Читать книгу Segredos revelados - O festim do amor - Maya Blake - Страница 6
Capítulo 2
ОглавлениеCesare encolheu-se de dor perante as palavras lacerantes de Ava.
Tinha falhado à sua filha quando ela mais o necessitava. Não fora capaz de proteger Annabelle... O remorso e a angústia invadiram-no ao recordar o que tinha permitido que acontecesse. Ao escolher o seu caminho, tinha cometido um erro imperdoável.
Mas, juntamente com a tortura e a culpa, abria caminho outra emoção muito diferente... Uma excitação selvagem que despertava o desejo que acreditava ter reprimido há muito tempo.
Empregou toda a sua força de vontade para a conter, mas foi inútil e viu-se indevidamente arrastado pelo torvelinho de sensações descontroladas. O simples roçar de Ava fazia-o sentir-se mais vivo do que em muito tempo. Mais do que mereceria sentir-se depois do que fizera.
– Abandonaste-a desde que nasceu – continuou a reprová-lo ela. – E no dia do terramoto estavas numa conferência quando se supunha que devias estar com ela. Deixaste-a com Rita e...
– Fui procurá-la assim que soube o que tinha acontecido – interrompeu-a. – Como tu. Removemos até ao último palmo daquele mercado com as nossas próprias mãos – até que ambos sangravam por dentro e por fora.
– Sabes o que sentiu ao saber que nenhum dos dois estava com ela quando se deu o terramoto?
Era a mesma pergunta que o torturava dia e noite.
– Sim, sei-o muito bem. Não deixei de pensar nisso desde então. Sou consciente de como estivemos perto de a perder, mas dou graças a Deus por a terem encontrado – fora outra pessoa que tinha tirado a sua filha do mercado arrasado. Fora outra pessoa que a levara para o hospital e que colocara a fotografia dela no quadro dos desaparecidos. – Não a encontramos nós, mas encontraram-na. E estava viva – milagrosamente, a sua filha tinha sobrevivido à devastação que ceifara dezenas de milhares de vidas.
– Sim, estava – corroborou Ava. – E foi por isso que pensaste que podias afastar-te outra vez dela?
Uma serenidade fria congelou a dor que o consumia.
– Estive lá, Ava.
Ela endureceu a expressão e abraçou-se.
– Queres dizer a como estás aqui agora? Na mesma sala que eu, mas desejando estar em qualquer outro sítio?
Cesare apertou os lábios. Ava nunca saberia como fora difícil para ele conter a angústia ao pensar que tinha perdido Annabelle. Via-o como um ser frio e insensível, mas não tivera outro remédio senão sê-lo. Tinha de se proteger das emoções e de reprimir o desejo do que não podia ter. Custara-lhe anos aceitar que não fora feito para ser marido, nem pai. Nos negócios, talvez não tivesse rival, mas, nas suas relações pessoais, sempre tinha fracassado estrepitosamente.
– E, agora que decidiste fazer de pai, achas que basta estalares os dedos e já está?
– Queira-lo ou não, é assim – os acontecimentos horríveis das últimas semanas tinham-no feito compreender que Annabelle era e seria a única filha que jamais teria. E, ao tê-la ali com ele, embora antes do que tinha previsto, não estava disposto a perdê-la.
– Como podes ser tão arrogante?
– Não é uma das coisas que mais te excitam em mim? – perguntou-lhe ele e observou com satisfação como o rubor cobria brevemente as faces de Ava.
– Nem sonhes. O teu nível de atração sexual está mais baixo do que as temperaturas do Polo Norte.
A sua mulher tinha a tendência inata para falar primeiro e pensar depois. E fora precisamente essa paixão incontrolável e essa veemência o que lhe tinham agradado primeiro nela.
Ava caminhou para a janela e Cesare surpreendeu-se a olhar para o menear das suas ancas sob a saia vaporosa.
Tinha de se reprimir ou voltaria a perder o controlo da situação...
