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XI DESANIMO

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Que mimos me confortam?

Que doce luz me acena?

Eu tenho muita pena

De ter nascido até!


Quizera antes ao pé

D'uma arvore frondosa

Ter já em cima a lousa

E descançar emfim!


Alli, nem tu de mim

De certo te lembravas,

Nem estas feras bravas

Me iriam assaltar!


Alli, teria um ar

Mais puro e respiravel,

E a paz imperturbavel

De quem, emfim, morreu!


D'alli, veria o céo

Ora sereno e puro,

Ora toldado e escuro...

Ainda assim melhor,


Que este areal de amor

Onde ando ao desamparo,

Onde a ninguem sou caro

E nem, a mim, ninguem!


Alli passára eu bem

A noite derradeira

Á sombra hospitaleira

Que mais ninguem me dá!


Tu mesma, que não ha

Quem eu mais queira e ame,

Quem a minha alma inflamme

De mais ardente amor,


Os ais da minha dôr

A ti o que te importam?

Teus olhos nem supportam

A minha vista ao pé!


Que mimos me confortam?

Que dôce luz me acena?

Eu tenho muita pena

De ter nascido até!

Ramo de Flores acompanhado de varias criticas das Flores do Campo

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