Читать книгу "Casamento de sociedade" Comprometida com um xeque - A Esposa Secreta - Kate Walker - Страница 9

Capítulo 4

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Rashid praguejou na sua língua e depois acrescentou umas quantas palavras em francês e em espanhol. Depois, aproximou-se de Jenna, furioso.

A dama de companhia aproximou-se.

– Excelência! – exclamou.

– Silêncio! – gritou Rashid.

A dama de companhia voltou ao seu lugar.

– Quero o nome desse homem! – gritou Rashid, fora de si.

– Bom, não o saberás – replicou Jenna. Afastou-se dele e acrescentou: – Rashid, sei que isso significa que não poderás casar comigo… que não quererás casar comigo… e lamento que isto estrague os teus planos, mas acho que será melhor que eu volte para a América e…

– Silêncio! – rugiu Rashid. – Trata-se de Brad?

– Não!

Ele anuiu. A reacção de Jenna tinha sido muito espontânea para ser uma mentira.

– Então, quem?

Ela abanou a cabeça, desejando ter novamente a sua longa cabeleira para dissimular o seu rosto ruborizado.

– Rashid, tenho que me ir embora – acrescentou, com desespero.

– Ainda não – ficou calado um momento. Depois comentou: – É inconcebível que te vás embora sem veres o teu pai. E deverias refrescar-te um pouco ante de ires embora – fitou-a de cima a baixo. – Não achas?

Ela estranhou que Rashid a deixasse ir-se embora tão facilmente. Talvez lhe tivesse dado a desculpa que lhe fazia falta para seguir com a sua vida de playboy, sem ter uma esposa ciumenta que observasse todos os seus movimentos.

E tinha razão. Tinha feito uma longa viagem. Estava calor e ela estava transpirada e pegajosa. Depois de tomar um banho iria ver o seu pai.

Estremeceu. Contaria Rashid ao seu pai o que acontecera?

– Sim, gostaria de tomar um banho e trocar de roupa e depois afastar-me da tua vida para sempre.

Rashid sorriu quase cruelmente. Era muito ingénua se pensava que podia deitar uma bomba como aquela e ir-se embora sossegadamente depois de ter causado uma devastação tão grande.

Ela pensara que o orgulho de Rashid se sentiria ofendido e aquela reacção dele tão descontraída quase que a magoava.

Rashid ordenou algo à dama de companhia e ela fez com que Jenna a seguisse.

Jenna seguiu-a pelos corredores e quartos do palácio até um quarto onde encontrou a sua mala fechada em cima de uma cama. E pôde respirar mais normalmente.

– Quer que fique para a ajudar? – inquiriu a mulher.

Jenna abanou a cabeça. Precisava de ficar sozinha para ordenar as suas ideias e emoções.

– Não, obrigada. Estou habituada a valer-me por mim mesma.

Jenna afundou-se na majestosa cama quando a mulher se foi embora.

Lembrou-se da expressão de fúria do rosto de Rashid e teve saudades da ternura com a qual olhara para ela antigamente.

Mas era demasiado tarde. Ela selara a sua sorte com as palavras que tinha dito e só tinha a esperança de que Rashid não as repetisse ao seu pai.

Fez um esforço para se levantar. Quanto antes acabasse com tudo aquilo, melhor.

Abriu a mala e retirou um fato tradicional de Quador. Ao vê-lo, relembrou velhos tempos. De certa maneira tinha tido saudades daquela ampla túnica de seda e daquelas calças que se vestiam por baixo da túnica.

Preparou um banho e submergiu-se na água da banheira. Fechou os olhos e descontraiu-se.

Quando acabou, voltou para o quarto envolta numa toalha.

– Ra…Rashid? O que é que estás a fazer aqui? – inquiriu, sobressaltada, ao vê-lo.

Ele tinha ido dizer-lhe que a ideia de que tivesse estado com outro homem tinha estragado a imagem que ele tinha dela, mas ao ver o seu delicioso corpo os seus sentidos tinham-se perturbado.

– Prefiro deixar à tua imaginação o motivo da minha visita – replicou Rashid.

E pensar que ele tinha rejeitado os favores de Chantal, enquanto que Jenna tinha estado com outro homem noutro lugar do mundo!

