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Capítulo Três

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Os dois dias seguintes foram muito agitados. Laura estava a adaptar-se à sua nova vida como mãe e tanto ela como Ronan pareciam a ponto de dormir em pé a qualquer momento. Mas a felicidade reinava na casa e Georgia estava decidida a partilhá-la.

Sean tinha-a ajudado muito ao apresentá-la às pessoas da aldeia. A maioria vivia e trabalhava em Dunley e morava lá há várias gerações. E ainda que pudessem gostar da ideia de ter uma loja nova na aldeia, também mostravam uma certa relutância natural perante as coisas novas. Ainda assim, como Georgia não era uma completa estranha, quase todos mostraram mais interesse do que desconfiança.

– Uma loja de decoração?

– Pois é – respondeu Georgia a Maeve Carroll. A mulher de setenta anos tinha sido ama de Ronan há muito tempo e estava sempre a par de tudo o que se passava na aldeia.

Usava o cabelo branco preso num elaborado carrapito. Tinha as faces coradas do vento e olhos de uma pessoa inteligente. Com um casaco verde abotoado até acima e calças pretas, tinha um aspeto muito elegante, inclusive com aquelas sapatilhas de desporto cor-de-rosa.

– E desenharás coisas para decorar as casas das pessoas.

– Sim. E os escritórios. Posso tratar de tudo. Trata-se de deixar fluir o espaço, como no feng shui, mas de outra maneira.

Maeve enrugou o nariz e sorriu.

– Não há muito desse fing sut na aldeia.

Georgia sorriu com a pronúncia dela.

– Não importa. Haverá pessoas que queiram voltar a decorar a sua casa. E também encontrarei clientes em Westport e Galway...

– É verdade.

Georgia percorreu com o olhar a rua principal da aldeia, um lugar que adorava. Tinha poucas lojas, o bar Pennywhistle, uma frutaria, os correios e uma fila de casinhas de dois andares acabadas de pintar.

Os donos das lojas varriam as ruas todas as manhãs e tiravam os seus vasos de flores para a rua. As portas estavam pintadas de cores brilhantes, vermelho, azul, amarelo e verde, como se com aqueles tons pudessem suavizar os dias cinzentos de inverno.

Havia mais casas, algumas por cima das lojas e outras no extremo da rua que dava para as quintas locais. Dunley tinha aspeto de uma aldeia que tinha permanecido igual durante séculos, uma ideia que Georgia gostava.

Seria bom para ela ganhar raízes, sentir que pertencia a algum lugar. Depois do seu divórcio, tinha-se sentido tão... insegura. Tinha vivido em casa de Laura, tinha sido sócia do negócio de Laura. Não tinha nada que fosse somente seu. Aquele seria um novo começo, pensou, emocionada. Um novo capítulo da sua vida que escreveria ao seu ritmo e à sua maneira.

Na periferia da aldeia, havia um cemitério com campas que datavam de há cinco séculos ou mais, todas ainda cuidadas pelos descendentes dos defuntos. As ruínas de antigos castelos salpicavam o campo e, de vez em quando, conviviam com edifícios modernos.

Em breve, Georgia faria parte de tudo aquilo.

– É uma aldeia bonita – comentou ela com um suspiro.

– Pois é – afirmou Maeve. – Ganhamos um prémio em 1974. Desde então, o presidente da câmara não para de nos pressionar para que voltemos a ganhar.

Ela sorriu. Talvez sempre a chamassem de americana, mas esperava que o fizessem com afeto. Inclusive podia ser que um dia esquecessem que Georgia Page não tinha nascido ali.

Assim esperava. Era importante para ela. Precisava que aquele novo começo funcionasse.

– Adoraste este local, não foi? – perguntou Maeve, pousando os olhos no edifício vazio que havia em frente. Estava desocupado há dois anos, desde que o último inquilino tinha desistido de estabelecer ali o seu negócio e tinha ido para a América.

