Читать книгу Tempo, o ancião recontando a história - Nestor Cobiniano de Melo Neto - Страница 30

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FALE MISTO DO QUE SENTES

Gritos dormentes, por trás das montanhas, são fortes lamentos, de sedes estranhas, em todos os momentos, de dores tamanhas.

Por trás das ruínas, há mil esquinas vestidas de flores, já nas colinas, águas cristalinas, são ecos de dores.

Montantes perdidos há muitos vencidos choram o desgosto, e os adormecidos, não desmerecidos, enchem de água o rosto.

Florestas e vales, agora cidades, ruínas hipertrofies, direitos sociais, sempre em lamas, culminam catástrofes.

Derramo no ceio de sua consciência, a visão a dormência, da vida de agora, que em outra hora, não pedirá clemência.

Fujo do tempo de ser o não certo, caminho e estou perto de no futuro chegar, pra estar com os sonhos que em noites tristonhas me pus a sonhar.

Derramo em minh’alma tédio e calma de um corpo perene, que toca o rogo e sacode de melancolia serene.

Fui ao alto da colina e enxerguei a montanha de sonhos, como a que sonhei agora acordado, feliz? Não sei, por serem os sonhos, trabalhos que dei.

A poesia é tristeza, é dor, é silêncio, é amargura, é fruto da aventura de quem quer ter alegria, pra quem sabe a fantasia? Possa trazer bravura.

Um dia desses sonhei, que a poesia encontrara, e, sem me dar conta, depois de sonhar acordei, e agora já sei, ela é quem me encontra.

Sem fazer preço ela é o endereço da tristeza, da alegria, não sei se mereço roubar dela o começo do meu dia a dia.

Está-se a sonhar com um mundo melhor? Sem ligar pro pior, que está pra chegar, se vá preparando um lenço e chorando, depois enxugando teu triste olhar.

Tempo, o ancião recontando a história

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