– Tenho a certeza de que a tua imaginação se sentiu muito estimulada nestes dias! Aprendeste muito com o teu amante americano? Talvez tenhas aprendido tantas coisas que as queiras partilhar comigo? – acrescentou Rashid.

– Já chega! – exclamou ela, perturbada pela expressão de desejo de Rashid e pela sua própria excitação.

– Porquê «chega»? Estou só a imaginar o que me acabaste de contar…

– Será melhor que te vás embora, Rashid. Vou vestir-me.

Rashid fitou-a com malícia.

– Mas isso seria opores-te aos desejos do teu governante, Jenna.

Ela levantou os olhos horrorizada.

– Não estarás a pensar…?

– Sim, claro… Não te quero ver vestida. O teu corpo nu é o que desejo. Desejo-te, Jenna… desejo-te agora. Já fiz de cavalheiro nobre durante demasiado tempo! Que parvo que fui!

Rashid movimentou-se na direcção dela e Jenna ficou imóvel, petrificada.

– Se tivesse sabido… – Rashid estendeu a mão e deslizou-a pelo pescoço nu de Jenna.

– V…vai-te embora – pediu ela, mas o seu corpo movimentou-se instintivamente para ele.

– Mas tu não queres que me vá embora… Desejas-me, Jenna. Sempre me desejaste. E vais desejar-me para sempre a partir de agora… Vais lamentar o que perdeste para o resto da tua vida! Essa vai ser a tua maldição.

Rashid puxou pela toalha e, ao ver o seu corpo nu, estremeceu. Era mais bonita do que sonhara!

Puxou por ela, abraçou-a e beijou-a.

Jenna sentiu o contorno do seu corpo viril através do seu roupão de seda e deixou-se levar pelo prazer das sensações.

– R…Rashid… – suspirou, a tremer, entrelaçando os seus dedos no cabelo dele, como sempre desejara fazer.

Rashid acariciou-lhe um seio, brincou com o seu mamilo.

– Rashid o quê? – inquiriu ele. – Rashid faz amor comigo? É isso que queres dizer?

Que Deus a perdoasse, mas era exactamente isso que ela desejava!

Rashid acariciou-a onde ela ardia por ele.

Ele era famoso pela sua capacidade de controlo, por fazer desejar uma mulher até que ela não pudesse mais, mas daquela vez não conseguiu refrear a sua paixão. Não conseguiu esperar.

Sem saber como, Jenna caíra sobre a cama, em cima da roupa. E agora ele dispunha-se a possuí-la.

Rashid! O seu belo e desejado Rashid seria dela, mas só daquela vez!

Ela desejava-o, sempre o tinha desejado. E, por uma vez, poderia saborear os prazeres do paraíso.

Jenna acariciou o seu queixo áspero. Rashid inclinou a cabeça para voltar a beijá-la e ela afundou-se num mundo de prazer.

Rashid colocou-se por cima dela, tão excitado que quase não se podia conter. O que é que tinha feito aquela mulher? Aquela Jenna desconhecida para ele?

Ele deixou a boca dela e inclinou a cabeça para beijar os seus seios, sentindo a amargura do que não podia ser. Poderia ter alimentado um filho seu com aquele seio! Aquela alegria poderia ter sido dela! E dele!

Mas aqueles pensamentos foram afastados pela paixão e pelo o desejo de a possuir.

E, quando Jenna deixou escapar um gemido de dor, ele pensou que o seu sexo era demasiado grande para ela, mas algo o avisou de que não se tratava só disso.

Rashid olhou para ela sem poder acreditar, enquanto ela deixava escapar uma lágrima dos seus olhos fechados…

Jenna afundou as suas unhas nos ombros de Rashid com recatado tremor. Aquele casto tremor avisou Rashid do que estava a acontecer.

Tentou refrear-se, mas já era demasiado tarde. Sentiu o estremecimento de um profundo e intenso orgasmo, tão devastador que pensou que morreria naquele momento…

O mundo pareceu parar um instante. Depois, pouco a pouco, a realidade ergueu-se perante ele.

Rashid sufocou um gemido e afastou-se dela como pôde, adivinhando a mancha que deixara a sua desfloração.

Apertou-a contra o seu peito, mas ela estava imóvel.

– Eras virgem – declarou.



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