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(DA 1.ª EDIÇÃO)

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O eminente bibliographo e meu prezado amigo Innocencio Francisco da Silva, historiando em breves linhas a vida quasi obscura de Braz Luiz d'Abreu, conclue com estas palavras: Se algum dos nossos romancistas actuaes se resolvesse a tratar o assumpto, affigura-se-me que a vida d'este nosso medico, com os curiosissimos incidentes que ficam apontados, lhe dariam sobeja materia para a fabrica de uma composição, onde mediante a lição dos escriptos, que nos restam de Braz Luiz, poderiam fundir-se habilmente especies mui interessantes para d'ahi resultar obra de cunho verdadeiramente nacional.

Os termos em que o convite é feito animam e ao mesmo tempo assustam. Comecei temerariamente a composição d'este romance: máo foi principial-o, que eu sou tão pouco cioso de aprimorar escriptos d'esta ordem, que não me fórro ao perigo de concluil-os e imprimil-os, ainda quando me desagradam.

Não direi o que penso d'este: assevero, porém, que não está de certo realisada a esperança do meu amigo Innocencio Francisco da Silva. Se a biographia do author do Portugal-medico é mina para locupletar romancistas, vão lá todos, que eu não toquei nos veios mais ricos.

Porto, 3 de março de 1866.

Camillo Castello Branco.

O Olho de Vidro

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