– Isso mesmo – respondeu Georgia, assentindo de forma decisiva. – Tem muito espaço.

– Muito – disse a mulher mais velha, espreitando para o interior por uma das janelas sujas. – O Colin Ferris nunca conseguiu tirar partido disto. Não tinha talento para os negócios. Pretendia vender coisas da Internet numa aldeia como esta.

Ao que parece, Colin não fora capaz de convencer os habitantes locais de que um cibercafé era uma boa ideia. E o tráfico de turistas não fora suficiente para que fosse rentável.

– A mim não me surpreendeu quando foi para a América – comentou Maeve. – Vai um e vem outro. É lógico, não é?

– Sim – afirmou Georgia, que não tinha pensado daquela maneira. Colin tinha ido para os Estados Unidos e ela deixava o seu país para ir para Dunley.

– Então, já decidiste o teu caminho?

– O quê? Ah. Sim. Acho que sim – respondeu Georgia, sorrindo. Tinha decidido alugar aquele edifício para o seu escritório e, talvez, dentro de um par de anos pudesse comprá-lo. A sua vida toda ia mudar e ela não voltaria a ser a mesma que Mike abandonou e deixou sem uma gota de autoestima.

– O nosso Sean também esteve muito ocupado, não foi? – observou Maeve. – Tem-te estado a ajudar?

Georgia olhou para a outra mulher com cautela. Ela e Sean tinham mantido a... relação deles em segredo. E numa aldeia do tamanho de Dunley, isso era quase um milagre. Mas se Maeve Carroll lhes prestasse atenção a eles, a aventura seria do domínio público.

E a idosa não era a única que começava a suspeitar. Laura tinha começado a lançar-lhe olhares, como se estivesse a perguntar-se o que ela e Sean faziam durante o tempo todo que passavam juntos.

– O Sean tem sido muito amável – sentenciou Georgia, tentando fingir indiferença. – Ajudou-me muito com a papelada para conseguir as autorizações necessárias...

– É um rapaz esperto, aquele Sean. Ninguém melhor do que ele para conseguir o que quer.

– Ah!

– A Maggie Culhane contou-me ontem que, quando estava a tomar chá no bar com o Coleen Leary, reparou que o Sean falava ao Brian Connor da casinha da sua mãe, que vai ficar vazia durante este ano.

Georgia suspirou. Era incrível como as notícias corriam em Dunley.

– Sim. O Sean pediu-lhe a casa para mim. Gostaria de viver na aldeia, se for possível.

– Entendo – murmurou Maeve, olhando para a sua interlocutora como um polícia à espera de uma confissão.

– Ah, olha, ali vem a Mary Donohue com as chaves da casa.

Salva pelo gongo, pensou Georgia, aliviada. Maeve era um encanto, mas ela preferia não estar na mira dela. Nem ela nem Sean precisavam de alguém que conhecesse o que partilhavam. Nenhum dos dois estava interessado em converter-se em alvos das fofocas da aldeia.

– Desculpa chegar atrasada – desculpou-se Mary. – Estive a mostrar uma quinta a um cliente. Chegou tarde e, depois, insistiu em percorrer cada centímetro da propriedade.

Mary afastou o cabelo ruivo da cara, tirou uma chave da carteira e abriu a porta do local.

– Bom. Se isto não for exatamente o que andas à procura, vou ficar muito surpreendida – indicou Mary, desviando-se para deixar passar Georgia.

Era perfeito, pensou Georgia, ao entrar. O chão era de madeira e, depois de polido um pouco, ficaria genial. As paredes precisavam de uma demão de pintura mas, no conjunto, o lugar era justamente o que procurava. Imaginou uma mesa, umas cadeiras e umas prateleiras com amostras do seu trabalho. Deitou um olhar rápido à cozinha que havia ao fundo, à casa de banho e à despensa. Já tinha visto o lugar uma vez, mas quisera voltar uma vez mais antes de assinar os papéis.

