Читать книгу Poesias de Maria - Maria Aparecida Ripari - Страница 33
AMOR PERFEITO
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Pobre de ti que és ingênuo! Que tens a vontade escrava
De querer ter na vida um amor puro e perfeito,
Para depois ver num pântano de lodo desfeito
O encanto desse amor que tanto te deslumbrava.
Pobre de ti que és ingênuo! Que hoje com lágrimas lavas
A dor de um amor que julgavas puro e perfeito
E que agora num mar de lama emerso e desfeito
Vês o amor com que antes querias e tanto sonhavas.
O amor perfeito é pura ilusão, falsa quimera
Que satisfaz enganando o louco e insaciável desejo
De amar e ser amado por igual amor perfeito.
Pobre de ti, que és ingênuo! Escravo de tanta vontade quisera
De ter um amor igualzinho ao teu, com os mesmos harpejo,
Para ver depois a tua vontade frustrada por não existir amor perfeito.