas vocês também têm ótimas lembranças, ó homens de Kensington! Mostraram que podem cantar, e cantar grandes canções de guerra. Mesmo após o dia escuro de Kensington Gore, a história vai não esquecer os três cavaleiros que guardavam a sua retirada desordenada do Hyde Park (chamado assim pelo esconderijo lá), os três cavaleiros por quem Knightsbridge foi assim nomeado. Nem vai esquecer o dia de sua reemergência, purificada no fogo de calamidade, purificada de suas corrupções oligárquicas, quando, de espada na mão, dirigiram o Império do Hammersmith de volta milha por milha, o empurraram até a Broadway, e o partiram, finalmente, em uma batalha tão longa e sangrenta que as aves de rapina deixaram seu nome acima. Homens o chamaram, com ironia austera, de Ravenscourt. Não devo ferir o patriotismo de Bayswater, ou o orgulho solitário de Brompton, ou que de qualquer outro município histórico, tomando estes dois exemplos como especiais. Eu os selecionei, não porque eles são mais gloriosos do que o resto, mas em parte por associação pessoal (eu mesmo sou descendente de um dos três heróis de Knightsbridge), e parto da consciência de que sou um antiquário amador, e não posso pretender lidar com tempos e lugares mais remotos e mais misteriosos. Não é para mim resolver a questão entre homens como Professor Hugg e Sir William Whisky se Notting Hill significa Nutting Hill (em alusão às madeiras ricas que já não a cobrem), ou se é uma corrupção de Notting-ill, referindo-se a sua reputação entre os antigos como um paraíso terrestre. Quando um Podkins e um Jossy confessam dúvidas sobre os limites do West Kensington (diz ter sido traçada no sangue de bois), não preciso ter vergonha de confessar uma dúvida similar. Vou pedir-lhes para me desculpar com o aprofundamento da história, e para me ajudar a lidar com o problema que hoje enfrentamos. Deve o espírito antigo dos municípios de Londres morrer? Devem nossos condutores de ônibus e policiais perder totalmente a luz que vemos tão frequentemente nos seus olhos, a luz sonhadora de

“Coisas velhas, infelizes e distantes

E lutas de muito tempo”

para citar palavras de um poeta pouco conhecido, que era meu amigo na minha juventude? Resolvi, como disse, na medida do possível, preservar os olhos de policiais e condutores de ônibus em seu presente estado de sonho. Pois o que é um estado sem sonhos? E o remédio proposto é como se segue:

– Para amanhã de manhã, vinte e cinco minutos depois das dez, se o céu poupar minha vida, pretendo fazer uma proclamação. Tem sido o trabalho da minha vida, e está semiacabado. Com a ajuda de um whisky com soda, vou terminar a outra metade à noite, e meu povo vai recebê-la amanhã. Todos estes bairros onde nasceram, e esperam colocar seus ossos, deverão ser restabelecidos em sua magnificência antiga, Hammersmith, Kensington, Bayswater, Chelsea, Battersea, Clapham, Balham, e uma centena de outros. Cada um deverá imediatamente construir uma muralha com portas para serem fechadas ao pôr do sol. Cada um deve ter uma guarda da cidade, armada até os dentes. Cada um deve ter uma bandeira, um escudo de armas, e, se conveniente, um grito de reunião. Não vou entrar em detalhes agora, meu coração está muito cheio. Eles poderão ser encontrados na proclamação em si. No entanto, todos deverão se inscrever nas guardas locais da cidade, para serem convocados por uma coisa chamada tocsin1

1

Hugmy-in-the-Hole = Abrace-me no buraco

Não existe “hugmy” em dicionários, mas soa similar a “hug me” (abrace-me)

O Napoleão de Notting Hill

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