A sala central era comprida e estreita, luminosa graças a uma enorme janela que dava para a rua principal e para um café onde Georgia iria comprar o almoço todos os dias e tomar chá. Faria parte de Dunley e teria o negócio que sempre quisera ter.

Maeve passeou pela sala, inspecionando-a toda como se nunca a tivesse visto antes. Lá fora, dois ou três olhares curiosos começaram a olhar pelas janelas.

– Sim, é perfeito – afirmou Georgia com um sorriso.

Sean entrou a correr mesmo a tempo de ouvi-la. Sorriu e aproximou-se. Pousou as mãos nos ombros dela e deu-lhe um beijo, rápido e sonoro.

– Parabéns.

Georgia sentiu-se embriagada por aquele beijo fugaz e, ao mesmo tempo, preocupada que Mary e Maeve tivessem visto. No entanto, ele não parecia importar-se com isso. Se calhar, nem sequer se tinha dado conta, pensou ela.

– No meu tempo, para felicitar alguém conformávamo-nos em apertar-lhe a mão – murmurou Maeve.

– Também queres um beijo, Maeve? – ofereceu Sean, pegando na outra mulher ao colo e dando-lhe um beijo na boca antes de voltar a pousá-la no chão.

– Claro, Sean Connolly, tens sempre liberdade para beijar quem te aparece à frente.

– É verdade – disse Mary, piscando um olho a Georgia. – Na aldeia, tinha fama disso. Por isso, quando a minha Kitty era mais nova, eu prevenia-a sempre contra ele.

Sean levou uma mão ao peito, fingindo-se ofendido.

– És muito dura comigo, Mary Donohue. Sabes muito bem que a Kitty foi a primeira a partir-me o coração.

– Difícil partir algo que nunca foi usado – replicou Mary com um sobressalto.

Pela mudança de expressão quase impercetível de Sean, Georgia perguntou-se se as palavras de Mary não o teriam afetado mais do que parecia. Mas, um segundo depois, ele continuou a falar no mesmo tom de brincadeira.

– As mulheres bonitas foram feitas para serem beijadas. Não me podes culpar por fazer o que se espera de mim, não é verdade?

– Foste sempre um bajulador – repreendeu Maeve, ainda que sorrindo.

– Bom, então, está bem – observou Sean, olhando para Georgia e para Mary. – Ficas com isto?

– Sim. Assino já, caso a Mary tenha trazido os papéis.

– Aqui estão.

Georgia seguiu-a para assinar, enquanto Maeve e Sean as contemplavam afastar-se.

– E que traquinice tens em mente desta vez, Sean Connolly? – sussurrou Maeve.

Sean não olhou para a idosa. Não conseguia afastar os olhos de Georgia. Durante duas semanas, a recém-chegada tinha ocupado todos os seus pensamentos. Desde a primeira vez que a tinha tocado, não conseguia deixar de desejar voltar a fazê-lo. Também não quisera beijá-la assim à frente de testemunhas, sobretudo, de Maeve... mas não conseguira conter-se.

– Não sei a que te referes, Maeve.

– Claro que sabes.

– Esquece, Maeve. Só vim ajudar.

– Ok, como se tu fosses sempre tão prestável.

Sean lançou-lhe um olhar rápido e suspirou. Não havia maneira de esconder o que fosse de Maeve Carroll.

Franzindo a testa, Sean virou-se para Georgia, observando-a, enquanto ela lia o contrato. Era uma mulher de estatura pequena, mas tinha as curvas no sítio. Estava muito bonita com aquelas calças de ganga justas e a camisola vermelha que vestia. Parecia cheia de vida, ainda que tudo à volta parecesse tão cinzento como o céu de Dunley.

– O Ronan diz que não tens ido visitá-lo.

– Ah, bom, quero dar-lhes tempo para se acostumarem a estar com a Fiona. Não precisam de pessoas a entrar e a sair a toda a hora.