O seu primeiro encontro fora uma experiência incrível. Ava fora como uma poção revitalizadora. Iluminava os seus dias e acendia as suas noites como um cometa fugaz e fulgurante. E ele permitira-se baixar a guarda. Mais uma vez, tinha perdido a cabeça por uma mulher.
Ela virou-se com os braços cruzados e Cesare reprimiu um sorriso. A sua Ava não mudara. A leoa mostrava as garras assim que se via encurralada.
Mas não era sua. Nunca deveria ter estado com ela, nunca deveria ter cedido à tentação de ser o primeiro amante dela, nunca deveria ter-lhe posto um anel no dedo...
Baixou o olhar para os seus dedos nus.
– Onde está a tua aliança de casamento? – a necessidade imperiosa de o saber apagava qualquer outro pensamento.
A surpresa refletiu-se nos verdes olhos de Ava.
– Guardada em alguma caixa, suponho... O que importa isso?
Cesare sentiu o impulso de a agarrar pelos braços e abaná-la até que lhe dissesse porque tirara a aliança. Mas enfiou as mãos nos bolsos e obrigou-se a manter a calma.
– Só queria assegurar-me de que não a tinhas doado àquela seita de Bali a que tanto te afeiçoaste.
– Fico feliz por teres tão boa opinião de mim, Cesare. Mas não preciso de empenhar as tuas joias para contribuir para uma causa justa. Para isso basta-me o meu trabalho.
Apertava tanto os braços que levantava os seios, fazendo-os parecer maiores e tentadores. Os mamilos adivinhavam-se sob a t-shirt branca e as sardas que salpicavam o seu decote aceleravam o pulso a Cesare.
– Tens um amante?
Ao dizê-lo, desejou ter mordido a língua. Passou a mão pelo cabelo, enquanto o rosto de Ava se enchia de perplexidade. Mas também não era uma pergunta assim tão estranha. No último ano, mal se tinham visto e ele não sabia que companhias tinha.
– Cuidado com o que dizes, Cesare... – advertiu-o.
O modo como evitava responder-lhe pô-lo ciumento, o que não tinha sentido. Fora ele quem se distanciara e ela deveria sentir-se livre para estar com quem quisesse.
– Porquê? Obrigaram-te a fazer um pacto de silêncio naquela seita?
– Não era uma seita. Eram profissionais que sacrificaram o seu tempo para ajudar outras pessoas, como as vítimas do terramoto.
– Com a esperança de se encontrarem a si mesmos no processo?
– Nem todos conseguem encontrar-se a si mesmos fazendo negócios multimilionários, Cesare. Porque abandonaste a tua filha?
Cesare levou a mão à nuca, subitamente tensa.
– Pareceu-me que o melhor era afastar-me. Considera-o um equívoco da minha parte, se isso fizer com que te sintas melhor.
– Um equívoco? – repetiu Ava. – E isso inclui o nosso casamento?
Cesare ignorou-a e dirigiu-se para o bar, mas reprimiu o desejo de se servir de uma bebida.
– Responde-me, Cesare. Há outra mulher?
– Seria mais fácil para ti se te dissesse que há outra mulher?
O rosto de Ava contraiu-se fugazmente pela dor.
– Há?
De certo modo, Cesare teria gostado que tudo fosse tão simples como uma infidelidade. Uma infidelidade significaria que não sentia nada e que não desejava o que não podia ter.
– Esquece o casamento de Marinello e volta para a tua seita de Bali ou aceita qualquer outro trabalho no estrangeiro. Deixa que Annabelle passe o verão comigo. Falaremos quando voltares.
– Nem pensar! Annabelle precisa de mim. Além disso, depois de tudo o que passou, não posso ir-me embora.
Cesare deu-lhe a razão em silêncio. O terramoto mudara as coisas entre Ava e ele, tal como tinha alterado a relação com a sua filha. Por muito que odiasse admiti-lo, ao ver Ava com a atitude combativa que não via há muito tempo, soube que não havia nada a fazer.
