Читать книгу Poesias de Maria - Maria Aparecida Ripari - Страница 38

AMARGO DESEJO

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Não ser poetisa e nem escrever um livro na vida

Este foi o meu amargo e tão triste tormento,

Vendo agora a minha esperança morrer desiludida

E o meu grande sonho desfazer-se ao vento.

Sei que partirei desta vida com a alma ferida

Por não ter tido o feliz e enternecido momento

De ver a luz do meu sonho brilhar resplandecida

E de sentir da esperança o prazeroso alento.

Não tendo sido a poetisa que sonhei, tão desejada,

Para mim foi o mais cruel e sofrido castigo,

Mas que até hoje esse desejo no meu coração ainda arde.

Envelheci! Não tenho mais tempo de reviver a ilusão sonhada,

Pobre crença que em mim morreu tão cedo,

Amargo desejo agora que morre comigo tão tarde.

Poesias de Maria

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