– Tu nunca deixaste de entrar e sair desde que eras miúdo, Sean – replicou Maeve. – Tenho curiosidade em saber por que andas tão ocupado ultimamente.

– Tenho um negócio para tratar, lembras-te? – defendeu-se ele. No entanto, Maeve sabia bem que não era necessário que fosse todos os dias ao escritório da Irish Air. Tinha muito tempo para passar por casa do Ronan e da Laura. E se não o fazia, era porque queria esconder a sua relação com Georgia. – Irei visitar o meu primo, Maeve.

– Assim espero. O Ronan quer que vejas a sua menina, por isso vai rapidamente.

– De acordo – assegurou ele e, quando o telemóvel tocou, tirou-o do bolso, aliviado por encontrar uma maneira de acabar com a conversa com aquela mulher insistente. – Sean Connolly.

Ao ouvir a voz fria do outro lado da linha, Sean sentiu um nó no estômago.

– Repita, por favor – ordenou ele, preocupado. Lançou um olhar a Georgia e ela devolveu-o com um gesto interrogativo, se calhar porque tinha percebido a sua tensão. – Entendo. Vou para aí.

Quando Sean desligou, Georgia aproximou-se dele.

– O que se passa?

– É a minha mãe. Está no hospital – respondeu ele, mal conseguindo falar. – Teve um ataque cardíaco.

– Ai, Sean! – lamentou-se Maeve num tom compassivo.

Ele não queria a compaixão de ninguém, nem estar em posição de precisar dela.

– Está em Westport. Tenho de ir.

Dito aquilo, Sean saiu porta fora, com o pensamento no hospital. Estava louco de medo e preocupação.

– Deixa-me ir contigo – pediu Georgia, atrás dele.

– Não – negou ele e, nos seus olhos, leu uma preocupação genuína. Se Georgia o acompanhasse, não poderia ajudar. Tinha de o fazer sozinho. – Tenho de ir...

Ailish Connolly não era o tipo de mulher que pudesse estar quieta. Por isso, ver a sua mãe prostrada numa cama de hospital, ligada a umas máquinas e cheia de fios, o coração de Sean encolheu-se.

Sean passou uma mão pelo cabelo, tentando acalmar-se. Sentia-se tão impotente... Não podia fazer outra coisa senão esperar. E ele não era um homem paciente por natureza.

O quarto privado que tinha conseguido para a sua mãe cheirava como um jardim, pois tinha-lhe comprado todas as flores da florista.

Sean Connolly era um homem de ação. No entanto, ali, no hospital de Westport, não podia fazer nada para mudar a situação. Nem sequer conseguia que os médicos respondessem às suas perguntas. A única coisa que tinha conseguido até ao momento tinha sido irritar as enfermeiras.

Sentado numa cadeira incómoda junto à cama da sua mãe, Sean levou as mãos à cabeça. Vivera sozinho com a sua mãe durante tanto tempo... O seu pai morrera quando ele era pequeno e Ailish criara-o sozinha.

Depois, quando os pais de Ronan morreram num acidente, Ailish também se tinha oferecido para cuidar dele. Era uma mulher forte e de uma vontade inquebrantável. E até àquele dia, Sean tinha acreditado que era invulnerável.

Sean continuava à espera que lhe dessem os resultados das dúzias de exames que lhe tinham feito. A espera estava a tornar-se insuportável.

Então, pensou em Georgia. Desejou tê-la levado com ele. Era uma mulher razoável e sabia manter a cabeça fria. E naquele momento, era o que ele precisava. Porque tinha a tentação de mudar a sua mãe para um hospital maior em Dublin ou de levá-la a vários especialistas.

– Raios! Quero comprar este odioso hospital a alguém que se digne a falar comigo e me conte o que se passa – disse ele em voz alta.

– Sean – sussurrou a sua mãe, entreabrindo os olhos. – Não digas asneiras.