– Quando nos casámos, não adquiriste a nacionalidade italiana e o ministro dos negócios Estrangeiros é meu amigo. Só tenho de fazer uma chamada para que te expulsem do país, não te dás conta disso?
– Sim – respondeu ela, sem se acovardar minimamente. – Mas, se me for embora, levo Annabelle comigo.
Cesare olhou involuntariamente para os seus lábios. O seu aspeto era tão suave e suculento como ele recordava. Como o resto dela.
Tê-la tão perto estava a deixá-lo louco.
Mas precisava de ter a sua filha por perto e de começar a reparar o mal que tinha causado.
– Muito bem. Os dois passaremos o verão aqui.
Ela ficou boquiaberta, antes de semicerrar os olhos.
– Isso parece-me muito fácil.
– Não te enganes, Ava. Não será fácil para nenhum dos dois. Sei o que queres e posso garantir-te que eu não posso dar-to. O que posso garantir é que Annabelle não se verá afetada pela nossa... situação. Entendes?
Ela inspirou profundamente e assentiu. Satisfeito por ter recuperado o controlo, Cesare dirigiu-se para a porta. Não podia deixar-se dominar pela perigosa atração que Ava sempre lhe tinha provocado. Não podia permitir que a situação lhe escapasse das mãos, como acontecera com Roberto e Valentina...
– Isso significa que temos uma trégua e que não haverá punhaladas pelas costas?
– Isso depende de ti, cara. A tua tendência inata para agir de forma irrefletida poderia levar-te à perdição.
– Estás a chamar-me tonta?
– Estou a convidar-te a demonstrar-me que estou enganado. Mantém-te longe de mim durante as próximas seis semanas e assim não terei de te declarar guerra.
Ava ficou a olhar para a porta fechada com o sobrolho franzido, sumida num torvelinho mental.
Aproximou-se da janela e contemplou a água cintilante da piscina. Havia algo que não encaixava na situação que Cesare lhe apresentava.
Ao casar-se, tinha descoberto que os negócios estava em primeiro lugar para Cesare. Tinha perdido a conta das vezes que Cesare a tinha deixado para ir assinar algum contrato.
E, de repente, tinha decidido tirar férias no verão para as passar ali...
Saiu para o terraço, banhado pelo sol da tarde, e inspirou a fragrância dos limoeiros e das roseiras para tentar espairecer, mas a sua mente continuava um caos.
As férias em Bali tinham sido a sua última tentativa de se reencontrar com Cesare, mas tinha fracassado estrepitosamente. Desde o primeiro dia, Cesare fechara-se no escritório à noite e ficara a trabalhar até de manhã. Ao fim de uma semana, desesperada por um escape, Ava saíra da villa com a sua câmara e começara a fotografar a fauna autóctone.
Fora então que se dera o terramoto.
Sentiu um aperto no estômago ao recordar os três dias que tinham passado a procurar Annabelle e Rita entre os escombros do mercado pelo qual as duas estavam a passear no momento do desastre.
Estremeceu e pestanejou com força para conter as lágrimas. Ironicamente, tinha-se sentido mais perto de Cesare durante aqueles angustiantes momentos do que em muito tempo.
Cesare tinha razão numa coisa... Era tonta.
O pessoal levara a sua bagagem e tinha guardado a sua roupa na suíte principal. Custou-lhe a assimilar que Cesare se instalara noutro quarto, ao lado do quarto de Annabelle, em vez de ocupar a suíte que tinham partilhado no passado. Ignorou o nó que sentia no estômago e despiu-se. As cortinas douradas de musselina que rodeavam a cama tinham sido recolhidas com cordões de veludo branco.
Agarrou no seu quimono de seda preta e entrou na casa de banho, passou pela banheira de mármore ao nível do chão e meteu-se no duche. Depois, vestiu uma t-shirt branca sem mangas e uma saia comprida às flores, e foi ver Annabelle. Encontrou-a a dormir placidamente, de modo que calçou umas sapatilhas brancas, agarrou no portátil e desceu as escadas com intenção de ir para o salão que ocupava a parte ocidental da villa. Aquela sala sempre lhe parecera muito acolhedora com a sua vista exuberante do jardim. Mas parou no corredor ao ver-se invadida pela corrente de lembranças.
