Читать книгу À frente do tempo - Oswaldo de Oliveira Mendes - Страница 9
ОглавлениеINTRODUÇÃO
Os textos que se seguem foram escritos nos últimos anos e foram, entretanto, editados para uma melhor compreensão. Da análise dos textos, evidencia-se, entre as preocupações do autor, a irreverência da hierarquia do saber!
Na Aviação a palavra-chave é Credibilidade, e estará sempre em questão! Traduz a noção de cumprir e fazer cumprir as regras, na certeza insofismável de que, a Direcção, jamais venha de um dia para o outro, dar um cavalo de pau ou seja, sorrateiramente pretender alterações/disposições não previstas.
Do registo, sobressaem aspectos de índole avaliativa em matéria de aviação civil, no exercício das funções de regulação, fiscalização e supervisão do sector. Neste caso suscita a dedução de eventuais imparidades no exercício: valências e demais meios afectos à Aviação Civil; assim como, «se poderá atribuir no amplo quadro subjacente à ocorrência de inconformidades operacionais na TAAG».
Os períodos de renovação e modernidade, em qualquer contexto, serão sempre uma fase que requer uma meticulosa previsão e uma preparação coerente e estruturada. Contudo, a despeito do preenchimento das vagas denota-se uma inconsistência velada quanto ao integral cumprimento normativo.
No mínimo e em nota de rodapé, induz ao que poderíamos classificar de uma conduta sem apego aos regulamentos e às especificidades do meio aeronáutico.
A Navegação Aérea consiste numa técnica que permite conduzir um avião de um lugar a outro. Esta assume destaque no voo, pois permite que o piloto não necessite de referências com o horizonte externo à aeronave, bem como sobre o terreno (solo) sobrevoado, para que se possa orientar e localizar.
•São apontados como factores históricos, referentes às necessidades que impulsionaram o surgimento das melhorias, entre outras, a circunstância do piloto se encontrar inadvertidamente em situação sem visibilidade ou, ainda, a improbabilidade de se voar sem a necessária previsão das condições meteorológicas.
•Em síntese e a saber-se, o incremento do tráfego obrigou ao aparecimento de legislação e de regras, como as de meteorologia e as estipuladas para o voo IFR.
A Aviação Civil encerra no seu primado a Navegação Aérea, daí requerer orientação constante, qual bússola magnética ou estrelas (Sol, constelações).
Assim, conclui-se que seria inacreditável o piloto nos voos de linha aérea comercial resumir-se ao estágio da navegação à vista…, pois, no arremesso dos argumentos, estes sustentam uma narrativa.
Contudo, desde logo, fica imperceptível qualquer leitura menos elaborada e benevolente sobre o quadro funcional, porque, à vista desarmada e diante de tremenda especificidade, a inquietação natural dos entendidos cai por terra, qual quimera. Senão vejamos, tudo se confunde e dilui-se, tal como uma cortina de fumo. Os aviões voam lindamente.
Estamos todos de acordo, não será? Temos de concordar que, de algum modo, não estamos todos preparados. Temos de perder o hábito de nos acharmos capazes para tudo. Apesar da teimosia, mantém-se a agonia que se abateu no sector.
Alguém tem de fazer a sua parte, indistintamente das agruras.
Os desafios reinantes nos padrões de segurança serão condizentes com o dinamismo do desenvolvimento do País.
A aviação é dinâmica, requer sempre prioridade e a capacidade de identificar problemas e recomendar soluções, através de propostas que deveriam ser acompanhadas por cronogramas.
Importa mencionar que a falta crescente do devido suporte à discussão e ao diálogo das temáticas tem proporcionado asfixia sobre a percepção real do sector aeronáutico e da TAAG, em particular.
A incompetência faz-nos sentir com medo. Não tenhamos dúvidas, podemos fazer melhor na Aviação Civil em Angola…
A competição é saudável e verifica-se em qualquer actividade.
A verdade é material, a mentira um mito.
A revelação da história para exibição do acervo às gerações vindouras tarda, porém, um estímulo à conservação dos arquivos, em particular no INAVIC, bem como a construção de museus do AR ou similares, teria um efeito catalisador.
Escrever é efectivamente estar vivo e não representa deixar que tudo apenas aconteça aos nossos olhos…