– Mamã – disse ele, pegando na mão dela. – Como estás?

– Estou bem. Pelo menos, estava a dormir uma sesta muito agradável até que o meu filho me acordou a dizer asneiras.

– Desculpa – desculpou-se ele. – Mas ninguém me diz nada neste maldito... – disse e parou de falar. – Ninguém me responde.

– Se calhar ainda não têm respostas.

Isso não serviu para tranquilizar Sean.

A sua mãe tinha a cara pálida e os olhos verdes um pouco aquosos.

O coração dele encolheu-se ao vê-la assim. Nunca tinha cedido ao medo, mas só de pensar que a sua mãe podia estar muito próximo da morte, estava aterrorizado.

– Sabes o que estava a pensar quando me ligaram a todos estes tubos e fios? – perguntou a sua mãe, apertando-lhe a mão.

Tinha a certeza que estava muito assustada, imaginou ele.

– Não. Diz-me.

– Só conseguia pensar que ia morrer e te ia deixar sozinho – murmurou ela, com uma lágrima a cair-lhe pela cara.

– Não vais morrer – sentenciou ele, combatendo o seu próprio medo de forma instintiva. – E não estou sozinho. Tenho amigos. Tenho o Ronan e a Laura e agora o bebé...

– Não tens a tua família.

– E tu o que és?

– Deverias ter uma esposa – continuou a sua mãe, olhando-o nos olhos com intensidade. – Uma família, Sean. Um homem não deve estar sozinho.

Ailish tentara durante toda a vida casar o seu único filho. No entanto, naquele momento, pela primeira vez, Sean sentiu-se culpado.

– O Ronan já é casado e é feliz.

– E eu – afirmou ele, sem parar para pensar.

– O quê?

– Eu também tenho uma namorada – mentiu Sean com valentia. Não tinha planeado fazer aquilo, mas o desassossego da sua mãe tinha despertado nele o impulso de o fazer. Uma pequena mentira não fazia mal nenhum, se conseguisse acalmá-la. Se a sua mãe estava a morrer, seria melhor que deixasse o mundo a pensar que o seu filho era feliz. – Estou comprometido – prosseguiu ele e sorriu. – Ia contar-te na próxima semana – acrescentou, dando rédea solta à mentira.

Os olhos de Ailish brilharam e sorriu.

– É maravilhoso. Quem é ela?

Sean só se lembrou de uma mulher que podia servir para o papel, mas não queria envolver Georgia sem contar primeiro com o seu consentimento.

– Digo-te logo que fiques boa e saias daqui.

– Se é um truque... – advertiu-o a sua mãe, olhando-o com desconfiança.

Ele levou a mão ao peito, fingindo seriedade.

– Como ia mentir-te em algo tão importante?

– É verdade. Não me farias uma coisa dessas.

A culpabilidade invadiu um pouco mais o coração de Sean.

– Bom, pois está combinado. Agora dorme um pouco.

Ailish assentiu, fechou os olhos e, sem deixar de sorrir, voltou a dormir, deixando Sean sozinho com os seus pensamentos.

Umas horas depois, o médico dignou-se por fim a aparecer. Apesar de estar furioso, Sean mordeu a língua e ouviu o seu veredicto. Tivera um ataque cardíaco de pouca gravidade. Nenhum órgão importante tinha sofrido danos. Tinha sido só um aviso de que Ailish devia levar a vida com mais calma e cuidar-se mais.

O médico disse-lhe também que lhe iam fazer mais exames para terem a certeza, o que aliviou e preocupou Sean ao mesmo tempo. Um ataque cardíaco era algo grave, fosse de que forma fosse.

A sua mãe teria de ficar no hospital mais uma semana, descansando segundo as ordens do médico, pelo que Sean não tinha porque contar a verdade a ninguém. No entanto, devia ter uma pequena conversa com Georgia.

Só para qualquer eventualidade.

Uma proposta escandalosa - Recordações de uma noite

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