Читать книгу Sem Saída - Блейк Пирс - Страница 8
CAPÍTULO CINCO
ОглавлениеRiley estava quase hiperventilando enquanto tentava entender o que estava acontecendo.
Certamente eu posso contestar essa decisão, Pensou.
A agência e o advogado poderiam facilmente reunir alguma evidência sólida do comportamento abusivo de Scarlatti.
Mas o que aconteceria nesse meio tempo?
Jilly nunca ficaria com o pai. Ela fugiria novamente – e desta vez poderia realmente desaparecer.
Riley podia nunca mais ver sua filha mais nova.
Ainda sentado, o juiz disse a Jilly, “Mocinha, acho que deveria ir ter com seu pai agora”.
Para surpresa de Riley, Jilly parecia totalmente calma.
Ela apertou a mão de Riley e sussurrou…
"Não se preocupe, mamãe. Vai correr tudo bem.”
Caminhou até onde Scarlatti e sua noiva estavam agora de pé. O sorriso de Albert Scarlatti parecia caloroso e acolhedor.
Assim que o pai estendeu os braços para abraçá-la, Jilly disse, "Tenho algo a dizer para você".
Uma expressão curiosa atravessou o rosto de Scarlatti.
Jilly disse, "Você matou meu irmão".
“O q-quê?” Scarlatti gaguejou. “Não, isso não é verdade e você sabe disso. Seu irmão Norbert fugiu. Eu já te disse muitas vezes…”
Jilly o interrompeu.
“Não, eu não estou falando do meu irmão mais velho. Eu nem me lembro dele. Estou falando do meu irmãozinho.”
"Mas você nunca teve um…"
“Não, eu nunca tive um irmãozinho. Porque você o matou.”
A boca de Scarlatti se abriu e seu rosto ficou vermelho.
Com a voz tremendo de raiva, Jilly continuou, “Parece que você acha que não me lembro da minha mãe, porque eu era muito pequena quando ela foi embora. Mas eu lembro. Eu lembro que ela estava grávida. Eu lembro de você gritando com ela. Você bateu no estômago dela. Eu vi você fazer isso muitas vezes. Então ela ficou doente. E depois já não estava mais grávida. Ela me disse que era um menino e ele seria meu irmão mais novo, mas você o matou.”
Riley ficou desconcertada com o que Jilly estava dizendo. Ela não tinha dúvidas de que cada palavra era verdadeira.
Eu gostaria que ela me tivesse contado, Pensou.
Mas é claro que Jilly deve ter achado muito doloroso falar sobre isso até esse momento.
Jilly agora estava chorando. Ela disse, “Mamãe chorou muito quando me contou. Ela disse que tinha que ir embora ou você a mataria mais cedo ou mais tarde. E ela foi embora. E nunca mais a vi.”
O rosto de Scarlatti estava reduzido a uma expressão feia. Riley podia ver que ele estava lutando com sua raiva.
Ele rosnou, "Garota, você não sabe do que está falando. Você está imaginando tudo.”
Jilly disse, “Ela estava usando seu lindo vestido azul naquele dia. Aquele que mais gostava. Veja, eu lembro. Eu vi tudo.”
As palavras de Jilly eram uma torrente desesperada.
“Você mata tudo e todos, mais cedo ou mais tarde. Você não pode evitar. Eu aposto que até mentiu quando me disse que meu cachorrinho tinha fugido. Você provavelmente matou Darby também.”
Agora Scarlatti estava tremendo todo.
As palavras de Jilly continuavam fluindo, “Minha mãe fez a coisa certa fugindo e espero que esteja feliz, onde quer que esteja. E se ela está morta, bem, está melhor do que estaria com você.”
Scarlatti soltou um rugido de fúria. "Cale a boca, sua cabra!"
Ele agarrou Jilly pelo ombro com uma mão e lhe deu um tapa no rosto com a outra.
Jilly gritou e tentou se afastar dele.
Riley levantou-se indo na direção de Scarlatti. Antes de chegar junto a ele, dois seguranças agarraram o homem pelos braços.
Jilly se libertou e correu para Riley.
O juiz bateu o martelo e tudo ficou silencioso. Olhou ao redor do tribunal como se não pudesse acreditar no que acabara de acontecer.
Por um momento, limitou-se a respirar pesadamente.
Então olhou para Riley e disse, “Senhora Paige, penso que lhe devo um pedido de desculpas. Tomei a decisão errada agora e a anulo.”
Olhou para Scarlatti e acrescentou, “Volte a falar e coloco-o na prisão.”
Olhando para os outros na sala, o juiz disse com firmeza, “Não haverá mais audiências. Esta é a minha determinação final sobre essa adoção. A custódia é concedida à mãe adotiva”.
Ele bateu novamente o martelo, se levantou e saiu do tribunal sem dizer mais nada.
Riley se virou e olhou para Scarlatti. Seus olhos escuros estavam furiosos, mas os dois seguranças ainda estavam de pé ao lado dele. Ele olhou para sua noiva, que parecia horrorizada. Então Scarlatti baixou a cabeça e ficou ali em silêncio.
Jilly se jogou nos braços de Riley, soluçando.
Riley a abraçou e disse, “Você é uma garota corajosa, Jilly. Eu nunca te vou deixar, não importa o que aconteça. Pode contar com isso."
*
A bochecha de Jilly ainda estava ardendo enquanto Riley discutia alguns detalhes com Brenda e o advogado. Mas parecia um bom tipo de dor e ela sabia que logo iria embora. Ela dissera a verdade sobre algo que guardra para si mesma por muito tempo. Como resultado, estava livre de seu pai para sempre.
Riley, sua nova mãe, levou-a de volta ao quarto de hotel, onde fizeram as malas rapidamente e dirigiram para o aeroporto. Chegaram com tempo de sobra para o voo de volta para casa e checaram suas malas para que não tivessem que carregá-las. Depois foram juntas ao banheiro.
Jilly ficou olhando no espelho enquanto sua mãe estava fazendo suas necessidades.
Um ligeiro hematoma estava se formando na parte lateral de seu rosto, onde o pai a atingira. Mas tudo ficaria bem agora.
Seu pai nunca mais poderia machucá-la. E tudo porque ela contara finalmente a verdade sobre seu irmão perdido. Só fora preciso isso para transformar tudo em volta.
Ela sorriu um pouco quando se lembrou da mãe dizendo para ela…
"Você é uma garota corajosa, Jilly."
Sim, pensou Jilly. Eu acho que sou muito corajosa.