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VISÃO DE CAIANCO

Próximo de sua casa, em uma colina, tinha uma espécie de árvore que era maior que todas as outras da região, a maior de todas que Caianco já vira. Olhando para esta árvore, ele pensou que se usasse sua grande habilidade para subir até a copa da imensa árvore, ele poderia ver tudo que existia em volta do seu lar. E assim o jovem acordou cedo, comeu sua ratazana, que havia deixado defumando durante a noite, tomou muita água, e seguiu para subir a árvore. Ele sabia que faria um esforço enorme para conseguir chegar em seu topo e também sabia que um simples escorregão tiraria sua vida, mas a emoção de ver o mundo no topo da árvore falou mais alto que a razão de poder cair da árvore e morrer. E assim fez, com coragem e cuidado, escalou aquele tronco com bravura, chegou na copa da árvore, e não acreditava no que estava vendo, ele sentia como se estivesse sonhando com algo inexistente, com algo que nunca passou por sua cabeça que poderia existir. Nas alturas desta árvore, ele descobriu que há muito mais coisas neste mundo do que sua mente poderia imaginar, coisas que com certeza o deixara assombrado.

Caianco viu um novo mundo, como se fosse uma criação de sua mente. Neste novo mundo, ele viu uma grande quantidade de águas alojadas em um lado da terra, onde as águas se quebravam nas extremidades, formando uma espuma branca. Sobre as muitas águas, viu um imenso objeto que parecia flutuar na lâmina d’água. Sobre a terra firme, viu grandes coisas que pareciam ser moradas de algum ser, viu grandes objetos que se moviam entre caminhos e pontos brilhantes que pareciam pequenas estrelas. Muito assustado com o que vira, desceu da árvore rapidamente. Uma mistura de sentimentos tomou conta de todo seu ser e toda sua alma, ele tinha anseio para conhecer aquelas coisas, tinha medo do que não conhecia e vergonha de chegar a um lugar novo com a sua aparência tão horripilante. Em momentos decidia continuar ali na floresta com seus amigos lobos, em outros momentos pensava em se aventurar para descobrir o novo mundo. Sua mente estava confusa com o que deveria ser feito.