A primeira vez que estivera na Villa Di Goia fora na sua lua de mel. Tinham sido duas semanas idílicas, nas quais só saíam do quarto para ir à piscina ou para que Cesare lhe ensinasse a fazer esqui aquático no lago.
Cesare teria gostado de a levar a algum sítio exótico, mas, para uma rapariga proveniente de uma família humilde, que nunca tinha saído de Inglaterra, o Lago de Como já era um destino suficientemente exótico no fim de um verão tórrido. E, quando Ava entrara ao colo de Cesare e ficara tão encantada com o luxo da residência como com o seu proprietário, não tivera o mínimo desejo de ir para outro sítio.
Uma tonta apaixonada...
Abanou a cabeça com irritação para afastar os pensamentos. Através da janela, viu o brilho da piscina e sorriu ao pensar em como Annabelle ficaria contente quando a visse.
– Se isso for um sorriso triunfal, aconselho-te a que tenhas cuidado – disse uma voz profunda atrás dela.
Cesare estava apoiado num aparador Luís XVI que pertencia à sua família há quatro gerações. Sobre ele pendia um retrato de outro Di Goia, falecido há muito tempo, mas tão imponente como o Di Goia vivo que a observava em silêncio.
– Pobre Cesare... Entendo que a minha presença te cause um profundo mal-estar, mas não vou esconder-me só para te agradar, nem vou deixar de sorrir para não te ofender.
– Não tenho nenhum problema com que sorrias, cara. O que não quero é que penses que ganhaste.
– Não me ocorreria pensar isso, mas recorda que a mesma regra se aplica a ti. Não poderei manter as distâncias se tu te empenhares em não as manter comigo.
Ele endireitou-se e avançou para ela.
– Devo recordar-te quem já estava aqui antes?
– Eu estava aqui antes. E, para que saibas, sorria porque pensava que Annabelle está sã e salva em casa e rodeada de... – calou-se ao dar-se conta de que não devia nenhuma explicação a Cesare. – Não importa. Vou deixar-te sozinho nos teus domínios.
– Não estavas a pensar apenas na nossa filha. Estavas a lembrar-te de nós – disse-o com um tom tão tranquilo e seguro que Ava sentiu um calafrio nas costas.
– Enganas-te.
– Não mintas. Nos últimos meses, mal nos vimos, mas continuas a ser um livro aberto.
– Então, não entendes a língua em que está escrito. Porque não poderias estar mais enganado nas tuas hipóteses.
Cesare apertou os dentes e deixou de sorrir. Uma parte de Ava quis fazer um gesto de vitória, mas a outra parte sentiu vontade de chorar. Porque, se era tão transparente como Cesare afirmava, o seu desejo de receber o consolo e o amor da família que nunca tivera devia ser embaraçosamente óbvio. E, no entanto, ele rejeitara-a.
– E mais uma coisa... As minhas lembranças não te dizem respeito. Não são para que as analises, nem para que te divirtas com elas.
– Nesse caso, aprende a escondê-las melhor.
– Porquê? Incomodam-te? Preferes que me despoje de todas as emoções, como tu fazes?
– Achas que não tenho emoções, cara? – perguntou-lhe tranquilamente.
– Não no que se refere a mim. No que me diz respeito, és tão sensível como uma porta.
Cesare semicerrou os olhos, tirou as mãos dos bolsos, tirou-lhe o portátil e agarrou-a pelos braços.
– O que estás a fazer? – gritou ela quando a segurou com uma mão pela nuca.
Ele não respondeu. Ou, pelo menos, não o fez com palavras. O fogo que ardia no seu olhar e a pressão dos seus dedos já diziam tudo. Com uma facilidade pasmosa, puxou-a para ele. Ava ouviu o chiado das sapatilhas contra o chão enquanto a arrastava para o seu corpo. Quando a teve suficientemente perto, agarrou-lhe as nádegas.
