Читать книгу Poesias de Maria - Maria Aparecida Ripari - Страница 16

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A ROSA E A VIRGEM

A rosa é das flores a mais bela,

Rainha do amor e da poesia,

Espargindo odor, que tanto inebria,

Tem na cor tanta beleza e magia.

Nas suas pétalas aveludadas e macias,

No tom róseo ou na cor vermelha,

A branca linda como o radiante dia

E a amarela tem da paixão a centelha.

Outra flor não é tão cheirosa, nem bela,

Por não ter da rosa a fina delicadeza,

Símbolo do amor e do bem querer

Pela sua imaculada, intocável pureza.

Só pode ser comparada à rosa

A virgem bela, tão pura donzela,

Que além de ser formosa como a rosa

Tem no seu ser, íntima pureza singela.

A virgem é a rosa moça pura

Que tem no sorriso alegria ao meio,

No calor de tanta singeleza candura,

Palpita de amor o seu ansioso seio.

E na sua languidez tão sublime

Que a embeleza e tanto fascina,

Somente o amor a exulta e redime

Trazendo-lhe luz na qual se ilumina.

No fogo vivo que tanto a abrasa,

Sedenta de amor e de carinho,

Nenhum anseio impuro embala

Que possa escurecer-lhe o caminho.

Nos seus profundos suspiros de amor

Mora a meiguice da sua aurora airosa,

Acalentada por sonhos de intenso fulgor,

Sorri, chora e ama a moça Rosa.

Tão linda, inocente e tão casta,

Nas faces virginais a cor do pejo,

Tantos encantos e volúpia arrasta

Dos seus lábios que só pedem beijos.

Quantos sonhos, quantas esperanças belas

A virgem guarda em ânforas cheirosas,

Como da rosa as perfumadas pétalas

Contém tantas essências ardorosas.

Têm dentro de si um céu semeado de rosas

A rosa e a flor, delicadas sutilezas,

Ambas infinitamente esplendorosas

Por terem tantas cândidas belezas.

Na bela flor e rosa e na pura moça rosa,

O amor traz ansiedade e vertigem,

A rosa flor sempre enflorando cheirosa

Para perfumar a pureza da rosa virgem.

Poesias de Maria

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