– Cesare!
Uma corrente de calor elétrico, intensa e perigosa, despertou-lhe os sentidos com uma força irresistível que a fez conter um grito. A parte racional do seu cérebro incitava-a a afastar-se e a fugir da inexorável perdição, mas o seu corpo reagiu com vontade própria e procurou o contacto pleno com os músculos de Cesare e a boca que baixava implacavelmente para a sua.
Os seus lábios abriram-se para dar as boas-vindas à língua implacável de Cesare. Num canto da sua mente, a consciência reprovava-lhe a pouca resistência que estava a oferecer, mas o prazer que ardia nas suas veias arrasava qualquer dúvida ou vergonha.
– Não...
– É óbvio que sim – respondeu ele e apertou-a com mais força contra o peito.
Ela rendeu-se com um gemido e pôs-lhe as mãos no peito para sentir a poderosa musculatura através do polo. Subiu-as até lhe rodear o pescoço e Cesare deixou escapar um gemido que acendeu um fogo selvagem entre eles. As suas línguas entrelaçaram-se numa dança frenética que avivou ainda mais as chamas. A Ava endureceram-lhe dolorosamente os mamilos e o sexo começou a palpitar-lhe furiosamente. Sem pensar no que fazia, agarrou a mão que Cesare tinha na sua nuca e colocou-a sobre um seio.
Ele aceitou a oferenda com um gemido e começou a acariciar-lhe o mamilo com o polegar, provocando-lhe violentos tremores por todo o corpo.
Se tinha acreditado que a distância e a indiferença mitigariam a atração por Cesare, não poderia ter estado mais enganada. O abismo que se abria entre ambos apenas intensificava o desejo e com gosto daria qualquer coisa para sentir a sua virilidade, ajoelhar-se diante dele e tirar-lhe a ereção das calças de ganga para a meter na boca.
Ele deu um salto quando lhe roçou o sexo. Introduziu ainda mais a língua na sua boca e beliscou-lhe os mamilos com força, até que Ava acreditou que ia morrer de prazer.
Tentou desapertar-lhe o cinto, mas, quanto mais o tentava, mais difícil era. Tentou com as duas mãos e conseguiu-o, mas Cesare deslizou uma mão entre as suas pernas, encontrou o clítoris através das cuecas e Ava esqueceu o cinto para se agarrar aos braços dele e não cair ao chão. Perdeu a noção da realidade e nem sequer foi consciente do que estava a fazer. No fundo, sabia que aquelas chamas seriam a sua perdição, mas naquele momento era alheia a tudo, salvo à tormenta que se desatava no seu interior.
Notou que Cesare a levantava e sentiu o frio da parede nas costas. Cesare aumentou a pressão dos dedos e apanhou um mamilo com a boca. Lambeu-o e mordeu-o sem piedade antes de voltar a beijá-la na boca e abafar os seus gritos e ofegos.
Lentamente, foi recuperando a consciência. Ouviu ruídos de fundo e o aroma de Cesare misturou-se com o aroma da excitação que flutuava no ar. O seu corpo voltou a estremecer quando Cesare retirou os dedos e lhe introduziu uma perna entre as coxas para evitar que caísse.
Ouviu mais ruídos e endireitou-se, despenteada e desalinhada, escondida atrás de um arco do vestíbulo da villa. Qualquer membro do pessoal doméstico poderia vê-los. Mas Ava não se importava. Acabava de recordar o prazer incomparável que só Cesare podia dar-lhe. Os seus sentidos tinham voltado à vida e o seu corpo estava pronto para que ele a penetrasse.
Olhou-o nos olhos, ardentes e famintos, e em seguida olhou-lhe para os lábios. Ao vê-los inchados pelos seus beijos, estremeceu de desejo.
– É a tua vez – disse, agarrando-lhe o rabo.
A última coisa que esperava era que ele a parasse.
– Não.